A nostalgia do domingo, muito comum para inúmeras pessoas, em geral, tem a ver com nossa relação com o trabalho e com problemas que temos de enfrentar durante a semana. O final de semana, cujo objetivo é o descanso físico e mental, às vezes é usado como uma forma de fugir das questões que nos pressionam.
Desejar uma vida em alegria permanente, sempre em paz, nos faz reativos às questões conflitantes. Daí a tendência à fuga. O que não adianta, porque, mais cedo ou tarde, temos de enfrentá-las.
Em outras, devemos enfrentar. O afastamento crônico ou o enfrentamento crônico nos coloca em um dos pratos da balança, o que traz desgaste, angústia e depressão. O final de semana, as férias, as escapulidas do cotidiano não são para evitar a realidade, às vezes dolorosa, mas, ao contrário, é um descanso no oásis para continuarmos a travessia.