Jornal Estado de Minas

EM DIA COM A POLÍTICA

Em Minas, Bolsonaro reconhece a carestia e fala em inflação menor

Conteúdo para Assinantes

Continue lendo o conteúdo para assinantes do Estado de Minas Digital no seu computador e smartphone.

Estado de Minas Digital

de R$ 9,90 por apenas

R$ 1,90

nos 2 primeiros meses

Utilizamos tecnologia e segurança do Google para fazer a assinatura.

Experimente 15 dias grátis


“Temos alguns estados que estão com essa sanha de exigir a carteira de vacinação para poder frequentar um ou outro local. Deixar bem claro para vocês: o nosso ministro Queiroga estava vacinado e contraiu o vírus, assim como a Tereza, assim como meu filho Eduardo, assim tanta e tanta gente, assim como o ex-secretário de Estado norte–americano Collin Powell, vacinado com a Janssen ou com a Moderna. Morreu por COVID-19”.





A declaração partiu do presidente da República, Jair Messias Bolsonaro: foi na Jornada das Águas, em São Roque de Minas (MG). Tinha que aparecer um tom mineiro na política, já virou quase uma praxe. Mas é melhor tratar logo da notícia.

“Eu tinha poderes para fechar o Brasil todo com decreto, mas não fechei um botequim sequer. Eu tinha e tenho poderes, por decreto, de realizar um lockdown nacional. Não fiz e não o farei. Tenho poder, por decreto, a exigir o passaporte da vacina. Mas não farei isso porque a nossa liberdade está acima de tudo.” Tinha mais: o presidente alegou que “não se pode perseguir quem quer que seja por não ter tomado a vacina”.

Bolsonaro estava falante: “Não adianta chamar o governo de negacionista. Nós gastamos mais de R$ 20 bilhões com vacina. Vacinas muitas ainda experimentais, e a liberdade de tomar é de vocês. Não se pode perseguir quem quer que seja por não ter tomado a vacina”. E, claro, já cansou, mas Bolsonaro repetiu a facada recebida em Juiz de Fora, quando ainda era candidato à Presidência em 2018.





O palanque, mais uma vez, já está sendo montado para quarta-feira agora. Rodando o país, o presidente Bolsonaro está em plena campanha eleitoral. Desta vez, ele estará em Russas, lá no Ceará, para participar do evento denominado Jornada das Águas: Lançamento de Edital para a Construção do Ramal do Salgado. Está sendo mesmo mais um evento antes do praticamente reduto petista que dominava com folga. As credenciais já estão sendo distribuídas, como é praxe.

De volta a Minas, Bolsonaro ressaltou que “as soluções não são fáceis, mas temos a obrigação de mostrar a origem do problema e como resolvê-lo”, completou, em visita a São Roque de Minas, onde esteve em uma solenidade para lançar o programa Jornada das Águas.

Para encerrar, o presidente da República, Jair Messias Bolsonaro, reconheceu ter “sim aumento de preços e prometeu que brevemente a inflação começará a cair no país”. Os brasileiros mais cautelosos até torcem, mas querem ver para crer se a promessa será cumprida.





Coração partido

“O relato de Geovanna e de tantos outros na #CPIdaCovid é de partir o coração. Nem o intérprete de libras resistiu às emoções. O Brasil fará justiça por Giovanna e pelas mais de 600 mil vítimas dessa política de morte.” @MaríliaArraes, deputada federal (PT-PE). O detalhe do Twitter é que a ação estava programada para acompanhar o encerramento e leitura do relatório final da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da COVID no Senado, que foi adiado para amanhã.

E que tristeza!

E tem mais da deputada petista Marília Arraes. O sobrenome não deixa nenhuma dúvida de que tem história. Ela se referia à jovem Geovanna Gomes Mendes da Silva, de 19 anos. Vale o registro dela: “Eu, meus pais e minha irmã éramos muito unidos. Quando meus pais faleceram, a gente perdeu as pessoas que a gente mais amava. Eu vi que precisava da minha irmã e ela precisava de mim, eu me apoiava nela e ela se apoiava em mim. A partir dali, vi que eu não poderia ficar mais sem ela”.

Lenços brancos

Às vésperas do fim dos trabalhos da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia do Senado, o gramado em frente ao Congresso Nacional, em Brasília, ganhou, ontem, um grande varal com 600 lenços brancos. A instalação foi feita pela organização não governamental (ONG) Rio de Paz. E ela simboliza os mais de 600 mil mortos pela pandemia da COVID-19 no Brasil. Para lembrar, os mesmos lenços já tinham sido expostos na Praia de Copacabana, no Rio de Janeiro, óbvio, no início ainda deste mês.





Agora é fato

A Comissão de Agropecuária e Agroindústria da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) realiza, hoje, audiência pública para debater o processo de caracterização da região de Diamantina como produtora de queijo minas artesanal. “O nosso desejo é que sejam trazidas informações sobre o andamento e a previsão de conclusão desse processo.” A reunião foi solicitada pelos deputados Antonio Carlos Arantes (PSDB), que fez o relato, e teve a companhia de Duarte Bechir (PSD).

Vítima da COVID-19

Ex-secretário de Estado americano durante o mandato de George W. Bush, Colin Powell morreu aos 84 anos, vítima de “complicações da COVID-19”, anunciou ontem a família dele em comunicado nas redes sociais. Powel se notabilizou por ter sido o primeiro afro-americano a ocupar a função de comandante do Estado-Maior Conjunto dos Estados Unidos. Depois disso, se transformou em chefe da diplomacia. “Nós perdemos um notável e amoroso marido, pai, avô e um grande americano”, afirmaram os familiares.

Pinga-fogo

Um intérprete de libras que trabalhava na transmissão da CPI da COVID-19, na TV Senado, ficou emocionado durante o depoimento de uma órfã. O funcionário parou de transcrever o depoimento de Giovanna Gomes Mendes da Silva, de 19 anos, e precisou ser substituído por um colega.





Em tempo sobre a nota Agora é fato: confirmaram participação na audiência Marisa Fernandes Flores, gerente da Emater; o vereador Edivan Silva Soares, presidente da Câmara Municipal de Diamantina; e Leandro Assis, presidente da Associação dos Produtores de Queijo de Diamantina.

Detalhe sobre a Assembleia Legislativa (ALMG): teve uma coleção de comissões trabalhando. Vamos a elas, todas elas extraordinárias: Segurança Pública, a de Educação não poderia ficar de fora. E tem ainda a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Cemig. Tem mais, mas basta, né?

Na página do partido em uma rede social, o Psol escreveu: “Macabro é a família Bolsonaro esbanjando em Dubai às custas do povo que está na fila pra comprar ossos e não morrer de fome”. E acrescentou: “Isso é macabro”.

O senador Omar Aziz (PSD-AM) comentou: “Duduzinho Bolsonaro está em Dubai”. Sendo assim, com a chuva, o jeito é encerrar por hoje. A semana está apenas começando. Diante disso… FIM!
 

audima