O fim da semana começou triste. O mundo atingiu ontem, isso mesmo, a triste marca de três milhões de mortes causadas pela pandemia da COVID-19. Culpa do Brasil e, em parte, a gripezinha já conhecida. O país ultrapassou a Europa. Acrescente-se ainda a aceleração no número de óbitos na Ásia.
Precaução quem teve foi o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes, que se vacinou. Melhor ele próprio registrar: “Tomei a primeira dose da vacina contra a COVID-19. Parabenizo a Secretaria de Saúde do Distrito Federal (DF), que tem trabalhado intensamente pelo avanço da imunização na capital”. E alertou: “A ciência salva vidas! #VacinaParaTodos #VivaOSuS”.
Também já foram vacinados os ministros da mais alta corte de Justiça do país Marco Aurélio Mello, Rosa Weber, Ricardo Lewandowski, além do presidente do Supremo, Luiz Fux. Gilmar Mendes recebeu a primeira dose, assim como os demais colegas.
Por causa da COVID-19, até a realeza teve de mudar. Apenas 30 pessoas, entre filhos, netos e outros parentes próximos, puderam comparecer à Capela de São Jorge, de onde o corpo do príncipe Philip, marido da rainha Elizabeth II, foi levado para a cripta real no Castelo de Windsor.
Em compromisso fora da agenda oficial, o presidente da República, Jair Messias Bolsonaro (sem partido até hoje), viajou, ontem, para Goianápolis (GO). Ele estava acompanhado apenas do ministro da Defesa, Walter Braga Netto, e do general Eduardo Pazuello, ex-ministro da Saúde. O presidente deixou o Palácio da Alvorada por volta das 9h10, em comitiva que incluía dois helicópteros.
O deputado Vítor Hugo (PSL-GO), ex-líder do governo na Câmara Federal, fez questão de transmitir, ao vivo, por suas redes sociais, a visita no município goiano. Na gravação, o presidente Bolsonaro aparece sem máscara, conversando e cumprimentando apoiadores aglomerados em frente a uma grade de um campo de futebol.
“A intenção foi ouvir os problemas, sentir de que forma as ações do governo têm repercutido e tivemos uma impressão muito positiva, o presidente foi calorosamente recebido em Goianápolis.” É ainda o deputado Vítor Hugo, para agradar ao chefe presidente.
Pouco tempo depois, o presidente Jair Bolsonaro (ainda sem partido), após a aglomeração, passou em um posto da Polícia Rodoviária Federal (PRF). A parada foi rápida. Mas, mesmo assim, foram registradas imagens para ser devidamente publicadas em suas redes sociais. FIM!
Luto oficial
O deputado estadual Luiz Humberto Carneiro (PSDB) morreu, ontem, em decorrência da COVID-19. Ele estava internado desde fevereiro e deixa esposa e duas filhas. O prefeito de Uberlândia, Odelmo Leão (PP), decretou luto oficial na cidade por três dias. Ao longo de seus 18 anos como deputado estadual, ele foi líder de governo durante as gestões de três governadores: Antonio Anastasia (PSD), Alberto Pinto Coelho (PP) e o atual, Romeu Zema (Novo). “A Assembleia Legislativa (ALMG) está em luto oficial. Meu profundo pesar aos familiares”, decretou o presidente, Agostinho Patrus (PV).
Repercussão
“Sentiremos saudades de suas histórias e de seu sorriso sincero e cativante. Fará muita falta, deixando um legado de trabalho e de dedicação às causas maiores de Minas Gerais”, ressaltou o senador Antonio Anastasia (PSD-MG). O ex-governador Alberto Pinto Coelho (PP) também prestou homenagem. “Hoje, Minas está enlutada, pois nos deixou um ser humano excepcional e um homem público virtuoso”, registrou. E tem mais: “Minas Gerais perde um dos mais preparados e dedicados homens públicos da sua geração”, ressaltou o deputado Aécio Neves (PSDB-MG).
Bola fora
Senador de primeiro mandato, Eduardo Girão (Podemos-CE) avisou que vai lançar candidatura à presidência da CPI da COVID-19. Ele alega que a CPI tem cartas marcadas. “Sou contra o acordão de cartas marcadas para dominar a CPI da Pandemia”, registrou o parlamentar novato. E ensina o antigo ditado, política e futebol não se devem discutir. Só que a biografia de Girão inclui a presidência do Fortaleza Esporte Clube. Ah! Vale lembrar que ele defende diminuir o número de parlamentares de 513 para 300 deputados.
Nas origens
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi ontem ao Sindicato dos Metalúrgicos do ABC. Ele fez questão de comparecer e contribuir na campanha de arrecadação de alimentos para as famílias que se encontram em situação de insegurança alimentar. Como não poderia deixar de ser, Lula lamentou a grave situação que o brasileiro enfrenta. E, claro, politizou: “Este país tem terra, tem produção. Não há outra explicação para a fome do que a irresponsabilidade de quem governa o país”.
Edição extra
Do Diário Oficial da União (DOU) liberou crédito extraordinário no valor de R$ 2,6 bilhões para o Ministério da Saúde. Os recursos são destinados a cerca 8 mil leitos de unidades de terapia intensiva (UTI) nos estados. E a medida provisória (MP) inclui ainda a aquisição de medicamentos e fármacos utilizados na intubação orotraqueal, procedimento usado nos pacientes mais graves da COVID-19. Não poderia ser de outra forma. O próprio governo informa que, de janeiro a março, houve crescimento de 148% no número de infecções e óbitos causados pela pandemia.
Pinga-fogo
“Tá muito curioso, cara. Eu tô ficando muito barrigudo aqui. Será que não vai ser lipoaspiração? Pega mal, né? Botox... É ou não é? Talvez, neste ano, mais umazinha”. Quem disse ontem a um apoiador foi o presidente Jair Bolsonaro, em referência à facada que levou.
Já no plenário da Câmara dos Deputados, haverá sessão conjunta, ou seja, deputados e senadores juntos, que vão deliberar matérias para uma coleção de vetos. Deverão ser apreciados 11 vetos feitos pelo presidente Jair Bolsonaro.
E tem mais o que interessa de fato. Trata–se do projeto de lei do Congresso que altera a Lei 14.116, de 31 de dezembro de 2020, que dispõe sobre as diretrizes para a elaboração e a execução da Lei Orçamentária de 2021. É aquele que Bolsonaro não sancionou. Lembram-se da novela?
Deixa pra lá. Afinal, três integrantes da tripulação da Estação Espacial Internacional retornaram, ontem, com os cosmonautas russos Sergei Ryzhikov e Sergei Kud-Sverchkov e a passageira ilustre, a astronauta da Nasa Kate Rubins.
A semana no Senado, amanhã, em plena segunda–feira, vai começar bem cedo. É que haverá sessão especial no plenário. Será alguma homenagem? Que nada! É aniversário de 61 anos de Brasília (DF). FIM!