O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro teve o seu pior resultado da série histórica. É o maior recuo anual desde a série iniciada em 1996. Diante disso, ele foi superado, ano passado, pelo Canadá, a Coreia do Sul e a Rússia. A pandemia da COVID-19 restringiu o fluxo de pessoas, comércio e serviços, derrubando novamente a atividade econômica do país. Diante disso, 2020 encerrou um período marcado por um desempenho econômico pior do que os anos 1980.
Se servir de consolo, o Fundo Monetário Internacional (FMI) chegou a estimar queda de 9% no PIB do país no ano passado. Daí o fato de a área econômica do governo federal ter ficado, de certa forma, aliviada com o resultado. Esperava um tombo ainda maior. Quem salvou um pouco foi a agropecuária.
Como tudo tem um porém, em temporada de vacinação pelo mundo afora, o Brasil, se não conseguir as vacinas suficientes para toda a população, “vai para um buraco provavelmente sem fundo”. Registro: o fato consumado é que o Brasil deixou de figurar entre as 10 maiores economias do mundo.
Deixe então o mundo para lá porque daqui mesmo, em Minas Gerais, vem o registro importante. O governador Romeu Zema (Novo) determinou ontem o fechamento do comércio, toque de recolher e restrição de circulação de pessoas em duas regiões do estado – a Noroeste e do lado norte do Triângulo. O motivo é que estão à beira do colapso no sistema de saúde.
Obviamente, porque a COVID-19 provocou aumento expressivo das internações. As medidas já começam a valer de imediato e será entre a noite e o início da manhã. E fica assim restrita, nesse período, a circulação de pessoas em vias públicas.
“Espero que seja suficiente, mas vamos rever continuamente o que for necessário. Se daqui a dois ou três dias for necessário que uma região migre para a onda roxa, nós vamos fazer.” É ainda o governador Romeu Zema. Tem mais, mas basta.
Melhor então dar um toque feminino nas notícias. E ela vem da presidente da Associação dos Magistrados do Brasil (Amagis), Renata Gil, que esteve ontem com o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL). O motivo foi entregar o “Pacote basta”, para mudar alguns conceitos da conhecida Lei Maria da Penha.
A reclamação faz todo sentido, já que a maioria dos casos não resulta em prisão efetiva dos agressores. Ela argumenta a necessidade de que o feminicídio seja considerado crime autônomo e deixe de ser um agravante, como atualmente é tipificado no Código Penal. É ainda de Renata Gil e, óbvio, faz todo sentido. FIM!
Soluções para Minas
O deputado federal Aécio Neves (PSDB-MG) informou pelas redes sociais que parlamentares mineiros discutiram ontem assuntos importantes para Minas Gerais. “O colapso dos serviços de saúde em dezenas de municípios mineiros e a urgência da vacinação da população em todas as regiões do nosso estado foram discutidos hoje, em Brasília, em encontro dos deputados e senadores por Minas Gerais. Nos reunimos para tratar das principais necessidades do nosso estado”, afirmou. Segundo ele, “são gargalos de infraestrutura pelos quais trabalhamos há muitos anos, como a expansão do metrô de BH e a construção do Rodoanel”. Ele encerra a mensagem afirmando: “Destaquei durante o encontro as dificuldades financeiras cada vez mais agravadas dos nossos municípios. Muitos deles enfrentando, neste momento, as severas consequências da pandemia. Vencida essa batalha, temos pressa também em retomar as pautas prioritárias para o desenvolvimento do nosso estado”.
Agora é fato
Cinemas, casas de eventos, casas noturnas, casas de espetáculos, empresas que realizem ou comercializem congressos, feiras de negócios, shows, festas, festivais, simpósios... E tem mais espetáculos diversos. Bastaria, mas inclua ainda eventos esportivos, sociais ou culturais. O fato é que, ontem, foi aprovado o Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos. Relatora do caso, a deputada Renata Abreu (Podemos-SP) apresentou substitutivo que foi aprovado. A matéria agora vai para o Senado, onde tudo indica que será sem qualquer mudança.
A união faz…
… a força. Os deputados federais Zé Vitor (PL), Aelton Freitas (PL), Franco Cartafina (PP), Greyce Elias (Avante), André Janones (Avante), Zé Silva (SD) e Weliton Prado (Pros) se reuniram no final da tarde de ontem para tratar de uma atuação conjunta no combate à COVID-19 na região do Triângulo, Alto Paranaíba e Noroeste de Minas. Eles somam forças para pedir ao Ministério da Saúde três principais ações: cota extra de vacina para a região, na segunda quinzena de março; respiradores, monitores cardíacos e demais equipamentos. Ah! E pedem a ajuda do Exército.
Vacinas salvas
Um avião da Casa Militar do governador da Bahia, que fazia o transporte de doses da vacina contra a COVID-19 para a cidade de Ibotirama, no Oeste do estado, se chocou contra um jumento que estava na pista do aeródromo do município. A aeronave transportava quatro caixas com vacinas, que não foram danificadas Então, chama o ACM Neto. Melhor não, né? O governador da Bahia, Rui Costa (PT), estendeu o toque de recolher no estado até 31 de março.
Só voando
A ação vai atender cerca de 500 indígenas de aldeias dos polos-base de Surucucu, Waphuta e Kataroa. As aldeias são distantes uma da outra e o deslocamento por essa região de serras é feito exclusivamente por transporte aéreo. Todas as ações serão acompanhadas pelo Conselho Distrital de Saúde Indígena (Condisi) Ianomâmi. Como medida de segurança para os povos indígenas, toda a equipe que compõe a missão realizará antes o teste para a COVID-19 e deverá apresentar resultado negativo antes de entrar em área indígena.
Pinga-fogo
Em tempo, ainda sobre a nota Só voando: as equipes do Ministério da Saúde têm o apoio do Ministério da Defesa, por meio do alojamento do Pelotão Especial de Fronteira Surucucu na terra indígena ianomâmi.
Mais um: “Este projeto não é para salvar empresários, mas para ajudar aqueles que ficaram um ano sem trabalhar no setor de entretenimento, o que inclui todos os trabalhadores”, afirmou Felipe Carreras, que foi o autor da proposta, junto com mais sete deputados.
Já sobre a união faz a força, eles esperam contar com profissionais da saúde da área militar, o tópico mais crítico, pois, em muitas cidades, a falta de enfermeiros, técnicos e médicos tem afetado a utilização de equipamentos e do tratamento como um todo.
E vale o registro do ministro da Saúde, o general Eduardo Pazuello: “A boa notícia é que teremos mais uma vacina com essa contratação, com as cláusulas não tínhamos como assumir. Mas nós conseguimos essa autorização do Congresso que vai nos dar essa possibilidade”.
Já que esta última notícia é boa, melhor aproveitar e encerrar por hoje. Costuma ser raro. Sendo assim, o velho registro: fim!.