Jornal Estado de Minas

EM DIA COM A POLITICA

Um presidente 'sortudo', às avessas, e a inclusão social na internet

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“Terei dois períodos de folga esse ano: cinco dias agora no Natal e cinco dias depois…Não estou reclamando não, a missão eu fui atrás dela porque quis, fui candidato porque quis…Dei azar e ganhei”. O fato é que o presidente da República Federativa do Brasil, Jair Messias Bolsonaro (PL), ironizou a sua própria eleição.





 

Só que o próprio presidente avisou que vai tratar com a equipe econômica sobre reajuste salarial para agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Polícia Federal (PF) e do Departamento Penitenciário Nacional (Depen) até o ano que vem.

 

“Temos que valorizar vocês também, não podemos ficar apenas nos discursos e nas promessas”. Só que não deste jeito. O presidente Jair Bolsonaro subiu o tom contra o uso de máscaras. “Aqui é proibido usar máscara”, disse o presidente em vídeo gravado com cantores de forró, no Palácio do Planalto.

 

O encontro foi divulgado nas redes sociais do presidente e ocorreu antes de uma cerimônia para celebrar o “Dia do Forró”, em homenagem ao aniversário do sanfoneiro Luiz Gonzaga. Nenhuma das autoridades usou máscara durante a cerimônia, que, como não poderia deixar de ser, teve aglomeração. E olha que tinha por lá uma coleção de ministros e convidados. Tudo isso foi na segunda-feira.





 

Já ontem, o Ministério da Educação (MEC) e a Fundação Banco do Brasil firmaram um acordo de cooperação técnica para levar internet às escolas públicas do país. Por meio do convênio, cerca de 500 escolas que apresentam baixos índices de conectividade e de defasagem dos alunos serão contempladas.

A presidente da Fundação Banco do Brasil, Eveline Veloso Susin, acredita que as mudanças estruturais na educação vão ocorrer a partir da inclusão social dos cidadãos. Melhor ela própria deixar claro.

 

“O acordo com o MEC estabelece um conjunto de ações de capacitação de professores e gestores de 500 escolas públicas situadas em região de baixa ou nenhuma conectividade em todas as regiões do país e que apresentem altas taxas de distorção idade–série”, diz ainda Eveline Veloso Susin.





 

“Que juntos, nós possamos oferecer essas formações disponíveis na nossa plataforma digital Avamec e nos integrarmos, ampliando a conectividade em escolas públicas e reduzindo a exclusão digital que ainda existe em níveis altos em nosso país”. Desta vez, quem diz é o secretário–executivo do MEC, Victor Godoy.

Diante de tudo isso, é melhor encerrar por hoje, bem educadamente, como convém, diante a boa notícia, o que costuma ser raro atualmente na política nacional.

Suba os juros

“O imposto mais maligno que nós temos é a inflação. Nós já tivemos essa experiência no passado. É muito importante agir de forma rápida, consistente, com linguagem transparente, para que consiga abortar esse processo de desancoragem…” Eu, hein! Que transparência é esta? Meu caro Roberto Campos Neto, você já tinha falado “desancoragem” antes de entrar no cargo? Deixa para lá. A notícia que interessa é que Banco Central (BC) usou o seu principal instrumento para conter o aumento de preços. É aumentar os juros, usando a tal taxa Selic para frear a inflação.

Vale alertar

“É questão de priorização. A ordem importa. Dar reforços a grupos com risco baixo de doenças graves ou mortes simplesmente ameaça as vidas daqueles com risco alto que estão esperando suas doses primárias por causa de restrições de suprimento”. Quem diz é o diretor–geral da Organização Mundial de Saúde, Tedros Adhanom Ghebreyesus, em um briefing virtual. “Por outro lado, dar doses adicionais a pessoas com risco alto pode salvar mais vidas do que dar doses àqueles com risco baixo”. A OMS receia que as pessoas estejam minimizando a Ômicron por considerá–la amena.





Olhar feminino

“O Parlamento se torna melhor e a qualidade dos debates legislativos se amplia com a participação das mulheres”, ressaltou o presidente da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), deputado Agostinho Patrus. Foi durante em evento pertinente, ontem, que tratou da instalação da Procuradoria da Mulher na Casa. O evento também marcou o início dos trabalhos da Defensoria Pública do Estado no Espaço Cidadania do Parlamento mineiro. E não ficou só no discurso.

Sem agredir

“A liberdade de imprensa deve ser ampla. Jamais vamos estimular agressões. Jamais iremos propor controle sobre a imprensa, social ou qualquer que seja o nome com que se queira disfarçar a censura”, escreveu O pré–candidato à Presidência Sergio Moro (Podemos) defendeu, ontem, a imprensa brasileira. De acordo com o ex–ministro da Justiça, a “imprensa não se controla, muito menos se agride”. O comentário do ex–juiz da Lava–Jato foi feito em meio à polêmica envolvendo uma jornalista da TV Bahia, que foi alvo de seguranças e apoiadores do presidente Bolsonaro (PL).

Tem de doar

A primeira-dama, Michelle Bolsonaro, esteve em frente ao Palácio do Planalto, para participar da campanha pela doação de Medula Óssea. Para a iniciativa, Michelle se fantasiou com um nariz típico e maquiagem, usando um jaleco da Trupe Doutores de Esperança de Brasília e da Trupe Miolo Mole, organizações que fazem ações do tipo. “Hoje nós estamos fazendo a conscientização em alusão à semana do doador de medula óssea”, explica Michelle. A semana de mobilização nacional para Doação de Medula Óssea vai até 21 deste mês.





 

Em tempo: além da Legislatura com o maior número de mulheres da história, Agostinho Patrus tem pautado projetos para enfrentar a violência contra mulheres e que permitem mais representatividade política. Exemplo mais recente foi a criação da bancada feminina na ALMG. Hoje, elas são nove na Casa.

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