Cenas profundamente tristes que aparecem nos fazem lembrar de Nero e de Hittler. Diante disso, a tentação é descrer do homem, é maldizer a natureza humana, é acreditar, como alguns filósofos, na maldade intrínseca da pessoa humana.
Por diversas ocasiões, tenho reiterado que a falência das relações, tanto sociais quanto íntimas, está na ausência do diálogo, na falta do amor, na posse, no abuso do poder.
A grita geral de oposição a essa guerra, traduzida em numerosas manifestações pacifistas pelo mundo inteiro, a desaprovação pela maioria das pessoas significa, além do fenômeno da globalização, que nem tudo está perdido, que o homem é bom, que a natureza humana é irmã de seus irmãos, independentemente da odiosa demarcação geográfica ou da intolerante segregação religiosa.
Que nos tirem a vida, os alimentos, o sangue, o solo, mas jamais a nossa esperança. Os sobreviventes das grandes crises e catástrofes, como, por exemplo, dos campos de concentração, são unânimes em afirmar que a única coisa que os mantinha vivos era algum sentido na vida, a fé em alguma possibilidade. Deixar que os Senhores da Guerra destruam a nossa fé, nossa esperança ou nosso amor é entregar-lhes nossos corações.