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Novela dos precatórios tem ataque do Banco Central e político desentendido

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A novela continua. A proposta de emenda à Constituição (PEC) apelidada de PEC dos Precatórios foi aprovada, ontem, no Senado. Ela já havia sido acolhida na Câmara dos Deputados, mas os senadores alteraram vários pontos. Daí a necessidade de novas análises. Ou seja, a novela ainda terá mais alguns capítulos para ser encerrada de vez.





A expectativa do governo do presidente da República Federativa do Brasil, Jair Messias Bolsonaro (PL) é – agora ele tem partido – de que o projeto deve abrir um espaço superior a nada menos que R$ 106 bilhões no Orçamento da União. E pode até ter um espaço ainda maior.

Melhor passar logo para o que interessa de fato. Já que o objetivo do governo federal é que uma parte desses recursos seja usada para bancar o Auxílio Brasil, o substituto do Bolsa-Família, que, vale repetir a implicância com nome petista, é muito melhor que esse tal auxílio aí.

O ministro da Economia, aquele da escola de Chicago, conhecida por milionários e até bilionários, Paulo Guedes, comemorou a aprovação. É dele esta declaração: tratou-se da opção “menos ruim para o Brasil neste atual momento”. Coisa de banqueiro, né, Paulo Roberto Nunes Guedes?

Só que houve gente nervosa com a decisão. É nada menos que o presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, que foi ainda mais eloquente. Ele já havia destacado que a solução encontrada pelo governo para bancar o Auxílio Brasil cobrou um preço muito grande, alto mesmo, em termos de credibilidade no mercado financeiro. Guedes já havia concordado com o colega.





O relator Roberto Rocha (PSDB-MA) propôs mudanças somente na redação do texto pela Câmara dos Deputados. Foi em uma tentativa de viabilizar a conclusão da votação ainda ontem, quinta-feira. Motivo ele teve.

Afinal, caso fizesse qualquer alteração no conteúdo, a proposta teria de voltar à Câmara Federal para ser analisada, novamente, pelos deputados em plenário. Como bom tucano, o deputado Roberto Rocha, óbvio, subiu no muro.

Melhor então, mais ou menos, já que estamos na praia econômica, mudar de assunto. “Em termos reais, tirando a inflação. A arrecadação está muito forte, o que mostra que o Brasil está decolando de novo, pelo nosso tempo. Preparar para decolagem”, afirmou o ministro Paulo Guedes, em evento sobre concessões aeroportuárias.





Só que esta última notícia desmente categoricamente o ministro da escola de Chicago: o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou, ontem, que o Produto Interno Bruto (PIB) registrou retração de 0,1% no terceiro trimestre deste ano, o que representa uma nova “recessão técnica”. Ou seja, foram três meses seguidos de recuos na economia.


“Foi difícil...”

Quem avisa, amigo é. Só que foi no plural que os jornalistas de plantão no Palácio do Planalto informaram que o futuro ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) André Mendonça ficou sabendo que o presidente da República, Jair Messias Bolsonaro (PL), não estava presente. Em relação à sua posse, disse que “ainda não tem data, que eu saiba ainda não. Eu falei com o presidente Fux, a expectativa é esse ano ainda”. E foi sincero o agora ministro do STF sobre o placar no Senado Federal: “A gente sabia que ia ser difícil, mas que íamos vencer”.

Data marcada

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luiz Fux, recebeu, ontem, André Mendonça, aprovado para a vaga na mais alta corte de Justiça do país. O encontro começou por volta das 13h e durou cerca de uma hora. Ficou definido que a posse será em 16 de dezembro, às 16h. O anúncio da posse foi feito depois de ser recebido por Fux .





Virou mania

“Agradeço a Deus pela minha vida e pela missão. Agradeço a vocês por existirem. Parabéns por abraçarem essa carreira maravilhosa de ser militar das Forças Armadas. Abraço a todos. Deus, pátria, família.” É claro que se trata do presidente da República, Jair Bolsonaro, em mais uma formatura, desta vez de alunos do curso de graduação de sargentos. “Para mim e todos os cristãos, também é um dia bastante feliz. Conseguimos enviar para o Supremo Tribunal Federal um homem terrivelmente evangélico.” A referência é ao ministro André Mendonça, que lá não estava.

Briga baiana

“Lamento que algumas pessoas na política subestimem a inteligência do eleitor baiano e fiquem com a cabeça no passado, de achar que alguém vai vir de fora e resolver a eleição na Bahia. Isso vale para Bolsonaro, Lula, qualquer um.” Quem deixa claro é o ex-prefeito de Salvador Antônio Carlos Magalhães Neto, filiado ao DEM. Ele avisou que pretende concorrer a governador na Bahia. Ele deve enfrentar no palanque o ministro da Cidadania, João Roma, que tem o apoio do presidente Jair Bolsonaro. Detalhe: João Roma já foi chefe de gabinete de ACM Neto.

Pinga-fogo

Em tempo, sobre a nota Haja tijolo: “Os empresários do setor seguem confiantes de que o potencial de crescimento do setor se manterá em 2022”, afirma ainda o executivo Luiz França.





“Não há nenhuma conversa formal sobre isso, nenhuma conversa dos partidos sobre isso, nem tampouco Lula tratou desse assunto. O fato de ele conversar com o Alckmin não foi para tratar de ser vice”. Eu, hein! A declaração é de nada menos que a presidenta do PT, Gleisi Hoffmann.

“O candidato a vice-presidente vai ser resultado do processo político e da nossa capacidade de construir essas alianças. Estamos conversando com o PSB, PCdoB, Psol, vamos conversar com outros partidos, e isso tudo tem que ser considerado numa composição de chapa.” Ainda a Gleisi.

Por fim… O Ministério da Saúde confirmou, ontem, cinco casos da variante Ômicron no Brasil – três em São Paulo e dois no Distrito Federal. São quatro homens e uma mulher, todos vacinados contra a COVID-19.

Eles estão isolados e, pelo menos um, apresenta sintomas leves. A maioria está assintomática. De acordo com a pasta, há ainda oito casos da variante em investigação no país, sendo um em Minas Gerais, um no Rio de Janeiro e seis no Distrito Federal. FIM!

audima