(none) || (none)
Publicidade

Estado de Minas DESAFIOS

Não basta realizar uma palestra sobre diversidade, equidade e inclusão

Pesquisas apontam a dificuldade de formação de times inclusivos e diversos nas empresas


25/04/2022 06:00 - atualizado 25/04/2022 10:54

Grupo de quatro executivos negros sentados em uma mesa de reunião, com notebooks abertos
Apenas 14% das empresas consideram que ações de diversidade e inclusão são efetivas (foto: Pexels)

 
Desde o trágico assassinato de George Floyd, em 2020, sufocado por joelhos de um policial branco, nos Estados Unidos, algumas empresas passaram a intensificar ações de diversidade e inclusão. Mas esses investimentos são bem aplicados? As empresas já destinam orçamento adequado para isso? Essas ações são bem elaboradas e  contam com a participação efetiva da alta liderança? 

Apesar de 85% das empresas afirmarem que estão acelerando seus esforços para promover diversidade, equidade e inclusão (DE&I), nos últimos 12 meses, apenas 14% avaliam que as ações são efetivas. É o que aponta a pesquisa “DE&I pós-2020: progresso real ou ilusão?”.
 
O levantamento foi feito pela consultoria global Korn Ferry, entre 2020 e 2021, que buscou traçar um quadro da DE&I na América Latina. A pesquisa analisou informações de 250 empresas de diversos setores no Brasil. 

O estudo mostra que os principais fatores que desencadearam essa aceleração foram o CEO/ time executivo (70,3%), os colaboradores (65,9%), além de questões relacionadas à marca e reputação (57,6%), e ESG compliance (57,6%).

Além disso, as práticas de diversidade, equidade e inclusão das empresas brasileiras estão relacionadas, principalmente: 
  • ao desenvolvimento de políticas de não-discriminação, bullying e assédio (67%)
  • ao foco em uma cultura de expressão e segurança psicológica (63%)
  • ao diagnóstico organizacional de diversidade, equidade e inclusão (60%)
  • ao conselho/comitê de diversidade (57%)
Mas quais são os principais desafios para tirar a diversidade, equidade e inclusão, do papel? O estudo aponta alguns: 
  • transformar intenção em iniciativas pragmáticas (69,5%)
  • mudar comportamentos (67,5%)
  • assegurar líderes responsáveis (48,7%)
  • vincular custos e resultados (39,5%)
  • orçamento (35,5%)
Além disso, a pesquisa aponta que existe a dificuldade de formação de times inclusivos e diversos (73%), dificuldade de recrutamento de talentos subrepresentados (72%) e a dificuldade de retenção desses talentos (56%). 

Apesar de alguns avanços, esses dados mostram que existe uma caminhada muito longa pela frente. As empresas brasileiras precisam amadurecer e tomar consciência que diversidade, equidade e inclusão também são estratégias sustentáveis de negócios. 

Nessa caminhada a participação efetiva das lideranças é crucial. Uma boa notícia é que de acordo com a pesquisa “DE&I pós-2020: progresso real ou ilusão?”, em  44% das empresas entrevistadas, nos próximos 12 a 18 meses, a principal prática que as organizações desejam implementar é o treinamento de liderança inclusiva para líderes de pessoas.

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)