“Eu sempre deixei claro a minha incompatibilidade em estar do mesmo partido do presidente da República, Jair Messias Bolsonaro (PL). Mas faço questão de deixar claro que não é por nenhuma antipatia de cunho pessoal, mas porque considero que ele não é o melhor para o futuro do país.”
Tudo isso partiu do vice-presidente da Câmara dos Deputados, Marcelo Ramos (AM). E ele fez questão de avisar: “Não posso comprometer o que eu acredito ser melhor para as futuras gerações e para as pessoas que eu represento pelo desejo do meu projeto eleitoral ou partidário”.
Ramos não quis falar sobre para qual partido iria, mas a certeza é de que não será um partido de esquerda. E ele deixou claro que embora haja convites do PDT, por exemplo.
Nos bastidores, aliados ao político afirmam que será PSD ou União Brasil. “O casamento às vezes acaba, vai cada um para um lado. Que bom quando termina de forma amigável”, ressaltou ainda Marcelo Ramos. E tem ainda a carta que ele enviou ao presidente do PL, Valdemar da Costa Neto.
Melhor então mudar de assunto, já que o presidente Bolsonaro, várias vezes, gosta de fazer uma gracinha. Ontem, ele classificou como uma coleira o que foi denominado como o passaporte da vacina. É isso mesmo, aquele adotado em várias partes do mundo, em outros países e defendido por cientistas e até pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) como requisito para a entrada de viajantes no Brasil.
Ele fez a declaração em discurso no Palácio do Planalto, durante cerimônia de assinatura dos contratos com as empresas vencedoras do leilão do 5G.
Ainda no discurso, o presidente Bolsonaro se esmerou: “Nós vemos uma briga enorme aqui agora sobre passaporte vacinal. Quem é favorável, não se esqueça: amanhã, alguém pode impor algo para você que você não seja favorável. E a gente pergunta: quem toma vacina pode contrair o vírus? Pode e contrai. Pode transmitir? Sim e transmite. Pode morrer? Sim, pode, como tem morrido muita gente, infelizmente”. E, antes de encerrar, o presidente se esmerou ao questionar: “A gente pergunta: por que o passaporte vacinal? Por que essa coleira que querem colocar no povo brasileiro?”.
Bem amigável
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e o presidente da Rússia, Vladimir Putin (foto), tiveram uma conversa virtual de duas horas sobre a Ucrânia e outras disputas, ontem. Imagens da televisão russa mostraram Biden e Putin se cumprimentando amistosamente no início do que se esperava ser uma conversa tensa. Afinal, o encontro se deu em meio aos temores ocidentais de que a Rússia esteja prestes a invadir a sua vizinha. Os dois presidentes conversaram duas horas e um minuto, informou a Casa Branca. Isso é que precisão. Um minutinho.
Mais Bolsonaro
“Eu não sei onde estava com a cabeça. Eu confesso. Mas agora é uma missão. Nós devemos unir forças, unir meios para cumprir essa missão. O que mais peço a Deus é ter condições de, lá na frente, entregar o governo para alguém de forma bem melhor do que recebemos em 2019. Não é fácil ser presidente, mas com boas pessoas do seu lado, com o auxílio de todos, superaremos esses obstáculos.” E deixou claro: “Tenho grande honra de ser presidente da República e uma coisa que me conforta é não ter comunista sentado na minha cadeira”, concluiu.
E teve sensatez
“É uma decisão que me parece sensata, que tem compromisso com a solução do problema.” Assim começou o presidente do Congresso, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG). “Há um entendimento importante que não é só para Judiciário e Le- gislativo, mas que o orçamento precisa ser executado porque isso é saúde, educação, infraestrutura, investimento para o Brasil todo. Obviamente que queremos transparência e melhor emprego desses recursos e vamos buscar os mecanismos próprios para isso.” Ele se referia à ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) Rosa Weber.
Falta o filtro
A Câmara dos Deputados realizou, ontem, sessão solene para a entrega do Prêmio Transparência e Fiscalização Pública – Edição 2021. Um dos homenageados foi o ministro do Supremo Tribunal Federal Luís Roberto Barroso, presidente do Tribunal Superior Eleitoral, que ganhou na categoria governamental. Melhor dar a ele a sua própria voz: “Infelizmente, com essa ausência de um filtro, as mídias sociais também se tornaram um espaço para a prática de crimes. Terrorismo, pedofilia, ódio racial. Um espaço para a difusão de informações falsas e ataques à democracia”.
Pinga fogo
Em tempo, sobre a nota “Falta o filtro”: o prêmio Transparência e Fiscalização Pública é concedido anualmente, há mais de 15 anos, a entidades que se destacam pela inovação e eficiência na transparência da gestão administrativa, patrimonial e financeira dos recursos públicos.
O Congresso Nacional estará iluminado na cor laranja até hoje, em apoio à campanha nacional de prevenção do câncer de pele. Conhecida como Dezembro Laranja, a iniciativa foi criada em 2014 pela Sociedade Brasileira de Dermatologia.
A campanha recomenda, além do uso do álcool em gel, máscaras e o devido respeito ao distanciamento social. E ressalta que a população adote hábitos de fotoproteção, como o uso de chapéu, óculos de sol e protetor solar.
Por fim, “a pesquisa econômica da Boa Vista mostra que há uma expectativa positiva crescente entre os empresários. Os setores de comércio e serviços estão retomando o fôlego para investir, contratar e voltar aos patamares pré-pandemia.”
Diante de uma boa notícia, o melhor a fazer é o registro de sempre. FIM!