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O lobo guará e a nota de R$ 200 na homenagem do Banco Central

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“As pessoas precisam comer, e nossa agricultura continua crescendo. A agricultura coloca o Brasil em diferente posição em relação a outros países emergentes”. A frase é do presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, no evento “Emerging & Frontier Forum 2020” que foi ontem.



Ele acrescentou que o Banco Central poderia intervir mais pesadamente e que estava preparado, mas a moeda norte-americana começou a se estabilizar e voltar em direção aos R$ 5, cinco reais, que fique claro. Se os mesmos problemas forem novamente vistos, o BC estará pronto para agir “pesadamente”.
 
O que emergiu de fato, no entanto, foi o lobo guará. Só que a própria agência oficial do governo federal informa: é um animal que está na categoria vulnerável em relação à elevada ameaça de extinção. Isso ocorre principalmente pela perda do habitat primordial, o Cerrado, com a ampliação das áreas urbanas e também das plantações.
Bastaria, mas vale o registro do biólogo Rogério Cunha de Paula: “O que a gente precisa e está buscando nos projetos é construir as pontes entre os diversos interesses, o econômico e o de conservação. É necessário mostrar para os setores de produção que não existem dois lados. Existe um lado só. Se eles trabalharem de forma sustentável na produção, eles vão ganhar e a fauna também”.




 
Só que teve um aviso preocupante: “com o tempo, o lobo guará vai desaparecer de vários lugares. Quando a gente fala da descaracterização do Cerrado, ambiente principal do animal, temos que é uma realidade muito preocupante”, é ainda do biólogo Cunha de Paula. “Mas não adianta falar apenas que o animal é importante e por isso não é possível converter áreas do bioma em plantações, sendo que sabemos que o forte do nosso PIB é a exportação de produtos agrícolas”, completou.
 
Para encerrar este assunto, o lobo–guará foi escolhido em pesquisa realizada pelo Banco Central (BC) em 2001 para eleger quais espécies da fauna brasileira deveriam ser estampadas nas cédulas do país. O lançamento da nova nota é uma forma de a instituição agir preventivamente para a possibilidade de aumento da demanda da população por papel–moeda.
 
Afinal, a saída de dólar superou a entrada em US$ 16,368 bilhões no ano até 28 de agosto, diz o Banco Central, acrescentando que os dados anuais refletem, em grande parte, os efeitos da pandemia do novo coronavírus da COVID–19 sobre o fluxo cambial de moeda estrangeira.





As frases, pô!

“Quando se fala nessa tal de pandemia, que desde o começo eu apanhei muito, né? O que eu falo é quem tem um bom preparo, quem tá bem de saúde não tem que se preocupar, pô. É igual uma chuva, pô. Se o cara está com problema, qualquer chuvinha vira ali uma pneumonia e pode ter problema. Quando o cara está bem preparado, é o meu caso, apesar dos 65 anos”. São trechos do presidente da República, Jair Messias Bolsonaro, na solenidade de entrega do Discóbolo de Ouro, no Palácio do Planalto, pô!

Chama não!

Já que é capaz de a polícia não vir aí. É oficial. Pelo menos 345 servidores da Polícia Federal já testaram positivo para o novo coronavírus. Desse total, nove morreram por complicações da doença. Outros 195 casos estão sob averiguação. Os números, reunidos pelos sindicatos estaduais, são repassados regularmente para a Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef), que acompanha os dados e atua, junto à direção–geral da PF e ao Ministério da Justiça, para tentar evitar ao máximo a contaminação dos servidores.

Já no palanque

“Não da p/ jogar p/ torcida o tempo todo. Não é hora de terraplanismo. Vacinas vão além da prevenção pessoal. É tb solidariedade. A ciência faz sua parte ao produzir vacinas. O Estado garante o acesso. Se imunizar é cidadania. Pensar em todos é o melhor jeito de pensar em si”. É o que indica o @LucianoHuck (foto), que pelo jeito está, de fato, montando palanque para as eleições presidenciais. A postagem no Twitter tem como endereço a declaração do presidente Bolsonaro de que “ninguém pode obrigar ninguém a tomar vacina”.

Perdeu, Witzel

Não adiantou a tentativa de voltar a comandar o governo do Rio de Janeiro. Nada saudável, com direito ao trocadilho, foi o desvio de recursos públicos que deveriam estar na área de saúde. Wilson Witzel (PSC) continua afastado do cargo de governador. O placar na Corte Especial do Superior Tribunal de Justiça (STJ) foi de 14 votos favoráveis ao afastamento e só um ministro votou contra. Só que tem mais encrencas para Witzel, a Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) decidiu, também ontem, adiar, por cinco dias, o prazo para ele se defender no processo de impeachment.





Fórum Mundial

A Unimed–BH foi convidada a integrar o “The Great Reset” ou “O Grande Recomeço”, uma iniciativa inédita idealizada pelo Fórum Econômico Mundial. O projeto reúne líderes empresariais do mundo todo para debater temas mundiais ligados à pandemia de COVID–19. A empresa é a única brasileira do segmento de saúde suplementar convidada a integrar a iniciativa. No fim de agosto, o diretor-presidente da Unimed–BH, Samuel Flam, participou da primeira reunião do The Great Reset Dialogues, que possibilitarão a integração de grandes líderes mundiais para discutir objetivos e ações conjuntas da sociedade global.

pingafogo


  • O detalhe, sobre a nota Perdeu Witzel: o presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministro Humberto Martins, conduziu ontem a primeira sessão da Corte Especial em sua gestão. O colegiado, que reúne os 15 ministros mais antigos, é o órgão máximo de julgamento do STJ.
  • Chama que a Polícia Federal vem aí. Ihh! Chama não. A PF informa que precisa de mais tempo para concluir o inquérito que apura se o presidente Jair Bolsonaro tentou interferir na corporação. Ela pede mais 30 dias para concluir as investigações.
  • É aquela novela que já se arrasta há um bom tempo que foi aberta em abril, após as acusações feitas pelo ex-ministro da Justiça e Segurança Pública Sergio Moro. O presidente, claro, nega e alega sempre que se referia à sua segurança pessoal.
  • Para encerrar, a relatora do projeto no Senado foi Mara Gabrilli (foto) (PSDB–SP). Gabrilli é cadeirante, tetraplégica e sua atuação no Congresso Nacional, desde quando era deputada, é pautada pela proposição de políticas para as pessoas com deficiência.
  • O fato é que o Senado aprovou ontem o Projeto de Lei que institui 8 de agosto como o Dia Nacional da Pessoa com Atrofia Muscular Espinhal. Óbvio que será devidamente sancionado pelo presidente da República. Ela merece isso e muito mais.