“Não estamos aqui lançando ninguém a cargo nenhum. É um evento simples, mas de muita importância: a filiação, que é uma passagem para que nós possamos pleitear algo lá na frente. Estou me sentindo aqui, Arthur Lira, em casa”. Quem disse foi o presidente da República Federativa do Brasil, Jair Messias Bolsonaro, durante o discurso de sua filiação.
Aleluia! Finalmente, a novela acabou. O presidente agora é integrante do Partido Liberal (PL). Em seu discurso na cerimônia, Bolsonaro celebrou o fato de “conseguir tirar o Brasil da esquerda”. Para que fique claro, leia-se a oposição. O alvo, óbvio, é, em especial, o PT. “O futuro do Brasil está em nossas mãos. Nós tiramos o Brasil da esquerda”.
E o presidente acrescentou: “Olhem para onde estávamos indo. Olhem para onde foram certos países como a Venezuela. Nós não queremos isso. Nós temos um bem que está na nossa frente, e não podemos desprezá-lo, achar que ele não vai acabar nunca. É um bem, que é a nossa liberdade”.
“Tudo, quase tudo, depende do Parlamento. Em grande parte, o Parlamento tem jogado junto com o Poder Executivo. Isso é muito bom. Não se fala em Poder Judiciário, mas tem a ver conosco, sim. Amanhã está prevista a sabatina do nosso indicado, o André Mendonça, cotado para integrar o Supremo Tribunal Federal (STF). Espero que ele seja aprovado”. Bolsonaro está na torcida.
Só para lembrar, vale refrescar um pouco a memória. Lembra do mensalão? Pois é, Valdemar Costa Neto teve papel preponderante. E tem também o presidente nacional do PTB e então deputado federal Roberto Jefferson (RJ). Aquele que comandou o escândalo do mensalão. Na época, era deputado federal.
Já que tem mensalão, vale o registro: o ex-juiz da Operação Lava-Jato Sergio Moro, que é pré-candidato à Presidência pelo Podemos, busca atrair o apoio do capital financeiro. Ele se reuniu na casa de Luiz Fernando Figueiredo, sócio-fundador da Mauá Capital.
E tem mais pesos pesados. O jantar teve a presença de nomes como Roberto Setúbal, copresidente do conselho de administração do Itaú; Milton Goldfarb, fundador da incorporadora One; Marcelo Maragon, executivo do Citibank; e José Flavio Ramos, CEO do banco de investimentos Br Partners.
Por fim, não precisa de milionários, mas vale a pena fazer o registro. Por 358 votos a 17, a Câmara dos Deputados aprovou, ontem, um projeto de lei que tipifica, na Lei do Racismo, a injúria racial em locais públicos e espaços privados com acesso ao público. O texto segue para o Senado Federal. Óbvio que também lá será aprovado.
O privatista
“Nós não temos recurso para sair, para gerar crescimento com recursos públicos, precisamos de recursos privados. Então, precisa de credibilidade, precisamos ter uma união de política em torno de gerar eficiência e produtividade nos próximos anos”. A declaração é de quem sabe. É o presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto (foto). “O que foi feito pra promover essa continuação do programa do Auxílio Brasil, nós pagamos um preço em perda grande de credibilidade. Mas existe uma percepção que a forma que foi feita abalou o arcabouço fiscal que existia”.
Haja feriado
De acordo com o Sindicato do Comércio Varejista (Sindivarejista), as lojas abrem normalmente no Distrito Federal. Tanto as que ficam nas entre quadras, como as dos shoppings têm autorização para funcionar, de acordo com a convenção coletiva de trabalho assinada entre o Sindivarejista e o Sindicato dos Empregados no Comércio. Já os bancos não abrem. O Dia do Evangélico é feriado no calendário oficial do Distrito Federal. E não é de hoje, já faz 26 anos. Não é tanto assim, mas basta.
Nada de vistos
Uma notícia muito importante: a Moldávia é uma república parlamentarista de 2,7 milhões de habitantes situada na Europa oriental, entre a Ucrânia e a Romênia. Até 1991 fazia parte da então União Soviética. O presidente do Senado e do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), promulgou o Decreto Legislativo que aprova o acordo entre o Brasil e a Moldávia sobre a isenção de vistos de curta duração para portadores de passaportes comuns, assinado em 2013. Não é novidade, O Brasil já assinou com outros países, como Portugal, Sérvia e Rússia.
O assalariado
É mais um registro envolvendo o ex-juiz da Operação Lava-Jato Sérgio Moro. O fato é que ele arrumou um emprego, no bom sentido. Ele vai receber a partir de dezembro um salário do Podemos. Recém-filiado ao partido e apontado como nome para concorrer à Presidência da República no ano que vem, é isso de fato, em 2022, O ex-magistrado vai receber R$ 22 mil, o que, descontados os impostos, que os contribuintes também pagam, ficará em torno de R$ 15 mil. Será quanto ele tem com a aposentadoria de juiz?
Tem xeiques
O Grupo Parlamentar Brasil-Emirados Árabes Unidos, que até o momento conta com a participação de 27 senadores, foi instalado ontem. O senador Marcos do Val (Podemos-ES) foi eleito para o cargo de presidente e a senadora Soraya Thronicke (PSL-MS), para a vice-presidência. Marcos do Val informou aos senadores que está programando junto com o embaixador dos Emirados Árabes no Brasil, Saleh Alsuwaide, a vinda de xeiques árabes e autoridades de Abu Dhabi, capital dos emirados, com a finalidade de conhecer o Brasil.
Pinga-fogo
Em tempo, sobre a nota da senadora Soraya Thronicke (PSL-MS): ela destacou que cem milhões de chineses saem do país para fazer turismo. Recebemos, por ano, 6,5 milhões de turistas estrangeiros. O problema está na falta de segurança. Se nela investir, você investe no turismo.
O Partido dos Trabalhadores (PT) classificou de fato grave o voto do senador Rogério Carvalho (PT-SE) a favor do projeto que muda as regras para as emendas de relator. O placar foi 34 votos favoráveis e 32 contrários.
Rogério Carvalho registrou voto favorável e, com isso, garantiu que a resolução fosse aprovada. Se ele tivesse votado contra a proposta, haveria empate de 33 a 33 e caberia ao presidente da sessão, deputado Marcelo Ramos (PL-AM), desempatar o placar.
O deputado estadual Delegado Heli Grilo (foto) (PSL), que preside a Comissão de Agropecuária e Agroindústria da Assembléia Legislativa (ALMG), manifestou preocupação com a situação vivida pelo produtor de leite, sobretudo nos dois últimos meses.
Heli relatou, que esse produtor entrega o leite e, só no fim do mês, sabe quanto vai receber pela sua venda. “Minas Gerais produz 27,5% do leite de todo o país, em sua maioria se tratam de pequenos e médios produtores. É necessário apoiar esse povo que sofre com prejuízos incalculáveis”. FIM!