Pelo jeito, o Palácio do Planalto, ficou preocupado com os últimos passos da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da COVID-19. Lá ele não tinha o hábito de aparecer, mas ontem fez questão de estar presente. A razão é fácil de entender o motivo do senador Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ).
Ele foi escalado para tumultuar o máximo possível. E recebeu um pito muito afiado: ''Não pense que vai me interromper porque é filho do presidente. Silêncio!''. Quem deixou claro foi o também senador Humberto Costa (PT-PE). Melhor deixar pra lá e partir ao que interessa. Afinal, a CPI da pandemia esteve em ação.
E nela, tudo começou falando de grana, muita grana. Fala quem pode: ''Bancos estatais chegaram a oferecer dinheiro para mim. Peguei do Bradesco, do Itaú, do Santander. Me ofereceram de outros bancos. Eu disse: na-na-ni-na-não. Eu não vou pegar dinheiro de nenhum banco estatal, sob pena de lá na frente dizerem: ‘Olha só. Está sendo financiado com dinheiro público’. Foi para isso que ele apoiou o presidente. Não peguei um único centavo”.
Quem diz é o empresário Luciano Hang, dono da rede de lojas Havan e apoiador do governo Bolsonaro. Ele é acusado pela CPI de pertencer ao chamado “gabinete paralelo”, aquele grupo já conhecido. Só que ele ressalta que atuou, de forma informal, junto ao Ministério da Saúde nas decisões relacionadas ao combate à pandemia da COVID-19.
Como não poderia deixar de ser, teve ataque de todos os lados, tanto que vários senadores se queixaram do andamento dos trabalhos. Os opositores ao governo acusaram Hang de fazer propaganda de suas empresas e dar respostas sem relação com o objeto da CPI.
Já os governistas, como os senadores Marcos Rogério (DEM-RO), Jorginho Mello (PL-SC) e Flávio Bolsonaro, optaram para partir ao ataque. Eles acusaram o relator, senador Renan Calheiros (MDB-AL), de ofender o depoente ao fazer referência aos bobos da corte, aqueles que cortejam os poderosos, ao cercear o direito de Hang para responder como entendesse.
Luciano Hang negou à CPI que tenha concedido patrocínio a Allan dos Santos por intermédio de contato do deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP). Hang afirmou que não fez publicidade de fake news e nem financiou divulgação nesse sentido.
E, por fim, Hang negou na CPI que tenha agido para que na certidão de óbito de sua mãe não constasse a pandemia da COVID-19 como a causa da morte.
Metrô de BH
O deputado federal Aécio Neves (PSDB-MG) destacou nas redes sociais a importância da ampliação do metrô de Belo Horizonte, que teve projeto aprovado no Congresso Nacional. “Todos que trabalhamos há muitos anos pela ampliação do metrô de BH temos grande expectativa de ver a nova linha Calafate/Barreiro sair do papel. A liberação de R$ 2,8 bilhões pelo BNDES para a CBTU, definida em votação da Câmara e do Senado, nesta semana, é um passo para que essa importante demanda da população de BH seja enfim atendida. Assim como a conclusão da linha Eldorado/Venda Nova. Vamos, mais uma vez, reunir esforços para concretizá-la”, escreveu o parlamentar mineiro.
No ataque
''O Mato Grosso, que é símbolo de desenvolvimento do Brasil, tem 30 milhões de cabeças de gado. E esses dias mostraram uma mulher na beira de um açougue procurando um osso para comer. Como é que se pode explicar isso?'' Política e futebol no cenário atual no país se misturam de fato. Quem disse foi o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que fez questão de ressaltar: ''Bolsonaro não governa absolutamente nada. Passa o dia falando bobagem com seus fanáticos, que são como um grupo de torcedores que, mesmo quando o time perde, pensa que ganha''.
Na defesa
Mas com ironia: o presidente da República Federativa do Brasil, Jair Messias Bolsonaro, em sua própria defesa, optou por ironizar o ex-presidente Luíz Inácio Lula da Silva (PT), ontem, em Boa Vista, capital de Roraima. Foi no evento em que entregou obras. Um grupo de apoiadores gritou “Lula ladrão”. Bolsonaro não deixou a oportunidade e ressaltou: ''Já imaginou se ele tivesse 10 dedos?''. Para que fique claro, Lula perdeu um dedo em acidente quando ainda era operário metalúrgico em São Bernardo do Campo.
É uma ordem
We are making two major public health announcements today. Join us now at City Hall. Send your husband to get vaccinated too so he can stop being a danger to others. “Mande seu marido se vacinar também para que ele deixe de ser um perigo para outras pessoas”, disse o prefeito democrata de Nova York (NYCmayor), Bill de Blasio, se referindo ao fato de a primeira-dama do Brasil, Michelle Bolsonaro, ter tomado a vacina lá nos Estados Unidos da América (EUA). Se até o ex-presidente Donald Trump se vacinou e ainda foi atacado por seus apoiadores, melhor esquecer.
Ambiente digital
Promover diálogos com pessoas de segmentos diferentes é uma forma de contribuir para que o país alcance o desenvolvimento em meio à profunda crise que atravessamos. O desafio é construir um projeto integrado para alcançar ganhos de produtividade gerados pela articulação da área ambiental com a economia digital e a inclusão econômica e social. E tudo isso tendo como ponto de partida para este debate. Serão construídas propostas que impulsionem a performance do Brasil em diversas áreas. Tudo isso vem da Fundação Dom Cabral (FDC), que iniciou o movimento Imagine Brasil.
PINGA FOGO
- O governo federal transferiu parte de dez glebas da União para o estado de Roraima. No total, as terras transferidas somam uma área de 1,9 milhão de hectares e abrangem os municípios de São João da Baliza, Carobebe, Caracaraí, Rorainópolis e São Luiz.
- É curto-circuito? Antes de suspender o fornecimento de energia, a distribuidora deve mandar notificação ao consumidor. A resolução da Aneel diz que deve ser “escrita, específica e com entrega comprovada ou, alternativamente, impressa em destaque na fatura”. Entendeu? Nem eu.
- Em tempo sobre a nota Ambiente digital: A partir desta premissa e com base em quatro pilares como o Crescimento econômico e produtividade; Inclusão social e econômica; Meio ambiente e prosperidade, e Políticas públicas e governança colaborativa, a Fundação Dom Cabral (FDC) iniciou o movimento Imagine Brasil.
- O desafio é construir um projeto integrado para alcançar ganhos de produtividade gerados pela articulação da sustentabilidade ambiental com a economia digital e a inclusão econômica e social. Sendo assim, já que passa por Minas Gerais, é suficiente por hoje. FIM!