O presidente da Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional da Câmara dos Deputados, Aécio Neves (PSDB-MG), reiterou, ontem, um pedido para que o governo federal publique decreto para emissão urgente de vistos humanitários para os afegãos que desejam fugir do país.
O parlamentar mineiro enviou ofícios aos ministros das Relações Exteriores, Carlos França, e da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres, em que expressa a sua preocupação com o agravamento da situação, principalmente quando se aproxima o prazo de retirada dos militares dos Estados Unidos da América (EUA) e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) do Afeganistão.
Melhor ele próprio ressaltar: “O tema desperta forte preocupação em todo o Congresso Nacional, tendo sido objeto de manifestações de deputados de diferentes partidos políticos durante as duas últimas sessões da Comissão das Relações Exteriores”.
Na quarta-feira, Aécio recebeu a presidente da Associação de Magistrados (Amagis), juíza Renata Videira, “que me transmitiu pedidos de visto pra juízas afegãs e suas famílias. Apelo similar à Comissão de Relações Exteriores por interlocutores na União Parlamentar Internacional (UIP)”.
E Aécio lembra que o Brasil, com sua tradição de política externa humanitária, não pode se ausentar em momento tão crucial na agenda internacional como o que agora se apresenta. Foi a conclusão do parlamentar mineiro.
O secretário-geral da ONU, António Guterres, convocou, também ontem, uma reunião dos integrantes permanentes do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas para discutir a situação caótica no Afeganistão depois do atentado em Cabul, de acordo com informações de vários diplomatas.
Guterres enviou cartas para convidar formalmente os Estados Unidos, o Reino Unido, a França, além da Rússia e da China, a se reunirem na próxima segunda-feira. E o presidente dos Estados Unidos da América (EUA), o democrata Joe Biden, atendeu logo e foi mais rápido. “Não vamos perdoar. Não vamos esquecer. Vamos caçá-los para fazer vocês pagarem.”
Será que terão o apoio alemão? Improvável. Depois das explosões no aeroporto de Cabul, a Alemanha anunciou, ontem, que concluiu a retirada de seus soldados e equipe diplomática do Afeganistão. O grupo terrorista fez também atentados em mesquitas, santuários, praças e até hospitais nos dois países, além de ataques contra muçulmanos de alas que considera hereges, como os xiitas.
Foi arquivado
“Não farei disso um cavalo de batalha.
Fiz com a consciência jurídica e política.
O fato narrado na denúncia não tinha adequação legal.” Começou assim
o presidente do
Senado Federal,
Rodrigo Pacheco
(DEM-MG). De forma elegante, o parlamentar mineiro disse ainda respeitar as críticas
do presidente da República, Jair Messias Bolsonaro, à sua decisão de arquivar o processo
de impeachment
contra o ministro Alexandre de Moraes,
do Supremo Tribunal Federal (STF).
Atrito tucano
A disputa tucana anda acirrada. Depois de o governador
João Doria e o deputado federal Aécio Neves trocarem farpas,
se chamando, respectivamente, de “pária” e “desqualificado”, ontem foi a vez de os tucanos mineiros se irritarem com a presença do tesoureiro do diretório nacional do partido,
César Gontijo, em BH. Ele teria vindo sem autorização da Executiva nacional em busca de apoio de prefeitos que usaram o fundo eleitoral em 2020. “Uma tentativa vergonhosa de usar os recursos públicos e cobrar a fatura. Aqui em Minas não aceitamos isso! Vá embora, César Gontijo, e leve contigo a sua petulância”, excla- mou o deputado estadual Gustavo Valadares, pelo Twitter. “Prévias livres e democráticas: é o que queremos! Os mineiros não aceitam pressão”, frisou o deputado federal Paulo Abi-Ackel, que comanda o partido em Minas Gerais.
“Não me consta que Minas tenha dono, assim como São Paulo
e nenhum outro estado do Brasil”, reagiu Gontijo.
O fazendeiro
“Hoje em dia, o homem do campo está mais tranquilo. Tiramos
di- nheiro de ONG, conseguimos via decreto dar o fuzil 762 para vocês. Conseguimos a posse ampliada, o elemento podia comprar a arma e usar dentro da casa na fazenda. Hoje ele pode montar o cavalo ou pegar o jipe dele e andar na fazenda toda armado.” O presidente Jair Bolsonaro voltou a defender o porte e a posse de arma para a população. Então a coluna volta a registrar: mais armas, mais mortes. Só isso.
Visita ao EM
O presidente do Sebrae Nacional, Carlos Melles (D), e o superintendente do Sebrae Minas, Afonso Maria Rocha (E) , visitaram ontem a sede do Estado de Minas. Recebidos pelo diretor-presidente do EM, Álvaro Teixeira da Costa, Carlos Melles destacou que a entidade prepara para 2022 programação especial em comemoração aos 50 anos de sua atuação. Instituição privada, o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas promove a competitividade e o desenvolvimento sustentável dos empreendimentos de micro e pequeno portes, com faturamento bruto anual de até R$ 4,8 milhões. Em todas as 27 unidades da Federação, oferece cursos, seminários, consultorias e assistência técnica para pequenos negócios de todos os setores.
pingafogo
Em tempo, sobre a nota O fazendeiro: levantamento feito pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública no Anuário de Segurança Pública de 2021 sobre armas de fogo para 2020 mostra que o Brasil vive uma verdadeira corrida armamentista.
Não é verdadeira a informação que circula nas redes sociais de que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Kássio Nunes Marques (foto) tenha sido relator do pedido de impeachment protocolado pelo presidente da República, Jair Bolsonaro, contra o ministro Alexandre de Moraes.
O pedido de Bolsonaro foi protocolado no Senado, e não no Supremo, na sexta-feira passada e foi arquivado pelo presidente Rodrigo Pacheco na última quarta-feira. Para que fique claro, cabe ao Senado, não ao STF, analisar pedidos de impeachment de ministros da Suprema Corte.
Um dos objetivos do governo ao editar a proposta é melhorar a posição do Brasil no Doing Business, ranking do Banco Mundial que mede a facilidade de fazer negócios em cada país. A intenção do presidente tem o objetivo de facilitar a abertura e a gestão de empresas no país.
Pelo menos, uma boa notícia vinda do Palácio do Planalto. Diante disso, o jeito é dar no pé por hoje e esperar que este cenário de guerra possa ser encerrado o quanto antes. Sendo assim… FIM!