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Estado de Minas EM DIA COM A POLÍTICA

O tango argentino e a insistência presidencial no negacionismo

"Em 26 de março, estarei em Buenos Aires, na nossa querida Argentina (...) celebrando os 30 anos da criação do Mercosul", disse Bolsonaro


06/03/2021 04:00 - atualizado 06/03/2021 06:32

Bolsonaro anunciou ontem que vai à Argentina dia 26 para celebração dos 30 anos do Mercosul (foto: Alan Santos/PR. COVID-19 - 8/2/21)
Bolsonaro anunciou ontem que vai à Argentina dia 26 para celebração dos 30 anos do Mercosul (foto: Alan Santos/PR. COVID-19 - 8/2/21)

É daqui a quase um mês, mas nem precisou de agenda, ele mesmo marcou a data. Quando será? O presidente Jair Messias Bolsonaro (sem partido) mesmo responde: “em 26 de março, estarei em Buenos Aires, na nossa querida Argentina. Estaremos lá celebrando os 30 anos da criação do Mercosul”.

E claro alertou: “todo mundo sabe que a COVID–19 causou dificuldades econômicas em todo o mundo e nós torcemos para que a Argentina tenha sucesso nas suas negociações com o Fundo Monetário Internacional (FMI), que a situação financeira da Argentina está bastante complicada”.

Mas o presidente Bolsonaro mostrou estar otimista: “o êxito econômico de países aqui na América do Sul, entre eles a Argentina, é interessante para todos nós da América do Sul. O Brasil obviamente é um dos grandes interessados”.

O fato é que será a primeira vez que o presidente brasileiro se encontrará com seu colega o presidente argentino, Alberto Fernández. “Será a primeira vez que vamos conversar com o presidente da Argentina, logicamente caso ele queira, e eu quero. E será uma conversa reservada, nós dois num canto para tratar das questões econômicas dos nossos países”.

Para lembrar, antes de mudar de assunto, quem participou da posse de Fernández foi o vice-presidente da República, general Hamilton Mourão (PRTB), que tratou o caso, a pedido de Bolsonaro, como “um gesto do presidente para que as relações voltem ao normal”. Só que foi em dezembro de 2019.

Voltando ao que interessa, o presente traz é a velha e conhecida “inside information”. O fato é que alguém pode ter lucrado R$ 18 milhões com o vazamento de informações privilegiadas no mês passado em compras de papéis da Petrobras. Quem as teve agora é alvo de investigação. O jeito é aguardar.

Tem mais um pouco de economia. Afinal, teve edição extra do “Diário Oficial da União“(DOU) para avisar sobre o crédito extraordinário no valor de R$ 275 milhões em favor do Ministério da Infraestrutura. Culpa das chuvas que foram danificadas ou destruídas nas rodovias em vários lugares no país.

Antes de encerrar, tem mais uma burrice, desta vez cultural, do presidente da República. A Secretaria Especial de Cultura do governo federal publicou texto avisando que as propostas culturais para a Lei Rouanet só serão analisadas caso haja “interação presenciais com o público e apenas nos Estados sem restrição de circulação, toque de recolher, lockdown ou outras ações que impeçam a execução do projeto”.
A trilha sonora deve ser então o forró da pandemia da COVID–19. FIM!

Otimismo

(foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press - 22/10/20)
(foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press - 22/10/20)

O presidente Gilson Soares (foto) do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) apresentou o balanço das atividades desenvolvidas pelo tribunal para impulsionar as Apacs, inclusive com os índices atualizados de reincidência em delitos. “Os números são otimistas”. Bastaria, mas ele acrescentou: “tínhamos reincidência em torno de 15%. Nos últimos anos, ela vem caindo. Temos que continuar a dar prioridade. As Associações de Proteção e Assistência aos Condenados (Apacs) cumprem o objetivo que é recuperar os apenados”.

Elogio teve

É chapa sendo montada? “Belo Horizonte é uma cidade que acompanho muito de perto. Não vou citar prefeitos de capitais importantes, mas que, vira e mexe, quebram a mão, voltam atrás ou falam não vou fazer nada, faz de conta que não estou vendo”. O Kalil faz. Quem diz é o ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta em relação ao prefeito Alexandre Kalil (PSD). E ressaltou: entre os prefeitos de capitais, é o que tem as posições mais pró–vida de todas as que vi até agora”.

Alto risco

Publicar uma portaria que estimula atividades presenciais é uma provocação e quer dizer não manter o isolamento e o distanciamento, enquanto o Brasil pode chegar a três mil mortos por dia. Começou assim a gestora cultural Chris Ramirez, que entende bem, já que atua na área cultural há 30 anos. E é ela que ensina: “eles deveriam, agora, estar promovendo atividades não presenciais. Ao contrário, o governo está, mais uma vez, tentando incentivar o negacionismo e esquece a necessidade de preservar a vida das pessoas que são colocadas em risco”.

Tudo em casa

A reunião estava marcada para o dia 8. Como é que é? Em plena segunda–feira? É óbvio que mudaram a data. Ficou marcada para quinta–feira que vem a reunião do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados para tratar do caso envolvendo a deputada Alê Silva (PSL–MG), como tudo tem de passar por Minas, para o bem ou para o mal, e do deputado Filipe Barros (PSL–PR). Os dois são acusados pelo próprio partido por quebra de decoro. Briga interna, já que nas redes sociais postaram mensagens consideradas ofensivas na disputa pela liderança da legenda.

Fiquei triste

Muito triste mesmo. O Supremo Tribunal Federal (STF), em maioria dos ministros, votou a favor da manutenção do sigilo de quem aderir ao Regime Especial de Regularização Cambial e Tributária, ou seja, trazer de volta o dinheiro que estava escondido no exterior. Já o imposto tem que ser pago. Relator da ação, o ministro do Supremo, Luís Barroso, alegou que o programa não se destina à lavagem de dinheiro e eventuais divulgações serão tratadas como quebra de sigilo. Uai? E a tristeza? É não ter muito grana e muito menos fora do país.

Pinga-fogo

E tem fina ironia que desceu do muro. Ironizando o terceiro cancelamento seguido de um pronunciamento oficial do presidente da República, o perfil oficial do PSDB no Twitter abriu uma enquete sobre Jair Messias Bolsonaro.

Os parlamentares tucanos perguntam para os usuários nas redes sociais o motivo do cancelamento da fala presidencial. Entre as três opções de resposta estão: “mi–mi–mi”, “frescura” e ainda “covardia”. Tudo em referência a recentes falas do presidente.

Reprodução/Agência Brasil
“Contra alta do dólar, pibinho, falsos dilemas econômicos, recessão, charlatões e afins: vacina antes tarde do que nunca”, escreveu Luiz Henrique Mandetta em suas redes sociais sobre o presidente Jair Messias Bolsonaro (até hoje sem partido). Uai, a praia dele não é a saúde?

Em tempo, sobre a nota “Alto risco”, para deixar claro o negacionismo: trata-se de uma contestação à ciência em questões como a imunização pelo uso de vacinas e, principalmente, quando se torna urgente ampliar a mobilização social.

Diante de tudo isso, em pleno fim de semana, basta por hoje. De preferência sem ter que enfrentar os problemas, como disse o presidente da República. FIM!



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