Não existe palavra mais banalizada nas nossas relações que o amor. Essa palavra é usada indiscriminadamente e serve a todos os propósitos. Chega-se, às vezes, a verdadeiros absurdos, como, por exemplo, na famosa frase do marido paranoico que “matou a esposa por amor”. (sic)
O verbo amar, por outra forma, extrapola o conceito do nosso prazer imediato e contempla também a existência da outra pessoa, sobretudo nos seus direitos e desejos como pessoa humana, incluindo o principal deles, que é viver em plenitude, ou seja, ser feliz.
O ciumento não está interessado no crescimento do parceiro, tanto que não hesita em proibi-lo de trabalhar, estudar, ter amigos, se divertir (a não ser com ele), mesmo que essas coisas sejam essenciais para o processo de sua felicidade. Ao contrário, deseja a submissão do outro à sua vontade, ainda que isso produza sofrimento e perda da autonomia.