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Estado de Minas EM DIA COM A POLíTICA

Baptista Chagas Almeida: Desenho animado e falta de educação de Weintraub

Ministro da Educação, Abraham Weitraub usou desenho animado do Cebolinha para atacar os chineses


postado em 05/04/2020 04:00 / atualizado em 05/04/2020 08:46

Weitraub usou capa de gibi da Turma da Mônica que se passa no país asiático para ridicularizar o povo chinês(foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil %u2013 2/5/19)
Weitraub usou capa de gibi da Turma da Mônica que se passa no país asiático para ridicularizar o povo chinês (foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil %u2013 2/5/19)


Nada educado ele foi. Geopoliticamente, quem podeLá saiL foLtalecido, em teLmos Lelativos, dessa cLise mundial? PodeLia seL o Cebolinha? Quem são os aliados no BLasil do plano infalível do Cebolinha paLa dominaL o mundo? SeLia o Cascão ou há mais amiguinhos?
 
Começou assim, mas teve mais: “Quem são os aliados no Brasil do plano infalível do Cebolinha para dominar o mundo?”, questionou nada menos que o ministro da Educação, Abraham Weintraub. Se ironizou os chineses vale a pergunta. E a economia?
Resposta rápida: ridículo é ele, o ministro da Educação, ao atacar e ridicularizar os chineses. O ministro da Economia, Paulo Guedes, não deve ter gostado, muito antes pelo contrário, tende a ficar é furioso. Afinal, junto à postagem, Weintraub colocou a capa de um dos gibis da Turma da Mônica cujo enredo se passa na China. Vale repetir, e a economia Weintraub?
 
Resposta rápida: afinal, a China é o maior parceiro comercial do Brasil. Isso mesmo, continua sendo o principal destino das mercadorias brasileiras em todo o comércio internacional. Os Estados Unidos aparecem em segundo lugar. A propósito: a mudança das letras ridiculariza o sotaque de muitos asiáticos ao falar português.
Só que o amigo do presidente Jair Bolsonaro e seus filhos tiveram que mudar de ideia dias atrás. O presidente norte–americano, Donald Trump acabou sendo obrigado a mudar de direção e determinar que a população ficasse e permanecesse em casa até o fim de abril.
 
Claro que, para isso, Trump abandonou o plano, em que foi duramente criticado, aquele que seria para reativar a economia. A nova determinação passou a ser que os cidadãos norte-americanos ficassem em casa até meados de abril, depois que um conselheiro médico graduado disse que mais de 100 mil norte-americanos poderiam morrer com o surto de coronavírus.
 
Isso já é passado, embora esteja em vigor. Melhor voltar ao Brasil, com um registro da agência oficial do governo federal. Só que ele trata é da Índia. “O presidente Jair Bolsonaro pediu ao primeiro-ministro Índia, Narendra Modi, o apoio do governo indiano para que o Brasil continue recebendo os produtos farmacêuticos necessários à produção da hidroxicloroquina”.
 
E o motivo é a hidroxicloroquina, indicada para o tratamento e prevenção da malária e de outras doenças, como o lúpus, e que vem sendo testada em pacientes com o novo coronavírus em vários países. E óbvio, inclusive no Brasil.
 
Diante de tudo isso, só resta esperar que a chuva consiga amenizar a quarentena em casa. Quanto ao registro de sexta-feira em que Bolsonaro ressaltou que “o vírus é igual a uma chuva. Ela vem e você vai se molhar, mas não vai morrer afogado”, esqueça! Permaneça em casa.
 

Sem cobrar

“A situação exige que as famílias façam transferências entre seus familiares e o façam para outras pessoas com dificuldades, em solidariedade”, justificou o senador Álvaro Dias (Podemos-PR) para o seu projeto. A argumentação dele faz sentido: “durante a atual crise provocada pela pandemia de coronavírus, a população precisa ter acesso, sem restrições”, a serviços essenciais. O fato é que o Banco Central só não cobra duas transferências por mês. A partir daí é permitida a cobrança. Por isso, o senador ter apresentado projeto que veda a cobrança em qualquer circunstância até 31 de dezembro deste ano.

