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General Mourão visita Bolsonaro e leva recado

- Foto: Carolina Antunes/PR
“A instabilidade política não contribui para o progresso econômico”. A frase é do presidente da República em exercício, general Hamilton Mourão (PRTB), acrescentando que “o mundo acompanha com apreensão a escalada das barreiras tarifárias e o aumento do risco de recessão mundial”. Foi no encontro com empresários chineses, ontem de manhã.

Como também estava em São Paulo, de lá foi visitar o presidente Jair Bolsonaro (PSL) no Hospital Vila Nova Star e esteve com ele por cerca de 15 minutos, de acordo com o registro do site da Agência Brasil, do governo federal. E não deu entrevista.

Quem falou foi o porta-voz da Presidência da República, general Otávio Rêgo Barros. “As ações que são legalmente constituídas e determinadas pela Presidência da República, pelo cargo de presidente da República, estão sob responsabilidade do general Mourão. É claro que o presidente participa das decisões por meio das suas interlocuções com seus vários ministros, inclusive com o próprio general Mourão”. Meio tucanado, mas recado dado.

Só que teve mais um recado. E veio do Ministério Público Federal (MPF) em uma coleção de estados, incluindo Minas Gerais.
Tudo isso por causa de Augusto Aras como procurador-geral da República, que foi indicado, embora não constasse, como é praxe, da lista tríplice escolhida por seus colegas procuradores.

A sabatina de Augusto Aras é obrigatória no Senado e já começa em meio à polêmica. Resta saber como os senadores vão se comportar. O prazo é daqui a uma semana. É quando termina o mandato da atual procuradora, Raquel Dodge. Os cabeças brancas, como são chamados os senadores, vão definir antes? Afinal, o próprio presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP) tem lá as suas dúvidas. “Não vai ser com toda essa celeridade”, prevê. Ressalva esperar que a votação seja na semana do dia 22.

Melhor então seguir a agenda da Câmara Municipal de Belo Horizonte (CMBH) sem perder a esportiva.
É que hoje a Comissão de Saúde e Saneamento comparecerá ao Centro de Saúde Vila Pinho, na Regional Barreiro, para ver as suas condições. E, depois de amanhã, a Comissão de Desenvolvimento Econômico, Esporte e Sistema Viário vai averiguar e espera ter junto alguns representantes da prefeitura.

Se eles vão comparecer, deixa pra lá, mas os vereadores pretendem avaliar, daí a parte esportiva, a possibilidade de implantar uma pista de cooper em avenida no Bairro Betânia. Sendo assim, melhor seguir o conselho do cooper e correr para encerrar por hoje.


Balanço total

Foram mais de quatro milhões e ultrapassou 600 mil em 10 dias. A polêmica criada não foi parar no acostamento. O fato é que ultrapassou o número de livros vendidos, por causa da censura que esquentou a procura da causa LGBT. Para deixar claro, a 19ª edição da Bienal Internacional do Livro do Rio de Janeiro recebeu mais de 600 mil pessoas presentes e foram vendidos mais de quatro milhões de livros. No ano passado, foram 3,6 milhões. A diretora-geral do evento, Tatiana Zaccaro, destaca o sucesso ao ambiente cultural e de discussões de qualidade proporcionado pelo evento.


Site oficial

“Autoridades prestigiam desfile de 7 de setembro.
9/9/2019 - 19:11 p Os 197 anos da Proclamação da Independência do Brasil foram comemorados no desfile de Sete de Setembro, no último sábado, na Esplanada dos Ministérios. Mais de 4 mil e 500 pessoas desfilaram. Confira na reportagem da TV Câmara”. E mostra o vídeo. Um pouquinho meio atrasado, não é? Será que economizaram hora extra para atualizar no sábado? Ah! Já sei. O presidente Rodrigo Maia (DEM-RJ) está no Catar. Se mandou do palanque oficial, assim como o ministro Paulo Guedes, a ministra Damares Alves e tem ainda Dias Toffoli, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), em viagem oficial, vale o registro.


Examinou bem?


O jeans, pelo jeito, caiu bem. Resta saber se, na última hora, como já fez, agora é para valer mesmo. O tom do discurso até dá alguns sinais, afinal foi o único no evento a ser aplaudido de pé em evento ontem que reuniu também, entre outros, os governadores João Doria (PSDB-SP) e Wilson Witzel (PSC-RJ) (foto). “Se a gente não fizer nada, o Brasil vai implodir”, chegou a declarar.
O evento era de empresário, pelo jeito, recursos para a campanha o apresentador Luciano Huck não terá a menor dificuldade de conseguir. E bancou o “informal” ao estar vestido com o jeans. Sendo assim, sem cuidar das aparências, já basta por hoje.

O apelido

Cada vez que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tenta, de novo, por meio de seus advogados, escapar da prisão em Curitiba, a Operação Lava-Jato da Polícia Federal (PF) em conjunto com o Ministério Público Federal (MPF) entra em ação. O detalhe, desta vez, é que a nova denúncia inclui também José Ferreira da Silva, o Frei Chico, que de bento nada tem. A acusação é de corrupção passiva envolvendo mais R$ 1,1 milhão. É claro que, no meio do caminho, tem também a Odebrecht. Se a Lava-Jato trata como “mesadas”, tirem as crianças da sala. É mau exemplo. Ah! Frei é apelido, viu?

Comércio na pauta

Com nada mais de mil artigos – não é erro de digitação, são mil artigos mesmo, a instalação tinha de ser mesmo adiada. Ficou para o próximo dia 18, quarta-feira da semana que vem, a instalação da Comissão da Reforma do Código Comercial.
Não é para menos. Entre outras coisas, ela vai tratar de temas como concorrência desleal, concorrência parasitária, comércio eletrônico, tipos de sociedade, registro contábil, processo empresarial, falência, operações societárias, contratos empresariais e comércio marítimo. Faltou alguma coisa?

Pinga-fogo


Em tempo, sobre o comércio em pauta: O projeto de lei do Senado (PLS) 487/2013 foi elaborado por um grupo de juristas e apresentado pelo então presidente da Casa, senador Renan Calheiros (MDB-AL). A reunião não marcada ficou então para ter início às 9h da quarta-feira que vem.

O governador do Rio de Janeiro Wilson Witzel, com royalties do petróleo, uma dinheirama boa para o estado, ainda reclama. Ataca o governo Bolsonaro e diz que falta alguém com perfil de líder para conduzir as reformas necessárias ao país. Bem, ressaltou que Rodrigo Maia e Davi Alcolumbre fazem este papel.

“Eu acho que vale a pena porque uma das condições que se avalia para saber se vale a pena investir mais é justamente a diferença entre a taxa de crescimento da economia e a taxa de juro”. A frase é do ex-ministro da Fazenda Nelson Barbosa.

Para registro, ele foi secretário de Política Econômica e Secretário de Acompanhamento Econômico do Ministério da Fazenda no governo Lula e um dos responsáveis pela elaboração da política econômica durante o governo Dilma Rousseff (PT).

A semana está só começando e promete mais emoções, mesmo com o presidente Bolsonaro, se ele conseguir, ficar mais quieto. Mas há um clima no ar, embora as questões mais importantes, pelo jeito, vão andar devagar, devagarinho. Com trilha sonora, chega por hoje. Bom dia a todos.
 

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