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Outra exibição militar do governo no 'desafino'

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O presidente Jair Messias Bolsonaro realizou disparos com lançadores de foguetes do Exército. Melhor o registro oficial: A Marinha do Brasil realizou ontem uma demonstração da Operação Formosa 2021, no Campo de Instrução de Formosa, município de Goiás próximo à Brasília.





O presidente Jair Bolsonaro e ministros de Estado participaram do evento, que teve o objetivo de apresentar uma síntese das principais atividades realizadas pelos fuzileiros navais, bem como o trabalho conjunto de ação entre as Forças Armadas em missões especiais e conflitos armados. Bastaria, mas tem mais.

Esta é a terceira fase da operação e contou, pela primeira vez, com a participação do Exército e da Aeronáutica, passando a integrar o calendário operativo do Ministério da Defesa. De acordo com a pasta, realizado desde 1988, o exercício é considerado uma ação militar de alta complexidade, utilizando diversos meios e armamentos empregando munição real.

No exercício foram empregados cerca de 2,5 mil militares, da Marinha, do Exército e da Aeronáutica. Lá, Bolsonaro acionou disparos de mísseis de curto alcance usando lançadores móveis posicionados no local. O senador Ciro Nogueira (Progressistas-PI), que é atualmente ministro da Casa Civil, também efetuoudisparos ao lado do presidente.





Ao som da música instrumental do filme “Missão impossível”, a TV Brasil, que é a oficial do governo federal, iniciou, ao vivo e em cores, a transmissão da Operação Formosa. A operação também acabou ganhando apelido nas redes sociais: “Operação Trapalhões”. Já que desafinou, chega disso.

Afinal, a Comissão Parlamentar de Inquérito do Senado Federal da COVID continua em ação. Foi também ontem que senador Esperidião Amin (PP-SC) defendeu, caso a comunidade científica determine, a terceira dose do imunizante para conduzir de forma uniforme o processo.

O jeito então é ele próprio indagar: “Qual critério para terceira dose? Qual fundamentação? Isso tem que entrar no Plano Nacional de Imunização. Até para não desconstruir o que nós construímos que foi o Plano Nacional de Imunização”. Mas teve mais.





Só que o melhor da declaração do senador Amin traz é uma torcida. “Desejo que consigamos refazer a coordenação deste novo ciclo de vacinação. Com menos vírus político, com menos vírus de ego, vírus esse que esteve presente desde o anúncio da vacina.” Faz todo sentido a torcida do senador de Santa Catarina.

O argumento

“O Brasil sempre terá no presidente da Câmara dos Deputados um ferrenho defensor constitucional da harmonia e independência entre os poderes. Vigilante e soberana, a Câmara avança nas reformas, como a tributária que votaremos nessa semana, na certeza de que o país precisa de mais trabalho e menos confusão.” Em suas redes sociais, quem deixa claro é o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL). Quem diria, hein? O Palácio do Planalto não vai gostar. Isso é certo.

Desliga a TV

“O manifesto interesse público e superior da nação impõem a observância de prioridade no andamento processual do caso e os fatos narrados nestes autos são graves, de interesse exponencial da República”. Vamos a eles: a ministra do Supremo Tribunal Federal (STF), Cármen Lúcia, determinou que a Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifeste no prazo de 24 horas sobre a notícia-crime contra o presidente Jair Bolsonaro por uso indevido da TV Brasil, que é uma emissora de TV pública. A acusação é de improbidade, propaganda antecipada e crime eleitoral”.





Nada de tropas

O presidente dos Estados Unidos da América (EUA), o democrata Joe Biden (foto), defendeu, ontem,com firmeza, a decisão de retirar as tropas norte-americanas do Afeganistão. “A verdade é: isso aconteceu mais rápido que esperávamos. O que aconteceu? Os líderes políticos do Afeganistão desistiram e fugiram. Os militares afegãos desistiram, nem tentaram lutar”. Biden condicionou a sua defesa com um aviso aos líderes do talibã: “a saída dos EUA deverá continuar desimpedida”. Se cinco pessoas morreram no caos do aeroporto ele tem razão.

Que velocidade!

O Grande Prêmio de São Paulo 2021, novo nome da etapa brasileira da Fórmula 1, está confirmado para este ano e será realizado em novembro, no Autódromo de Interlagos, na capital paulista. O evento terá a presença de 100% do público, garantiu ontem, em entrevista coletiva, o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), em entrevista coletiva. O público, de acordo com o tucano, será obrigado a usar máscara e terá a temperatura devidamente medida. Detalhe: três lotes de ingressos para assistir a prova já foram vendidos em apenas três dias.

O tom político

“Destaco desde já, inclusive aos torcedores e apaixonados pela F1, que haverá a obrigatoriedade do uso de máscara para tanto nos treinos, quanto no sprint race na corrida de domingo. E Dória acrescenta também que a temperatura será medida de todas as pessoas, profissionais, técnicos, corredores, mecânicos, auxiliares, assim como prestadores de serviço.” O tucano ressaltou de novo o governador de São Paulo. Como se vê, Dória já subiu no palanque da eleição presidencial. Nem despista mais.





PINGA FOGO

  • Aprovado pela Comissão de Educação (CE) O projeto que reconhece as escolas de samba, seus desfiles, música, práticas e tradições, como manifestações da cultura nacional. Os tamborins, no entanto, terão de esperar. É que falta a votação no plenário do Senado Federal.
  • Em tempo, ainda sobre GP de São Paulo: o governador garante que não há chances de ser cancelado. “Não há essa expectativa. Falei, inclusive, com o diretor da F1, Stefano Domenicali. Não há nenhuma possibilidade”. Percebeu a velocidade de Dória subir no palanque presidencial?
  • Mais um Em Tempo, sobre a pandemia: A CPI da COVID-19 deve ouvir, hoje, às 9h30, o auditor do Tribunal de Contas da União (TCU) Alexandre Figueiredo Costa Silva Marques. É aquele do “estudo paralelo” no qual metade das mortes confirmadas no Brasil não teria ocorrido.
  • Para registro, a convocação do auditor Alexandre Marques foi sugerida pelos senadores Humberto Costa (PT-PE) e Alessandro Vieira (Cidadania-SE). E teve ainda a convocação para depoimento do ex-secretário Francisco de Araújo Filho.
  • Para lembrar, é aquele que chegou a ser preso e denunciado por organização criminosa, fraude à licitação e desvio de dinheiro público. Sendo assim, é o suficiente por hoje. A semana está só começando. FIM!
 
 

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