Tudo em vão

O Partido Novo já recebeu R$ 34 milhões em recursos do Fundo Partidário e tenta em vão devolver desde o seu registro como partido em 2015. O partido, no entanto, insistiu: protocolou cautelar junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em que pretendia destinar os recursos do Fundo Partidário para o combate à COVID-19. Em vão. Na sexta-feira, a mesa diretora da Câmara dos Deputados negou emenda na PEC do Orçamento de Guerra. Ela permitiria legalmente aos partidos a doação do Fundo Partidário para combate à pandemia. A emenda nem foi votada.

É guerra

O autor foi o próprio presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), acompanhado de outros nove parlamentares. Em tempos assim, não poderia ser de outra maneira, já que se tratava da chamada Proposta de Emenda Constitucional (PEC) do “Orçamento de Guerra”. Melhor o relator Hugo Motta (Republicanos–PB) detalhar. A PEC permite a separação do orçamento dos gastos realizados para o combate à pandemia de coronavírus do Orçamento Geral da União. Ou seja, não mexe no governo. As regras terão vigência durante o estado de calamidade pública.

O pesquisador

Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press – 18/9/18
O plenário da Câmara dos Deputados aprovou, por 440 votos a 15, o regime de urgência para o Projeto de Lei Complementar 149/19, do Poder Executivo, o Plano Mansueto. A proposta traz uma mudança de várias regras para ingresso e manutenção dos estados no Regime de Recuperação Fiscal. O plano leva este nome porque remete ao pesquisador do Ipea Mansueto Almeida que, em maio de 2016, foi convidado pelo então ministro da Fazenda Henrique Meirelles (foto) para integrar a sua equipe econômica e assumiu o posto de Secretário de Acompanhamento Econômico. O fato atual é que foi aprovado o regime de urgência para a votação da proposta.

A recompensa

O Ministério da Cidadania repassou mais de R$ 46 milhões para estados e municípios que cumpriram com os índices de gestão do programa Bolsa Família. Melhor deixar a diretora de Operação da Secretaria Nacional de Renda de Cidadania, óbvio que do Ministério da Cidadania, Marina De Lorenzo, explicar: “diante do período de emergência em saúde pública causado pela COVID-19, a gestão local do Bolsa Família e do Cadastro Único tem autonomia para utilizar os recursos na estruturação de suas ações no combate ao coronavírus”.

pingafogo


• Se até Deus descansou no sétimo dia, por que então o ministro Luiz Henrique Mandetta não pode ficar um dia sem dar entrevista coletiva para os últimos registros do Ministério da Saúde sobre o Covid–19.

• O fato é que a entrevista de ontem quem comandou foi o secretário-executivo do Ministério da Saúde, na prática o vice-ministro, João Gabbardo dos Reis (foto). O detalhe saudável: ele é médico desde 1980 e maratonista desde 1983.

• “Ser maior de 18 anos. A família ter renda mensal por pessoa de até meio salário mínimo, que corresponde a R$ 522,50; ou renda familiar mensal total de até três salários mínimos, que totaliza R$ 3.135,00. E não ter rendimentos tributáveis, em 2018, acima de R$ 28 mil 559 reais e 70 centavos”.

• Estes são os requisitos do auxílio emergencial de R$ 600, aquele que só será lançado terça-feira. O detalhe é que interessa, é que já teve sonora. Isso mesmo, gravação feita pelo ministro Onyx Lorenzoni já pode ser acessada. E sugere: ouça aqui (3’20) três minutos e 20 segundos.

• Diante de tudo isso, sem sonora sugerida pelo ministro, o melhor a fazer é encerrar por hoje. Afinal, nem missas presenciais haverá hoje, mas é fato que só rezando mesmo será possível para que passe logo esta crise toda. Bom domingo a todos.

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