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Estado de Minas EM DIA COM A POLÍTICA

Bolsonaro e o encontro com refugiados venezuelanos e o ataque a Lula

Presidente esteve em um acampamento em Roraima, segundo ele, para mostrar a situação das pessoas que fugiram do país vizinho


27/10/2021 04:00 - atualizado 27/10/2021 07:14

bolsonaro
Bolsonaro aproveitou visita à fronteira do Brasil com a Venezuela para atacar seu principal adversário político (foto: EVARISTO SÁ/AFP)
 
“Quando se define charlatanismo ou charlatão, ao pé da letra, a tradução disso é mercador de drogas de elixir, que propagandeia esse medicamento sem nenhuma formação na área de saúde, enganando o público”.. Começou assim o senador Otto Alencar (PSD-BA), que é médico de carreira.

''E devo dizer, senador Renan Calheiros, que na história do Brasil, e talvez da humanidade, eu nunca vi uma formação tão grande de charlatões e charlatães, como aconteceu agora, capitaneado e liderado pelo próprio presidente da República, quando ele pega a caixa de hidroxicloroquina e receita, de forma irresponsável, para o Brasil.'' A citação de Renan é porque ele é o relator da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da COVID-19.

Já o presidente da República optou por fingir que não estava preocupado: ''Irmãos venezuelanos, sabemos o sofrimento de vocês, como vocês chegaram nessa situação, o que uma pessoa está fazendo contra vocês na Venezuela. O Brasil é um país de pessoas que têm profundo respeito pelo sofrimento dos outros. Sei que vocês gostariam de estar no país de origem, mas saíram de lá para fugir da ditadura, de necessidade e até mesmo da violência''.

O presidente Jair Bolsonaro desembarcou, ontem, em um acampamento de venezuelanos da Operação Acolhida, em Roraima. O objetivo, de acordo com Bolsonaro, foi ''conseguir imagens'' e mostrar a situação dos refugiados, em referência a um exemplo de onde o Brasil pode chegar caso o PT retorne ao poder no país nas próximas eleições.

Mais uma vez, atacou o ex-presidente petista Luiz Inácio Lula da Silva. Ou seja, o alvo mostra que está mesmo difícil conseguir a reeleição. Pesquisas internas do Palácio do Planalto devem indicar que não anda fácil uma possível reeleição.

Melhor então mudar de assunto e trazer um pouco de Minas Gerais. Afinal, o acordo entre o governo e a Associação Mineira de Municípios para regularizar os repasses dos valores de verbas da saúde devidas aos municípios foi possível graças à intermediação da Procuradoria-Geral de Justiça, que atendeu à representação da AMM e conduziu os diálogos para solucionar as dívidas que remontam há uma década, isso mesmo, 10 anos. O fato é que, depois de amanhã, será assinado acordo do governo estadual e a AMM para regularizar os repasses aos municípios.

Os valores serão pagos em 98 parcelas, sendo duas parcelas de R$ 400 milhões em dezembro e as outras a partir de outubro de 2022. A previsão é de que cerca de 100 prefeitos estarão presentes. E tem o registro moderninho. Transmissão no canal do MPMG no YouTube. Tudo isso envolve R$ 6,8 bilhões. Uma grana bem alta.

Kalil prestigia Pacheco

O prefeito de BH, Alexandre Kalil (PSD), vai deixar de participar de evento com o governador Romeu Zema (Novo) para prestigiar a filiação do senador Rodrigo Pacheco ao PSD, em Brasília. De saída do DEM, o presidente do Senado vai oficializar sua filiação em evento no Memorial JK , hoje, às 11h. Kalil e Pacheco trocaram farpas na eleição municipal, mas se aproximaram desde as articulações que alçaram o senador ao comando do Senado. Agora, o prefeito defende a candidatura de Pacheco ao Palácio do Planalto. Em BH, Zema acompanhará, às 14h, a cerimônia de assinatura de decretos de liberdade econômica, na Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL-BH). Prefeitos de 29 cidades da Grande BH formalizarão a adesão ao programa Minas Livre para Crescer, que desburocratiza negócios e facilita a geração de empregos.

Greve da PM

A Assembleia Legislativa (ALMG) aprovou na reunião extraordinária na manhã de ontem (26/10), projeto de lei do deputado Sargento Rodrigues (PTB) que concede anistia para 182 praças da Polícia Militar (PM), que foram expulsos da corporação em 1997. Foi em junho daquele ano que ocorreu o maior movimento reivindicatório, com greve geral, que a Polícia Militar promoveu em Minas Gerais e que acabou com um policial morto com um tiro na cabeça na porta do Palácio da Liberdade, na época do governo Eduardo Azeredo (PSDB).

25 anos de luta

O deputado Sargento Rodrigues lembrou que vem lutando pelos direitos dos policiais há 25 anos. O projeto passou pelo Supremo Tribunal Federal (STF), onde foi rejeitado. A greve teve início em por causa do reajuste de 11% dado pelo então governador aos oficiais, que deixou os praças de fora. Chorando muito, Sargento Rodrigues foi à tribuna agradecer a sensibilidade do presidente da Assembleia, Agostinho Patrus (PV), que não poupou esforços para reconhecer os direitos dos expulsos.

Vírus da Aids

Na reunião de encerramento da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia do Senado, integrantes do colegiado aprovaram, ontem, um requerimento do vice-presidente, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), que pede a quebra de sigilo telemático das redes sociais do presidente da República, Jair Messias Bolsonaro (ainda sem partido), a suspensão de acesso aos seus perfis e um pedido de retratação por declarações em live transmitida na quinta-feira passada, quando ele relacionou a vacina contra a COVID-19 ao vírus da Aids.

Magia mineira

As investigações da Polícia Federal (PF) começaram em junho deste ano, depois de roubo a uma agência bancária da Caixa Econômica Federal em Pirapetinga (MG). Na ocasião, os assaltantes destruíram o banco com explosivos, fizeram reféns e fugiram em direção ao estado do Rio de Janeiro. Entre os suspeitos estão ex-militares, com habilidade no manuseio de explosivos, e ex-vigilantes. O fato é que policiais federais cumpriram seis mandados de prisão temporária na Operação Magia Negra.

PINGA FOGO

  • Em tempo, sobre as notas envolvendo a greve da Polícia Militar (PM): “Está sendo uma alegria enorme pensar que todos nós poderemos vestir a farda novamente”, destacou o deputado estadual Sargento Rodrigues. “Foram 24 anos, quatro meses e 12 dias a tão sonhada anistia”, ressaltou.

  • Mais um Em tempo, do jeito mineiro, desta vez sobre as investigações da Polícia Federal (PF), que começaram em junho deste ano, depois de roubo a uma agência bancária da Caixa Econômica Federal em Pirapetinga (MG).

  • Mais de 18 milhões de brasileiros que já deveriam ter tomado a segunda dose da vacina contra a COVID-19 para completar o ciclo de imunização estabelecido pelas autoridades sanitárias ainda não o fizeram. É preocupante e necessário tomar as duas doses da vacina.

  • Quem ressalta é o Ministério da Saúde. E ele alerta mais uma vez: o resultado é muito preocupante, mesmo considerando que, na última semana, númo ero caiu 10%, baixando de 20 milhões de pessoas cuja segunda dose da vacina estava atrasada, para os atuais 18 milhões.

  • Diante de tudo isso, o jeito é vacinar contra as fake news, a necessidade de ter tantas CPIs e por aí vai. Basta por hoje. Torça por boas notícias. FIM!
 
 

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