Antes de mais nada, é necessário fazer um registro histórico, diante da pandemia mundial envolvendo o novo coronavírus. “Ao mesmo tempo, nosso governo dará início ao diálogo com diferentes interlocutores para desfazer opiniões distorcidas sobre o Brasil e expor as ações que temos tomado em favor da proteção da floresta amazônica e do bem-estar das populações indígenas.”
A frase do presidente Jair Bolsonaro tem endereço certo. Ela visa rebater as críticas negativas de que o seu governo não está se esforçando e muito menos fazendo o suficiente para proteger os indígenas do contágio pela COVID-19. De fato, é uma ameaça capaz de dizimar tribos inteiras da Amazônia.
Aos números, aproveitando a base das imagens do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), que são oficiais: no mês passado, o número de queimadas na Amazônia foi o maior observado há 13 anos, isso mesmo, para o mês de junho desde 2007.
O número de queimadas na Amazônia em junho foi o maior observado para o mês desde 2007, vale repetir, segundo o Inpe. Se a comparação for diante do ano passado, quando foram 1.880 focos ativos, o aumento, de acordo com o Inpe, foi de 368 focos. Melhor chamar as Forças Armadas.
Na terça-feira, os militares brasileiros entregaram equipamentos de proteção e remédios a comunidades indígenas isoladas da Amazônia, na fronteira com a Venezuela, de helicóptero, e examinaram índios assustados para detectar a COVID-19. Nenhum teve diagnóstico positivo nos exames rápidos.
Daí o registro que vem do capitão e médico naval Jarbas de Souza: “Essa operação, que é feita em conjunto com as Forças Armadas, tem a principal importância de fazer o rastreamento por meio do teste de COVID-19 nas aldeias aqui próximas”. Ele preparou o terreno para o chefe.
A operação para ajudar os ianomâmis que moram na maior reserva do país visa rebater as críticas de que o governo do presidente Jair Bolsonaro não está fazendo o suficiente para proteger os indígenas do contágio.
“Está tudo sob controle. Nós não tivemos nenhuma detecção de casos aqui”, disse o ministro da Defesa, Fernando Azevedo, que é general aposentado do Exército, aos repórteres, ontem, no posto de Surucucu, na fronteira com a Venezuela.
Antes de encerrar, é necessário trazer de volta o Centrão, aquele grupo de parlamentares que dispensa apresentações. Desta vez, é a possibilidade de trazer de volta a prisão de condenados em segunda instância. O número dos deputados investigados por corrupção fala por si.
Ato simbólico
A pandemia não inviabilizou as celebrações pelo Dia Nacional do Bombeiro, ontem, na Assembleia Legislativa (ALMG). Por causa da COVID-19, a tradicional solenidade, com presença de autoridades das forças de segurança e dos poderes do estado, deu lugar a uma solenidade mais comedida, mas não menos importante. Em ato simbólico, o Corpo de Bombeiros Militar (CBM-MG) manteve a homenagem às pessoas que contribuíram para o engrandecimento da corporação. Um dos agraciados com a Comenda de Bombeiro Honorário, a maior honraria da instituição, foi o presidente da Assembleia, deputado Agostinho Patrus (foto) (PV), que recebeu a homenagem na companhia só do comandante-geral dos Bombeiros, coronel Edgard Estevo da Silva.
Terceirizou
Patrus, que comemorou 49 anos na quarta–feira, estendeu a homenagem a toda a Assembleia Legislativa e destacou a importância da corporação para além do combate ao fogo. “Hoje, sua atividade está voltada essencialmente à proteção da vida das pessoas, em todos os níveis, como ficou evidente com o trabalho de resgate após as tragédias em Mariana e Brumadinho. É sempre o bombeiro que está presente, arriscando a sua vida para proteger e dar alento às famílias”, afirmou emocionado Agostinho Patrus.
Branco da paz
“Quando a gente chega, eles ficam meio receosos, nos observam de longe e aí vamos ganhando a confiança e com isso todos vão se aproximando e acaba tudo ocorrendo bem”, disse Fernanda Ribeiro, tenente e médica da Força Aérea Brasileira. “Eles acabam gostando. Tem sido muito gratificante.” Antes, ela tinha ouvido de um indígena ianomâmi bem velhinho: “A saúde indígena faz bem para a gente, ajuda a gente. Viemos aqui para pedir ajuda, para ver se estamos bem. Caminhamos quatro horas para chegar aqui”. Detalhe, além do intérprete do dialeto usado na tribo, ele usava uma grande máscara branca.
Meio ambiente
Quis bancar ser vivo e mais realista que o DPDC é claro que não poderia dar certo. E saiu caro. Tanto que foi devidamente informado no Diário Oficial da União (DOU) de que a multa foi de R$ 800 mil. Melhor explicar de uma vez. Sem trocadilho, as operadoras terão de depositar no Fundo de Defesa de Direitos Difusos. E o que é esse fundo? Resposta rápida: os recursos dele vindos devem ser empregadas em projetos que previnam ou recomponham danos ao meio ambiente, ao patrimônio histórico e artístico, ao consumidor, à ordem econômica, ao trabalhador, às pessoas idosas ou portadoras de deficiências e ao patrimônio público e social.
Ele não desiste…
… ao contrário, insiste. Mais uma vez, os advogados do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) apresentaram recurso questionando a força-tarefa da Operação Lava-Jato da Polícia Federal (PF), em conjunto com o Ministério Público Federal (MPF). Desta vez, a defesa do petista alega haver “fatos novos”. Para deixar claro, trata-se de conversas envolvendo procuradores e o então juiz e ex-ministro da Justiça do governo de Bolsonaro Sergio Moro. A defesa de Lula pediu habeas corpus. Alega que são nulos os atos dos membros da força-tarefa nos processos contra o ex-presidente.
Pinga fogo
“Os próximos meses serão de grandes desafios para todos nós. O maior deles, que se apresenta desde logo, é conciliar a proteção da saúde das pessoas com o imperativo de recuperar a economia”, alertou o presidente Jair Bolsonaro.
No meio do caminho, é tudo por causa da pandemia da COVID–19. “No esforço da construção de um país mais próspero, buscamos também mais e melhor inserção do Brasil na região e no mundo, e o Mercosul é o nosso principal veículo para essa inserção”, ressaltou Bolsonaro.
Em tempo, sobre a nota envolvendo Lula: o Conselho Nacional do Ministério Público vai julgar, terça-feira, a representação que o ex-presidente fez contra o procurador Deltan Dallagnol e outros integrantes da força-tarefa da Operação Lava-Jato.
O advogado Cristiano Zanin, que é o defensor do ex-presidente da República petista, usa o argumento de que os procuradores da Lava-Jato “extrapolaram as suas atribuições”. Ou seja, a novela ainda promete vários capítulos ainda.
Diante disso, sem triplex e outras encrencas, o jeito é encerrar por hoje e partir atrás, nesta semana que está acabando, de conseguir encontrar notícias melhores. E olha que anda difícil, não é mesmo? Ficamos assim.