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Bolsonaro vira notícia internacional por causa do caso Marielle

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President Jair Bolsonaro threatened on Wednesday to cancel the license of Brazil's largest TV network, Globo, accusing it of “villainous journalism” after a report connecting him with a former police officer accused of killing a Rio de Janeiro city councilwoman last year. World News – coverage from Reuters.

É isso mesmo, o registro da cobertura da Reuters conectando o presidente a um ex-policial acusado de matar uma vereadora do Rio de Janeiro no ano passado. É claro que se trata do caso da vereadora Marielle do Psol e seu motorista, Anderson Gomes, assassinados em março do ano passado.

Para deixar claro e já sem a coverage da Reuters, o porteiro, em depoimento, declarou que Élcio Queiroz, um dos suspeitos da morte de Marielle, entrou no local dizendo que iria à casa de Bolsonaro.

O hoje presidente da República Jair Bolsonaro, ainda no PSL, na época era deputado federal, com uma coleção de mandatos. E estava em Brasília, com as devidas presenças registradas no plenário da Câmara dos Deputados. O resto dispensa mais detalhes, o noticiário já foi extenso o suficiente. Só mais um: a culpa é do porteiro.

Afinal, não há mesmo clima. A COP-25 foi cancelada. Já havia sido vetada por Bolsonaro e agora o líder chileno Sebastian Piñera seguiu o mesmo caminho, por causa da onda cada vez maior dos protestos que praticamente paralisam o país.
A conferência iria tratar das mudanças climáticas mundo afora.

E o mais importante: o objetivo que a COP-25 deveria ressaltar era agir para reduzir a emissão de gases, o tal efeito estufa que dispensa mais apresentações. Na hora em que o calor apertar, lamentar já será tarde demais para o planeta.

O clima político, pelo jeito, anda mesmo pesado. Desta vez, quem alerta é o senador Antonio Anastasia (PSDB-MG): “Estados que deixarem de repassar a seus municípios as parcelas determinadas pela Constituição de 50% do IPVA e 25% do ICMS poderão ter cotas do Fundo de Participação dos Estados (FPE) retidas”.

De volta ao início, mais um registro sobre Bolsonaro. “Toda vez que alguma autoridade com foro por prerrogativa de função é referida, ainda que não haja evidência, os casos são remetidos ao foro competente. Imagino que deva acontecer neste caso.” Comentário da ex-procuradora-geral da República Raquel Dodge. E ressaltou que é grave e as investigações devem ser aprofundadas.

Atraso no nióbio

O governador Romeu Zema não deve ter gostado nem um pouco: foi cancelada a reunião extraordinária da Comissão de Administração Pública da Assembleia Legislativa que aconteceria ontem para discutir e votar o Projeto de Lei (PL) 1.205/19, que trata de direitos creditórios da Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais (Codemig) e da antecipação de recursos da exploração do nióbio. O projeto é uma aposta do governo de Minas Gerais para regularizar temporariamente a folha de pagamento mensal e ainda começar a pagar uma dívida de R$ 7 bilhões com prefeitos e quitar o 13º salário do funcionalismo público.

Deputado pet

Não é só gente que aparece na Assembleia Legislativa (ALMG) para a pedir ajuda.
Ontem, um simpático cãozinho deitou na entrada do prédio da Rua Rodrigues Caldas e só saiu de lá depois de ser amparado pelo deputado Osvaldo Lopes (PSD), conhecido ativista na defesa dos direitos dos animais. Com o auxílio de uma assistente, o parlamentar recolheu o pet e o levou, no próprio carro, para uma clínica veterinária. Oswaldo justificou a ajuda: “É um animal dócil que precisa de cuidados. Vamos cuidar dele e depois colocá-lo para adoção”. Em tempo: o jovem cãozinho recebeu o nome de Anastácio. Pelo jeito, ele ganhou na mega-sena da vida e ainda não sabe.

Sucos e ministros

Não faltou laranja no evento sobre turismo realizado ontem no Museu Inimá de Paula, em BH. Este foi o sabor do suco servido no coffe-break, disponível para os participantes que aguardavam a chegada do ministro da pasta, Marcelo Álvaro Antônio. Eleito deputado federal com a maior votação do estado, o ministro vive às voltas com uma denúncia do MP por usar candidaturas laranjas para garantir recursos do fundo eleitoral.
Ele, como não poderia deixar de ser, diz que é inocente.

Deixa bem longe

Mais armas, mais mortes. Assim pode ser traduzida a reclamação do vice-presidente da Associação Brasileira de Indústrias de Materiais de Defesa e Segurança (Abimde), Leonardo Mendes Nogueira, que reclama da alta tributação no Brasil. “Quando existe imunidade tributária, você cria uma diferença de até 40% no valor de um produto adquirido no Brasil para um produto importado.” E olha que a reclamação foi na comissão de Relações Exteriores. Bem que poderia deixar as armas lá no exterior mesmo. Afinal, ele acrescenta: “A gente precisa tratar esse assunto com uma certa urgência para não ter essa discrepância”.

Sol para todos

É isso mesmo e aquece a intenção da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) de reduzir os subsídios aos consumidores que geram a própria energia elétrica em suas casas ou estabelecimentos que tenham painéis solares. É briga ruim da Aneel de comprá-la. Só ontem, para ficar em um único exemplo na Comissão de Minas e Energia, mais de 30 deputados usaram da palavra para defender incentivos à produção de energia solar. Como se trata de energia limpa, a Aneel precisa é de esfriar, quem sabe até congelar, a sua fúria arrecadatória. Simples assim.

Pinga-fogo

Ainda sobre o Fundo de Participação dos Estados (FPE): a medida está na proposta de emenda à Constituição (PEC) do senador Anastasia e foi aprovada ontem pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) do Senado Federal. Só falta a votação em plenário, em dois turnos.

Mais um registro: ainda da ex-procuradora-geral da República Raquel Dodge.
Indicada na época do governo Michel Temer (MDB), ela deixou o cargo em setembro deste ano. Antes, sucedeu ao então procurador Rodrigo Janot. O atual procurador-geral é Augusto Aras.

Finalmente, uma notícia boa. Futebol e política se misturam sim. O plenário do Senado aprovou o Projeto de Lei da Câmara 12/2017, que pune com mais rigor as torcidas organizadas envolvidas em violência. Agora, só falta a sanção presidencial.

Publicidade política em tweets não pode. Quem avisa é o presidente do Twitter, Jack Dorsey. E é ele quem avisa: “We’ve made the decision to stop all political advertising on Twitter globally”. Isso mesmo, pelo mundo afora.

Diante de tudo isso, só resta esperar que a redução da taxa Selic, que já era esperada pelos economistas, consiga de fato aquecer a economia e gerar empregos. Vale a torcida para que isso aconteça.
 
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