Já que hoje é domingo, melhor trazer o histórico encontro que teve o papa Francisco com nada menos que o principal líder xiita do Iraque, o aiatolá Ali Al–Sistani, na residência do religioso muçulmano em Najaf, cidade que fica no sul do país.
Os dois líderes reforçaram “a importância da colaboração e da amizade entre as comunidades religiosas porque, cultivando o respeito recíproco e o diálogo, podemos contribuir para o bem do Iraque, da região e de toda a humanidade”.
Ao despedir-se do Grande Aiatolá, o Santo Padre reiterou a sua oração a Deus, Criador de todos, por um futuro de paz e fraternidade para a amada terra iraquiana, para o Oriente Médio e para todo o mundo. O papa esteve na Planície de Ur, local onde cristãos, judeus e muçulmanos afirmam ser a terra natal de Abraão.
Falta alguém? Não falta mais: o budista Dalai Lama e líder espiritual do Tibete também recebeu uma dose da vacina contra a COVID-19. Depois da picada, ele mandou recado aos seus seguidores pedindo que eles também não deixem de tomar as vacinas.
Pandemia é isso. A Organização Mundial da Saúde, vale repetir aos incrédulos, lembra o que é a disseminação mundial de uma nova doença e o termo passa a ser usado quando uma epidemia afeta uma região e depois se espalha por diferentes continentes, isso mesmo, mundo afora, diante da transmissão que atinge de uma pessoa para outra pessoa e assim sucessivamente.
Sobre o incrédulo presidente da República Federativa do Brasil, Jair Messias Bolsonaro, vale um registro que veio do jornal Washington Post. Valeria até a transcrição em inglês, mas é melhor facilitar com a tradução: “O Brasil está cambaleando com a pandemia do coronavírus e sua agonia deveria ser um alerta para o mundo”. Só que teve mais.
O jornal acrescenta que “quando o vírus está se espalhando sem controle e sofrendo mutação como no Brasil, ele representa um perigo potencial em todos os lugares. O aumento repentino no Brasil deu origem a uma nova variante que parece ser mais transmissível e pode ser capaz de superar os anticorpos naturais”.
De volta ao Bolsonaro, ele acompanhou na manhã deste sábado, na Base Aérea em Brasília, o embarque da comitiva do governo a Israel, que vai conhecer um spray nasal que está em fase inicial de testes como medicamento para a COVID-19.
O presidente tratou como “legado para o futuro”. Premonição não deve ser, uma tentativa de reeleição, se a pandemia deixar, talvez.
Vale atualizar
O Brasil depositou na Organização das Nações Unidas (ONU) a carta de ratificação do Protocolo de Nagoia, que regulamenta o acesso e a repartição de benefícios, monetários e não monetários, dos recursos genéticos da biodiversidade. É uma espécie de atualização da Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, a conhecida ECO-92, que foi realizada no Rio de Janeiro em 1992, isso mesmo, há quase três décadas.
Grande potencial
“Estamos efetivamente preparando o caminho para transformar o nosso grande potencial de recursos naturais em riquezas para o país. Além disso, o país conta com uma das mais modernas leis de Biodiversidade do mundo, que poderá inspirar na elaboração das regras em outros países.” Quem ressalta tudo isso é a diretora de Relações Institucionais da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Mônica Messenberg. Ela acrescenta ainda o fato de o Brasil ter a maior biodiversidade do mundo, com cerca de 20% das espécies, contribui para ter influência significativa nessas discussões.
A urgência
“Acredito que para conter a proliferação do vírus nas cidades metropolitanas é necessário que as decisões sejam conjuntas e acertadas. Não adianta fazer o lockdown em Contagem ou em outra cidade, se os demais municípios continuam abertos. Neste sentido, acredito que o esforço será em vão”. O fato é que depois de várias articulações da prefeita de Contagem, Marília Campos (foto) (PT), a Associação dos Municípios da Região Metropolitana (Granbel) marcou reunião com os prefeitos da Grande BH em caráter de urgência para amanhã na sede da instituição.
Política e ...
Futebol faz todo sentido e sem discussão. “O Conselho da Conmebol resolveu suspender a rodada dupla das Eliminatórias para a Copa no Catar 2022 marcada para este mês. A decisão segue-se à impossibilidade de contar a tempo e forma com todos os jogadores sul-americanos” começou assim, no Twitter. A Fifa acrescentou, ressaltando que vai “analisar a reprogramação da rodada, em coordenação com a Conmebol e as associações esportivas. Em breve serão estudadas as diferentes opções para a realização das partidas”. Como em quase tudo, é mais um efeito da COVID-19.
Não é hora
“Acho que já aprendemos isso a esta altura”. A declaração começou assim e veio do diretor de emergências da Organização Mundial de Saúde (OMS), Michael Ryan, sobre o Brasil. Alguém deveria alertá-lo sobre o comportamento do presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), que trata a questão como uma “gripezinha”. Precisa não. Ryan sabe direitinho o que acontece por aqui, tanto que mandou o recado meio tucanado, mas vamos lá: “Agora não é a hora de o Brasil ou qualquer outro país, aliás, relaxar”.
pingafogo
- Ainda sobre a OMS: “Se eu acho que vou receber a vacina nas próximas semanas, talvez eu não seja mais cuidadoso. Talvez eu ache que já superei. Você não precisa que muitas pessoas comecem a pensar isso para dar uma chance ao vírus de se espalhar. Nós vimos isso na Europa até o Natal”.
- Em tempo, sobre o futebol: estavam previstos os encontros entre Bolivia x Peru, Venezuela x Equador, Chile x Paraguai, Colômbia x Brasil e Argentina xUruguai. Na sexta rodada deveriam se enfrentar Equador x Chile, Uruguai x Bolívia, Paraguai x Colômbia, Peru x Venezuela e Brasil x Argentina.
- Arrombamento cuidadoso. É isso mesmo. Um setor do prédio do Instituto de Ciências Biológicas (ICB) (foto), no campus Pampulha da Universidade Federal de Minas Gerais foi arrombado. E muito trabalho para pouco. Só uma câmera fotográfica foi levada.
- Nada mais foi furtado, embora o espaço abrigue uma grande biblioteca, coleções de insetos e plantas, etc e tal. Só a de tirar fotos mesmo. Obviamente, o circuito de segurança do prédio será analisado pelos policiais federais. Como é área federal cabe à PF investigar.
- Em um cenário como o atual, só resta lamentar a falta de boas notícias, cada vez mais raras, e encerrar por hoje. Bom domingo a todos!