“Bom-dia, pessoal. É uma satisfação muito grande receber o novo presidente da Câmara e o novo presidente do Senado. Trocamos impressões. Esse diálogo não começou hoje, começou antes, durante as campanhas. Apresentamos uma sugestão de pautas. E podem ter uma certeza absoluta: o clima é o melhor possível.”
Será mesmo, presidente Jair Messias Bolsonaro (ainda sem partido)? E esta história de dar prioridade a projetos que tratam de armas? E não me venha com desculpas. Afinal, já faz tempo que é fato consumado esta bobagem. Mais armas, mais mortes, simples assim. E não me venha com esta história de legítima defesa.
Para lembrar, no finzinho do ano passado, o presidente já avisava: “Por decreto, pretendemos garantir a posse de arma de fogo para o cidadão sem antecedentes criminais, bem como tornar seu registo definitivo”. Agora trouxe à tona de novo.
Melhor tratar da agenda mais importante do dia, diante da sessão solene que marcou a retomada oficial dos trabalhos no Congresso. Como é praxe, estiveram presentes, além do presidente Jair Bolsonaro, o primeiro a discursar, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), e o do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), que foi quem conduziu a solenidade, já que é também o presidente do Congresso Nacional.
Depois de destacar as suas próprias realizações, de forma um pouco deselegante, né, ele até que consertou em seguida: “O governo federal se encontra preparado e estruturado em termos financeiros, organizacionais e logísticos para executar o Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a COVID-19. Com isso, seguimos envidando todos os esforços para o retorno à normalidade na vida dos brasileiros”. Será que foi sincero? Deixa pra lá.
Em seguida, veio a voz da sensatez: “O Poder Judiciário brasileiro atuará sempre em harmonia com os poderes Executivo e Legislativo. É dizer: sem se olvidar do espaço de independência conferido a cada um dos braços do Estado, devemos construir soluções dialógicas para o fortalecimento da democracia constitucional e para o desenvolvimento nacional”. Dessa vez foi o presidente do Supremo Tribunal Federal, Luiz Fux. É sempre assim, né? A elegância do ministro sempre o acompanha.
Sendo assim, é o suficiente por hoje de forma sensata, seguindo os conselhos do ministro da mais alta corte de Justiça do país. Um bom dia a todos!
Almoço mineiro
O novo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG) – na foto, à direita – e o deputado federal Aécio Neves (PSDB-MG) almoçaram ontem em Brasília. “Estou certo de que Pacheco vai cumprir papel fundamental nos avanços sociais, econômicos e no combate à pandemia, pautas tão urgentes ao país”, destacou Aécio.
Diminuíram
A Assembleia Legislativa (ALMG) definiu ontem os blocos que vão atuar nesta Legislatura. Ao contrário dos últimos três anos, quando existiam cinco blocos, agora a Mesa diretora da Casa, sob o comando do presidente Agostinho Patrus (PV), definiu que serão três blocos. O primeiro, com 21 deputados de sete partidos (Novo, PSDB, Solidariedade, PSC, Avante, Podemos e PP), será o Bloco do governo. O segundo, denominado Bloco dos Independentes, terá 39 parlamentares de 11 partidos: MDB, PSD, PV, PSL, PTB, Republicanos, Cidadania, Patriotas, PDT, DEM e PRTB).
Cadê Wally?
“Não é possível que só São Paulo responda pelas vacinas do Brasil. E o Ministério da Saúde? Onde está o ministro da Saúde? Onde está Wally?” Foi naquela entrevista coletiva que o governador de São Paulo, o tucano João Doria, que quase sempre faz. E fez questão de dar números, ressaltando que 90% das vacinas em território brasileiro, atualmente, foram aquelas que chegaram ao Instituto Butantan. E destacou, além de informações, materiais como seringas e agulhas. E fez em tom de apelo: “Meus colegas governadores, prefeitos, parlamentares, jornalistas têm de cobrar o Ministério da Saúde”. Tinha mais, mas basta.
A cobrança
“Meus colegas governadores, prefeitos, parlamentares, jornalistas têm de cobrar o Ministério da Saúde. Não é possível imaginar que essa ausência passe despercebida diante de uma pandemia que já levou a vida de 226 mil brasileiros.” É ainda do governador paulista, João Doria. Como sempre, é a já tradicional coletiva de atualização da situação da COVID-19. E Doria acrescentou que 90% das vacinas em território brasileiro, atualmente, são disponibilizadas pelo Instituto Butantan, e que falta ação do Ministério da Saúde.
Ele tentou
URGENTE! Conseguimos as assinaturas necessárias e vamos protocolar a CPI da COVID-19 p/ apurar as responsabilidades do governo federal pelas crises sanitária e econômica causadas pela pandemia! @randolfeap. Fez o seu comercial o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP). O requerimento até que obteve as 27 assinaturas necessárias e foi protocolado ontem. Depois, seguirá para a aprovação do recém-empossado presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), que provavelmente não acatará o pedido da CPI.
Pingafogo
- Em tempo, ainda sobre a Assembleia Legislativa: o Bloco da Oposição é formado por 17 deputados e tem sete partidos: PT, PL, PSB, PCdoB, Pros, Psol e Rede. O detalhe é que nada foi resolvido por eleição, e sim por escolha interna.
- Cabe agora a cada bloco escolher suas lideranças, o que deve ocorrer nos próximos dias. Na próxima semana, os parlamentares vão definir os integrantes das 22 comissões fixas que vão atuar nessa Legislatura.
- Sobrou para ela. A mãe do ex-ministro Geddel Vieira Lima, Marluce Vieira Lima, foi condenada, ontem, a 10 anos de prisão por lavagem da dinheiro e associação criminosa. Isso mesmo e olha que em regime fechado.
- Ela foi considerada culpada por envolvimento na ocultação de R$ 52 milhões em um apartamento em Salvador. Demorou, mas é fácil lembrar. Marluce era quem mantinha a coleção de caixotes e de malas de dinheiro vivo (foto) em sua moradia.
- Diante disso, nada mais é necessário acrescentar por hoje. Só um registro: como Marluce tem mais de 70 anos, ela pode pedir para ficar em prisão familiar. Melhor esperar se o Judiciário vai permitir. Basta por hoje.