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Um retorno a 1720 em dia de adiamento

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Chove chuva, chove sem parar. E bate recordes. Em Belo Horizonte, foi um dia molhado e frio. O mesmo aconteceu no Rio de Janeiro e em São Paulo. No meio do caminho de tudo isso, o aquecimento global, que já dispensa maiores considerações, e falta de variações de temperatura no oceano, que deveriam acontecer, mas não vieram, mas foram suficientes para causar concentração de tempestades.



Falar nelas, em meio ao clima de tensão entre governo e Congresso, uma comissão mista, aquela que é formada tanto por deputados quanto por senadores, decidiu ontem tornar permanente o pagamento do 13º benefício para quem recebe Bolsa-Família. Como se fosse pouco, acrescentaram ainda o Benefício de Prestação Continuada (BPC), aquele que é pago aos idosos e às pessoas com alguma deficiência de baixa renda. Se especular é possível, quem viver verá.

Já quem não deve ter ouvido é o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), diante do ataque que fez ao governador Romeu Zema (Novo), por causa do reajuste dos servidores de segurança pública, que será escalonado em parcelas.

Basta um trecho do pronunciamento do deputado estadual Coronel Sandro (PSL): “Em 1720, quando foi criada a capitania de Minas Gerais, desmembrada de São Paulo, nós tivemos que botar vocês para fora de Minas Gerais a pontapé, porque paulista é igual gafanhoto: chega e não sai, devasta”.



Melhor então dar uma passadinha no Supremo Tribunal Federal (STF). Adianta, não, foi adiado. O caso é o julgamento que decidirá se uma pessoa delatada pode ter acesso antecipado ao acordo de delação fechado pelo delator. A ministra Cármen Lúcia apresentou pedido de vista, ou seja, ela quer ter mais tempo para avaliar, já que é a relatora do caso que envolve a delação de Lúcio Funaro, lembra dele?

Deixa para lá, afinal teve acordo na novela do veto do presidente Jair Bolsonaro sobre a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). Pelo jeito, o tal mal-estar que estava havendo entre os presidentes do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), e da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e presidente Bolsonaro, ficou para trás.

O detalhe é que, para chegar a esta conclusão, foram pelo menos duas semanas e o senador Davi Alcolumbre e o deputado Rodrigo Maia levaram mais de quatro horas na residência oficial do Senado para bater o martelo.

Sendo assim, depois de tanta demora, o jeito é não seguir o mesmo caminho. Já chega por hoje, quem sabe o dia traga notícias melhores, né?

O baixo nível

Uma proposta sobre o Lago de Furnas acirrou os ânimos ontem na Assembleia Legislativa (ALMG). Apesar de o deputado Dalmo Ribeiro (PSDB) ser defensor do reservatório e das cidades que circundam o lago, o deputado Professor Cleiton (DC) usou redes sociais para acusar Dalmo, que preside a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), de ter retirado de pauta a PEC 52/2020 que dispõe sobre um possível tombamento do Lago de Furnas e da Bacia do Rio Grande. No Whatsapp, Professor Cleiton instigou os participantes a pressionar o presidente da CCJ para votar o projeto. Só que a consultoria jurídica da Assembleia apontou pontos inconstitucionais e ilegais na PEC. Para que ela não fosse barrada na CCJ, Dalmo a retirou de pauta para fazer ajustes.




O experiente

Dalmo Ribeiro, do alto de sua experiência, já que cumpre seu sexto mandato como deputado, foi à tribuna e reclamou do posicionamento do colega Professor Cleiton, que o colocou como antagonista da PEC e de Furnas. Dalmo cobrou ainda da presidência da Casa a instalação de uma Comissão Extraordinária para levantar dados técnicos e apontar soluções para os problemas do reservatório de Furnas, pedido que foi apresentado por ele pouco antes do carnaval.

Galo na veia

O prefeito Alexandre Kalil (PSD) declarou ontem estar focado na reconstrução da cidade, depois dos temporais que atingiram Belo Horizonte, mas deixou uma porta aberta para tratar de política. “Por enquanto, estou só com Deus. Foi para se reunir, segunda-feira, com o vereador Gabriel Azevedo, autor do projeto do IPTU Verde, que retirou de pauta, pelo menos por enquanto”. E voltou à sua antiga praia. Brincando, tratou da chegada de Sampaoli ao Atlético, mas não perdeu a caminhada ao acrescentar: “Seja no Galo, ou na eleição...”


Ainda o STF

A primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) começou a julgar ontem ação penal contra o deputado federal Paulinho da Força (Solidariedade-SP). O parlamentar é acusado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) por estar, supostamente, envolvido em desvios de recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). A sessão da tarde de ontem trouxe a primeira parte do julgamento, só que foi toda dedicada às sustentações orais da PGR e do advogado do deputado. Os votos do relator, ministro Alexandre de Moraes, e dos demais integrantes do colegiado pela condenação ou absolvição do parlamentar serão proferidos na próxima sessão, que será realizada 
em10 de março.



Por fim...

Está pronto para apreciação do plenário, em turno único, o crédito suplementar ao Orçamento estadual para o Fundo Especial do Poder Judiciário de Minas Gerais. Antes disso, passou na Comissão de Fiscalização Financeira e Orçamentária (FFO) ampliada com membros das demais comissões permanentes da Assembleia Legislativa (ALMG). O presidente da FFO, deputado Hely Tarqüínio (PV), relatou a matéria e opinou pela aprovação na forma original. O projeto veio do governador Romeu Zema (Novo). A suplementação é para o Tribunal de Justiça (TJMG).

Pinga-fogo


Em tempo: depois de ter a orelha puxada pela Mesa da Casa e de conversa com a consultoria da Presidência, restou ao deputado Professor Cleiton se manifestar na tribuna pedindo desculpa ao deputado Dalmo Ribeiro, dizendo ter havido um mal-entendido.

E ainda terceirizou a culpa, alegando que o “comunicado urgente” postado em sua página no Facebook, aquele que acusou o colega, vale repetir, foi feito à sua revelia, por sua assessoria de imprensa. Só faltou culpar o estagiário.



O Dom Pedro Laguna Beach Resort & Golf concorre novamente como melhor hotel de golfe do Brasil no World Golf Awards 2020, considerado o “Oscar do golfe” mundial. Localizado na costa leste do Ceará, o resort já foi premiado pelo World Golf Awards. Vai vencer de novo?

Melhor esperar, se vai repetir o feito de 2015 e 2016, quando foram duas vezes, ambas na categoria de melhor hotel de golfe do Brasil, em 2015 e 2016, e uma vez como melhor hotel de golfe da América Latina, em 2018.

O melhor a fazer então é dar uma tacada e encerrar a coluna por hoje.