O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luiz Fux, destacou ontem o seu compromisso com a prevenção e o combate à corrupção e à lavagem de dinheiro, que, por sua vez, está diretamente relacionado ao eixo de sua gestão de promover a estabilidade de ambiente de negócios.
A declaração foi dada no discurso de Fux na abertura do 11º Congresso de Prevenção à Lavagem de Dinheiro e ao Financiamento do Terrorismo, organizado pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban).
“Constato que os bancos desempenham papel fundamental nesse enfrentamento. Várias operações deflagradas pelos órgãos de repressão dos delitos financeiros tiveram sua origem em comunicações de operações suspeitas pelos bancos ao Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf).”
“Para ficarmos em apenas um exemplo recente, destaco a própria Operação Lava-Jato da Polícia Federal (PF), em conjunto com o Ministério Público Federal (MPF).” São mais registros que partiram do ministro Fux. É suficiente.
Afinal, em depoimento à CPI da Covid, também ontem, o auditor do Tribunal de Contas da União (TCU) Alexandre Silva Marques confirmou que havia preparado um documento preliminar para discutir se as mortes pela pandemia no país haviam sido supernotificadas. Ele disse ainda que Bolsonaro recebeu o documento por WhatsApp e acabou divulgando como se fosse oficial.
O vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) preferiu alfinetar a decisão do ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Luís Felipe Salomão, que determinou o bloqueio de repasses de dinheiro de redes sociais para canais envolvidos na divulgação de notícias falsas.
Em seu perfil no Twitter, o filho 03 do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) definiu a determinação do magistrado como censura. Pelo jeito, o vereador defende as fake news, se é que ele sabe o que são as notícias falsas.
Já que é assim, quem não perdeu tempo e foi rápido foi o presidente do TSE, Luís Roberto Barroso. Ele sugeriu ao ministro da Defesa, general Walter Braga Netto, indicar um representante das Forças Armadas para a comissão de transparência das eleições. Na semana passada, o TSE também anunciou outras medidas para aumentar a transparência do processo de apuração das eleições.
Como é que o presidente Jair Messias Bolsonaro vai sair desta encrenca? Vai contar votos impressos? Vai duvidar do general?
O verde da paz
O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), foi simbolicamente premiado com o Prêmio Motosserra de Ouro Edição 2021, um protesto anual do Greenpeace Brasil contra personagens da política considerados ameaça ao meio ambiente. Lira foi apontado por entidades ambientais como o responsável por agilizar a votação de propostas nocivas à conservação ambiental, como os projetos de Lei da Grilagem e o da Lei do Licenciamento Ambiental. O protesto ocorreu no Anexo II do Congresso Nacional, em Brasília, onde ativistas encenaram a entrega da “honraria”.
Abrigo no Brasil
As turbulências no Afeganistão após a volta do Talibã ao poder levaram o deputado federal Aécio Neves (PSDB-MG), presidente da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional da Câmara Federal, a pedir que o governo federal coloque o Brasil nos esforços internacionais para acolher os cidadãos que tentam desesperadamente deixar o país. O pedido, encaminhado em ofício aos ministérios da Justiça e Segurança Pública e das Relações Exteriores, é para que o Brasil possa emitir, a partir das embaixadas em Teerã (Irã) e Islamabad (Paquistão), vistos temporários aos refugiados, para dar abrigo, sobretudo, a crianças e mulheres.
Será inédito
O ministro da Educação, Milton Ribeiro, anunciou à Comissão Mista de Orçamento (CMO) que as despesas do setor terão aumento de 7,2%, ano que vem, passando de R$ 19,834 bilhões, em 2021, para R$ 21,256 bilhões em 2022. Será a primeira vez que esses gastos terão crescimento nas contas da educação desde 2018. Mesmo assim, as despesas discricionárias de 2022 serão menores. “Se na pandemia os médicos foram os grandes protagonistas, no pós-pandemia serão os professores e todos os profissionais do setor.”
Prezar o diálogo
“Quem não se posiciona a favor da democracia e da independência entre poderes escolhe o lado contrário. A sociedade mineira assumiu, em toda a sua história, a defesa da liberdade e da soberania popular. E essa soberania apenas se dá quando há respeito entre as competências. Prezar pelo diálogo é dever de quem foi eleito democraticamente. Omissão definitivamente não é uma forma de representatividade.” O registro é do @agostinhopatrus, presidente da Assembleia Legislativa (ALMG). Isso mesmo, moderninho, ele usou as suas redes sociais.
Para encerrar
A popularidade do governo Jair Messias Bolsonaro está em seu pior momento. É o que indica a pesquisa da XP Investimentos, que foi feita em parceria com o Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas (Ipespe). Se os números falam por si, vamos a eles: 54% dos brasileiros avaliam o governo como ruim ou péssimo, que chegou ao maior índice registrado desde o início do mandato presidencial. Por outro lado, a sua classificação é de 23% como bom ou ótimo, o menor índice da XP.
PINGA FOGO
- Em tempo, ainda sobre o verde da paz: as organizações da sociedade civil Observatório do Clima, Instituto Socioambiental (ISA), Instituto Democracia e Sustentabilidade (IDS) e Instituto Sociedade, População e Natureza (ISPN) também participaram do protesto.
- Mais um em tempo, e desta vez ele vem do ministro da Educação, Milton Ribeiro: “A cada 100 alunos das escolas federais, apenas 46 se formam. Precisamos fazer alguma coisa para esses números melhorarem”. Nem precisa detalhar, os números falam por si.
- E tem mais: na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) todas as instituições democráticas têm garantia de apoio e acolhimento. Essa é condição fundamental para a estabilidade, harmonia e paz social. É ainda registro do presidente da Assembleia, Agostinho Patrus Filho (PV).
- A Procuradoria-Geral da República concluiu, em dois pareceres enviados ao Supremo Tribunal Federal (STF), que o presidente da República, Jair Messias Bolsonaro, não cometeu crime ao aparecer sem máscara e gerar aglomeração em eventos públicos.
- Quem diz é a subprocuradora Lindôra Araújo. Melhor então usar a máscara para me precaver. O mau exemplo do presidente fala por si.