Jornal Estado de Minas

em dia com a política

Maia eleva o tom com o governo

Conteúdo para Assinantes

Continue lendo o conteúdo para assinantes do Estado de Minas Digital no seu computador e smartphone.

Estado de Minas Digital

de R$ 9,90 por apenas

R$ 1,90

nos 2 primeiros meses

Utilizamos tecnologia e segurança do Google para fazer a assinatura.

Experimente 15 dias grátis

O fim da semana começou quente na política nacional. Sexta-feira, normalmente, é dia costumeiro de poucas notícias, mas não foi o que aconteceu ontem. Muito antes pelo contrário, os ataques é que deram o tom. Aconteceram na Fundação Fernando Henrique Cardoso. E fora do estilo do ex-presidente tucano da República.



Só faltou avisar ao presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que participou do evento. Ele deu palestra, mas o que interessa mesmo foi a entrevista coletiva que concedeu depois. Na saída, como convém. E pegou pesado contra o presidente da República, Jair Bolsonaro (ex-PSL).

“Não podemos discutir uma coisa criada para viralizar o ódio, que é essa questão de parlamentarismo branco. Essas teses são criadas para arranjar alvos para que os presidentes da Câmara, Senado e Supremo sejam atacados. Isso só atrasa as soluções”. É de Maia a frase.

Antes do ataque, o presidente da Câmara dos Deputados ressaltou: “Não queremos um milímetro do que é responsabilidade do Executivo”. Maia acrescentou que “essas teses são criadas para que o Congresso, o presidente da Câmara, do Senado e do Supremo sejam atacados”. O deputado não deu os sobrenomes, mas para ficar claro são a Câmara dos Deputados, o Senado Federal e o Supremo Tribunal Federal (STF). Era até dispensável, mas vale o registro.



Melhor passar por um tema mais ameno, embora seja muito importante e deixa atentos os empresários, em especial os investidores estrangeiros: “Cada vez mais eles priorizam pela sustentabilidade, e, por essa razão, o meio ambiente é tema bastante sensível e que deve ser levado em consideração”.

Já bastaria, mas vale ressaltar o recado que Maia deixou claro, sem citar a bancada ruralista: “O agronegócio não precisa desmatar mais um metro quadrado para aumentar a produtividade. Precisamos de poupança externa, e a questão do meio ambiente é uma precondição importante para investimentos”. Nada mais é necessário a acrescentar. É uma questão econômica cada vez mais cobrada mundo afora.

Para encerrar, ainda tem mais um registro. É que lá em Genebra, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) recebeu ontem a visita de John Shipton, o pai do fundador do Wikileaks, Julian Assange. Desde que foi expulso da embaixada do Equador, Assange está preso e já faz algum tempo.



A prisão vem desde abril do ano passado, em Londres. Disso Lula entende.


Ataque violento

Há algo muito mais impressionante no Brasil do que a “burocracia da Receita”. Temos um dos piores índices educacionais entre todos os países avaliados. Metade da população economicamente ativa está desempregada ou subempregada. Nossa economia evolui rapidamente para um grande arranjo de fornecimento de commodities para países ricos a baixo custo, largamente subsidiado e indutor da desigualdade. Além disso, somos um dos países mais violentos do mundo, com territórios dominados pelo narcotráfico e pelas milícias.


E a negligência

A declaração é de Geraldo Seixas – presidente do Sindicato Nacional dos Analistas-Tributários da Receita Federal do Brasil (Sindireceita): “Graves problemas são negligenciados, a burocracia da Receita é certamente um dos últimos a subir no pódio da vilania nacional, ainda que qualquer instituição mereça, sim, ser aprimorada”. E ressaltou não constar que algum dos megaempresários tenha reclamado dessa realidade com o presidente da República – “E isso é o que realmente nos impressiona”.

Ela merece

A 2ª tenente enfermeira Carlota Mello, a última mineira viva que serviu à Força Expedicionária Brasileira (FEB) durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), ganhou Moção de Aplauso proposta pelo deputado estadual Coronel Henrique (PSL). Tudo indica que ela, com seus 105 anos, estará presente na terça-feira, na Assembleia Legislativa (ALMG) na solenidade de homenagem às mulheres que mais se destacaram na área de segurança pública. Carlota não recusa nenhum convite de homenagem. Ela nasceu em Salinas e atuou na Itália durante 11 meses no combate às tropas nazistas e salvou muitas vidas. Foi uma das 67 enfermeiras brasileiras que serviram na Europa.


Carga preciosa

Peritos avaliam em mais de R$ 20 milhões. Afinal, trata-se de cinco quilos de ouro e 27 pedras de diamantes. Estavam na Suíça e foram comprados com dinheiro de propina do ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral. A existência do ouro e dos diamantes foi revelada pelos doleiros Marcelo e Renato Chebar, que são irmãos, em delação premiada acertada com a Operação Lava-Jato da Polícia Federal (PF) em conjunto com o Ministério Público Federal (MPF) do Rio de Janeiro. A propósito, além de longo trâmite burocrático, como não poderia deixar de ser, trazer ouro e diamantes da Europa para o Brasil revelou-se mais complicado, já que exige contratação de transportadoras e de seguros especializados.

Nome de cidades

O ranking é liderado por Minas Gerais, com 16 nomes. Trata-se de registro da Confederação Nacional de Municípios (CNM) em levantamento de cidades batizadas com nomes femininos. Neste levantamento, não foram considerados nomes de santas. O fato é que 111 municípios têm nome de mulheres. E cita alguns registros históricos, como Nísia Floresta Brasileira Augusta, a precursora da luta pela emancipação das mulheres, Anita Garibaldi, da Revolução Farroupilha, e a imperatriz Leopoldina, que atuou, nos bastidores, pela independência da colônia que deu lugar ao Brasil.

Pinga-fogo

Para registro, vale mais uma declaração do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia. Foi em referência à CPI das Fake News e disse que a tecnologia virou um campo de ataque às pessoas. “Nada disso custa pouco. Um robô custa 
US$ 12 por mês”.



A propósito, vale ressaltar que o dólar tem batido recordes, oscilando muito nos últimos dias. A culpa é do avanço envolvendo o coronavírus. Pelo jeito, Bolsonaro, pão-duro que é, muitas comprinhas não deve fazer no encontro marcado com Donald Trump.

Agora é oficial. Isso mesmo, o Supremo Tribunal Federal decidiu por unanimidade validar uma lei de Mato Grosso que permite a venda de bebidas alcoólicas em estádios e arenas esportivas no estado.

O julgamento, em plenário virtual, tinha começado na semana passada e foi concluído na quinta-feira passada. Mas não é notícia velha, embora pareça. É que o resultado só foi oficializado nessa sexta, isso mesmo, ontem.

Já que os estados do Paraná e do Espírito Santo também aprovaram leis liberando o comércio de bebida alcoólica, o jeito é ficar por aqui. Um bom fim de semana a todos. Amanhã tem mais.