“Nos momentos mais difíceis da história, você, soldado brasileiro, sempre esteve presente. E o que está acima de tudo é o destino da nossa nação. Não temos vaidades, ambições ou sede do poder. Mas temos uma inabalável vontade e disposição para que a nossa Constituição, a nossa democracia, e a nossa liberdade sejam mantidos a qualquer preço”. Eu, hein! Esquisita a declaração do presidente Bolsonaro. Ele disse ainda que o país vive “momentos não muito tranquilos”.
É efeito pesquisas e sua rejeição? Que tal responder bem rapidinho: entre governadores e ministros também estava lá o ex-piloto de Fórmula 1 Nelson Piquet. Melhor acelerar, já que lá em Goiânia também estavam o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM), e o prefeito de Goiânia, Rogério Cruz (Republicanos), além de alguns ministros.
Daí o presidente Jair Messias Bolsonaro, até hoje sem partido, ter participado de uma motociata (será que existe nos dicionários?) no meio da tarde na cidade. Bem que podia ter derrapado diante de suas declarações sem nexo.
O fato do dia é que o presidente participou, ontem, da troca de generais do comando das Operações Especiais do Exército. O general Gustavo Henrique Dutra de Menezes passou o cargo de comandante para o general de brigada Carlos Alberto Rodrigues Pimentel.
Ainda durante a solenidade, houve demonstração de salto de paraquedistas e a inauguração de retrato na galeria dos ex-comandantes.
Sem máscara, ele chegou por volta das 15h no estacionamento do antigo aeroporto da capital, onde vários apoiadores já o aguardavam aglomerados em um alambrado. Muitos dos presentes à sua espera também não usavam o item de proteção facial.
O presidente passou cumprimentando os apoiadores pegando na mão de muitos deles. Montou em uma moto e deixou o local. Como não poderia deixar de ser, Bolsonaro foi seguido por vários motociclistas e, já que é praxe, estava acompanhado de suas equipes de segurança.
Para finalizar, “O CAC está podendo comprar fuzil. O CAC que é fazendeiro compra fuzil 762. Tem que todo mundo comprar fuzil, pô. Povo armado jamais será escravizado. Eu sei que custa caro. Tem um idiota: Ah, tem que comprar é feijão. Cara, se não quer comprar fuzil, não enche o saco de quem quer comprar”. É ainda o presidente da República.
Estranhou o CAC? Então vamos lá: é a abreviatura de caçadores, atiradores e colecionadores. Sendo assim, sem colecionar mais besteiras, o jeito é encerrar por hoje. Vale mais a pena.
Ajuda aí!
“A população brasileira quer se vacinar. Uma das maneiras é a imprensa nos ajudar, como tem feito, informando bem a população. Passaporte não ajuda em nada. Tudo que é imposição, que é lei, o Brasil já tem um regulamento sanitário que é um dos mais avançados do mundo”. Assim começou o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga (foto). O médico assim falou, mas… Se você começar a restringir a liberdade das pessoas exigindo passaporte, carimbo, querer impor por lei uso de máscara, para multar as pessoas, indústria de multas, nós somos contra isso”.
A homenagem
Dois dos principais centros de ciência e pesquisa do país, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e o Instituto Butantan acabam de se tornar Patrimônio Nacional da Saúde Pública. Foi publicada, ontem, no Diário Oficial da União, a lei que cria o título a ser concedido a instituições públicas e privadas sem fins lucrativos. A Fiocruz comemorou em janeiro 121 anos. Já o Instituto Butantan, de São Paulo, com 120 anos, tem acordos com várias instituições. A senadora Leila Barros (Cidadania-DF), relatora da matéria, enfatizou que a Fiocruz e o Butantan são patrimônios nacionais.
Microempresa
“O momento, conforme já ressaltado, é crítico e exige do Estado e seus representantes uma sensibilidade adicional com os agentes econômicos mais frágeis. Estarei sempre atuando para que a economia brasileira se torne uma economia sólida, soberana, desenvolvida e solidária, prestando todo o apoio devido àqueles que são os maiores empregadores do país e os que mais sofrem com as flutuações econômicas: os micro e pequenos empresários”. É trecho de discurso de Mário Heringer (PDT-MG) no plenário da Câmara dos Deputados. O alvo, tentar socorrer milhões de empregos.
Ataque à CPI?
A Procuradoria-Geral da República não recomendou, mas o senador Renan Calheiros (MDB-AL) foi alvo da Polícia Federal (PF), que afirmou ao Supremo Tribunal Federal (STF) ter reunido indícios de que o parlamentar recebeu R$ 1 milhão em propina da Odebrecht. A corporação indiciou Renan pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. “A Polícia Federal (PF) não tem competência para indiciar senador. Apenas o STF. Essa investigação está aberta desde março de 2017 e como não encontraram prova alguma, pediram prorrogação” se defendeu o relator da CPI da COVID-19. Será retaliação?
Para encerrar
Tem os atentados. “Meu coração está com todos os que perdemos”. A declaração é do presidente norte-americano, o democrata, Joe Biden, que recebeu, ontem, na Casa Branca, o primeiro-ministro israelense, Naftali Bennett. Estava prevista, mas a visita acabou ficando ofuscada diante do atentado mortal contra a missão de retirada do Afeganistão, liderada em boa parte pelos Estados Unidos da América (EUA). “Trago comigo um novo espírito. Um espírito de boa vontade. Um espírito de esperança. Um espírito de decência e honestidade”, é ainda de Bennett.
PINGA FOGO
- Em tempo, sobre a nota Ajuda aí! O ministro da Saúde fez questão de ressaltar que o povo é livre e as pessoas devem fazer as coisas de acordo com sua consciência. E Marcelo Queiroga finalizou: “Eu uso a máscara porque entendo que é importante, não é porque tem uma lei”.
- Mais um Em tempo: embora tenha tratado de economia, o deputado Mário Heringer saiu de sua praia. Ele é médico, mas é integrante da Frente Parlamentar Mista da Micro e Pequena Empresa. Mas é só um detalhe.
- E tem mais, desta vez sobre Renan Calheiros: “Justamente agora, quando a CPI mostra todas as digitais do governo na corrupção da vacina, a parte politizada da Gestapo, ou seja, uma polícia nazista tenta essa retaliação”.
- “Mas não irei me intimidar. Os culpados pelas mortes, pelo atraso das vacinas, pela cloroquina e pela propina vão pagar”, completou o senador Renan Calheiros, citando as dificuldades. Que é meio estranho o ataque ao Renan, não há dúvida.
- Diante de tudo isso, já basta por hoje. O fim de semana chegou. Mas amanhã ainda tem mais. Ficamos assim, FIM!