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Picuinha presidencial com a imprensa e a medalha para Belo Horizonte

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O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, o velho e conhecido IBGE informa que há uma boa notícia. Anda raro de acontecer, mas o fato é que a produção da indústria nacional teve um crescimento pelo quarto mês seguido. E pode melhorar, já que o dado é de agosto.





Para que fique claro, a indústria cresceu 3,2%. Mas ainda não dá comemorar, já que no acumulado no ano, a produção recuou 8,6%. Culpa é da pandemia da COVID–19. Os dados são da Pesquisa Industrial Mensal (PIM), divulgada, ontem, pelo IBGE.

“Há uma manutenção de certo comportamento positivo do setor industrial nos últimos meses. É um avanço bem consistente e disseminado entre as categorias, mas ainda há uma parte a ser recuperada”, analisa, André Macedo, o gerente responsável pela pesquisa.

Ele ressalta ainda que “a produção dos automóveis impacta não só dentro da categoria de bens de consumo duráveis, mas no setor industrial como um todo, porque influi na confecção de autopeças, caminhões e carros em geral”. A cadeia automobilística ainda é um celeiro de empregos, mesmo diante da automatização.





Já que estamos falando em números, quem sabe dar a palavra ao presidente da República, Jair Messias Bolsonaro (sem partido), que anda surfando em sua alta aprovação. “Minha crescente popularidade importuna adversários e grande parte da imprensa, que rotulam qualquer ação minha como eleitoreira. Se nada faço, sou omisso. Se faço, estou pensando em 2022”.

Um dia hoje, outro também amanhã, a picuinha com a imprensa está sempre nas falas presidenciais. Melhor deixar para lá. Faz de conta que o Nordeste, antigo reduto petista, não faz parte de um provável novo mandato. Andando por lá, Bolsonaro está.

Que tal, então, dar outra notícia boa para variar. Ela vem de Belo Horizonte. Isso mesmo, teve medalha de prata na olimpíada da We Go – Organização Mundial de Cidades Inteligentes e Sustentáveis. Pega o apito aí. É isso mesmo mulheres, façam bastante barulho nos ônibus.





O fato é que a prefeitura distribuiu apitos às passageiras e, quando são vítimas acionam o equipamento sonoro e imediatamente o motorista aciona a Guarda Municipal, por meio de um dispositivo, chamado botão do pânico.

Mas nem deu tempo de comemorar. Se a serra do Cipó está ardendo em chamas com focos espalhados e difíceis de controlar com esta temporada seca e quente, só resta torcer. Previsão de chuva capaz de amenizar ainda não tem.

Sem governistas

Mais uma vez não houve participação de integrantes da bancada governista no debate. É óbvio que não. Afinal, tratava-se da lentidão do governo em lidar com o incêndio do Pantanal. O presidente do Conselho Nacional da Reserva da Biosfera do Pantanal, Laércio Machado de Sousa, alertou que, desde janeiro, o Pantanal pega fogo e o governo demorou a colocar em ação e muito menos disponibilizou recursos financeiros, entre outros, para lidar com o problema. Diante disso, a esquerda deitou e rolou: “ou a gente tem Bolsonaro e Salles ou a gente tem o Pantanal”. Daí o registro: “o que cabe aos parlamentares fazer é o que estamos fazendo”.





Com militares

“São basicamente helicópteros e um avião Hércules com um sistema que permite o lançamento de água, principalmente em pontos de mais difícil acesso. O êxito dessas ações permitiu reduções superiores a 80% no que se refere a focos de queimada e incêndio. Mas vivemos uma seca histórica na região do Pantanal, o que em muito dificulta o completo controle da situação”. Desta vez, é o general José Eduardo Leal de Oliveira, que é o subchefe de Operações do Estado-Maior das Forças Armadas. Tudo isso veio da audiência pública virtual, que foi ontem, promovida pela comissão temporária externa do Senado que acompanha as ações de enfrentamento aos incêndios no Pantanal.

Eu, eu, eu...

“Eu espero que ele não tenha falado nada de mal. Eu espero que ele não tenha falado nada de mal. Eu vou subir e depois eu desço e explico o que está acontecendo. Eu não acredito que ele tenha falado isso. Eu realmente não acredito que ele tenha falado mal de mim”. As frases são do ministro da Economia, Paulo Guedes, em relação ao colega de Desenvolvimento Regional (MDR), Rogério Marinho. No meio do caminho o Bolsa-Família, ops, o Renda Cidadã, já que tucanaram. “Não foram feitas desqualificações ou adjetivações de qualquer natureza contra agentes públicos, nem tampouco às propostas já apresentadas. Quem dissemina informações falsas como essas tem claro interesse em especular no mercado, gerando instabilidade e apostando contra o Brasil”. Trecho da nota divulgada pelo MDR.

Centenário

“É um prazer e uma honra estar aqui. Um centenário da visita do rei. Não gosto de falar da história, temos umas crises, problemas, mas falamos de uma visita que foi focada sobre o futuro”, ressaltou o embaixador belga no Brasil, Patrick Herman. Foi um ato simbólico na manhã de ontem, no Palácio da Liberdade, para marcar o centenário da visita dos reis da Bélgica, o casal Alberto I e Elisabeth a Belo Horizonte e a Minas Gerais. O governador Romeu Zema (Novo) também celebrou o encontro. “Grande satisfação receber nessa data tão simbólica, há exatamente 100 anos tínhamos um ilustre visitante e que teve frutos que até hoje permanece”.





Para encerrar

A Honda, que voltou à F1 em 2015 em parceria com a equipe Red Bull Racing, avisou que vai desviar os recursos que usa para construir motores de Fórmula 1 para acelerar o desenvolvimento de tecnologias de emissão zero, como células de combustível e baterias. O presidente-executivo Takahiro Hachigo da Honda Motor Company. Ele fez questão de deixar claro que “isso não é resultado da pandemia do novo coronavírus da COVID–19, mas por causa da nossa meta de longo prazo de eliminação de carbono”. Ou seja, a F–1 derrapou em favor do meio ambiente, bem ao jeito japonês de ser.

PINGA FOGO

  • Em tempo, sobre a nota Centenário: a visita de Alberto I e Elisabeth. Eles estavam junto do filho do casal, o príncipe Leopoldo, que depois se tornou Rei Leopoldo III e foi quem fez a primeira viagem de um monarca europeu ao Brasil logo depois da Proclamação da República.

  • Mais um, sobre a nota da Honda: “entendemos como foi difícil para a Honda Motor Company chegar a uma decisão. Entendemos e respeitamos o raciocínio por trás disso”, declarou o chefe de equipe da Red Bull, Christian Horner, também em um comunicado.



  • Olhe este registro, é só um trecho. Att. Srs. Assinantes: A matéria publicada anteriormente continha uma incorreção no terceiro parágrafo. O líder do Novo é o deputado federal Paulo Ganime (RJ) e não como constou. Segue o texto corrigido: melhor deixar para lá, faz nenhuma diferença.

  • A propósito, vale o registro da visita de hoje em Corumbá (MS). É onde estará a comissão temporária externa criada para acompanhar as ações de enfrentamento aos incêndios, óbvio, no Pantanal.

  • O detalhe é que será a segunda diligência ao local das queimadas. Se nada impedir, né? Melhor então esperar para ver e crer. Bom fim de semana a todos.