Jornal Estado de Minas

EM DIA COM A POLÍTICA

Primeiro, o médico. Depois, os ruralistas

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O presidente da República Federativa do Brasil, Jair Messias Bolsonaro (PL), foi ao posto médico do Palácio do Planalto antes de dar início à agenda oficial dessa segunda-feira (6/12), isso mesmo, ontem. E ele ficou lá por quase duas horas. Mais cedo, antes de deixar o Palácio da Alvorada, ele conversou com apoiadores por cerca de cinco minutos e a eles disse que teria um “compromisso urgente”.




 
A primeira agenda do dia do chefe do Executivo foi uma reunião com o ministro da Controladoria-Geral da União (CGU), Wagner Rosário, às 10h. E tinha agenda cheia: além de Rosário, estavam previstos Damares Alves, ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos; Pedro Cesar Sousa, subchefe para Assuntos Jurídicos da Secretaria-Geral da Presidência; Tereza Cristina, ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
 
E ainda tinha, prevista para as 17h, a entrega do Prêmio Moacir Micheletto, condecoração da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) que é concedida anualmente a personalidades de destaque na defesa e promoção da agropecuária brasileira. Ou seja, a bancada ruralista. Daí a presença da ministra da Agricultura. Só que a entrega foi no gabinete do presidente. E sem transmissão da internet.
 
Já que estamos falando de homenagem, hoje haverá a entrega do Prêmio Transparência e Fiscalização Pública – Edição 2021. Na edição deste ano será agraciado, na categoria governamental, o ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal e presidente do Tribunal Superior Eleitoral, por sua condução no combate às fake news durante as eleições municipais de 2020.




 
A sociedade civil também será homenageada. Na categoria sociedade civil, o premiado foi o Observatório da COVID-19, que tem sido importante na divulgação independente de informações baseadas em dados e análises científicas sobre o coronavírus.
 
A homenagem póstuma coube ao jornalista Cláudio Weber Abramo pela atuação na luta com a ONG Transparência Brasil. O prêmio é concedido, anualmente, há mais de 15 anos, a entidades que se destacam pela inovação e a eficiência na transparência da gestão dos recursos públicos.
 
Só que tem, antes de finalizar, ainda mais um registro envolvendo o ministro do STF Luís Roberto Barroso. Ele deu prazo de 48 horas para que o governo federal se manifeste sobre os passageiros que desembarcarem no Brasil sem passaporte da vacina contra a pandemia da COVID-19.




 
A decisão atende a uma ação apresentada pela Rede Sustentabilidade. Melhor então seguir o ministro Barroso antes do início de mais um dia de encontros e desencontros.

Radar e ruídos

As bolsas europeias, a maioria dos índices futuros americanos e o petróleo sobem na esteira de estudos preliminares indicando que a nova variante do coronavírus, a Ômicron, não tende a provocar casos graves da doença. Portanto, afasta por ora a possibilidade de adoção de medidas restritivas austeras no mundo, a despeito de as incertezas continuarem no radar. Ficam no radar dos investidores ruídos políticos envolvendo a Petrobras, espera da promulgação da PEC dos Precatórios no Senado e do Comitê de Política Monetária (Copom), que é quem decide a Selic.

Coronavírus

“Assim como investimos em forças armadas, serviços secretos e diplomacia para nos defender de guerras, devemos investir em pessoas, pesquisa, manufatura e instituições para nos defender de pandemias.” A pesquisadora da vacina da Oxford-AstraZeneca, Sarah Gilbert, deixou claro que “esta não será a última vez que um vírus ameaçará a nossa vida e os meios de subsistência, e pediu mais financiamento para que a ciência esteja melhor preparada. Os avanços que fizemos e o conhecimento que adquirimos não devem ser perdidos”.

Será que vai?

A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado Federal (SF) deve votar, hoje, o projeto sobre a alta dos combustíveis. “Todo esse lucro da Petrobras está sendo pago pelo brasileiro na hora de consumir o combustível, e nos juros mais elevados”, reclamou o autor da proposta original, Rogério Carvalho (PT-SE). E ele foi acompa- nhado pelo senador Omar Aziz (foto) (PSD-AM). E o amazonense foi direto ao ponto: “O assunto é urgente e o Poder Executivo permanece de braços cruzados”. A única coisa que a CAE não poderá fazer é se omitir e deixar de votar.




Tem mais...

Do presidente Bolsonaro. Ele disse que não afirmaria que há casos de corrupção no seu governo. Alegou, que se ocorrer, será investigado. A declaração foi na conversa de sempre com apoiadores na saída do Palácio da Alvorada. “Não vou dizer que meu governo não tem corrupção porque a gente não sabe o que acontece. Se tiver problema no meu governo, a gente vai investigar. Não posso dar conta de mais de 20 mil servidores comissionados, de ministérios com 300 mil funcionários. A maioria é de pessoas honestas?”  “Ué, mudou?”, indagou a deputada Sâmia Bomfim (Psol-SP). 

pingafogo

Em tempo, sobre a nota “Radar e ruídos”: a informação consta do relatório Focus, ontem, do Banco Central (BC). A meta de inflação de 2022 é de 3,5% e será cumprida se oscilar entre 2% e 5%. O mercado projeta 5,02%. As projeções foram colhidas semana passada com 
mais de 100 instituições financeiras.

De passagem pelo Nordeste, o pré-candidato à Presidência da República e ex-ministro Sergio Moro (Podemos) posou com um chapéu de cangaceiro ao lado de apoiadores. Foi domingo, no Recife.

E para quem se dizia um ministro técnico, Moro está cada vez mais político: já confirmou presença na filiação do ex-procurador Deltan Dallagnol ao Podemos, na próxima sexta-feira.

Já que tem até chapéu usado no cangaço, é suficiente por hoje. Mas pelo jeito deve estar pegando o traquejo político. Sendo assim… FIM! 
 
 
 




audima