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EM DIA COM A POLÍTICA

O Centrão acabou tirando Olavo de Carvalho de cena no governo

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“O Brasil não quer vacina chinesa obrigatória, o STF quer. Quem manda mais? O Brasil não quer ideologia de gênero nas escolas infantis. O STF quer. Quem manda mais? O BRASIL NÃO MANDA NADA”, escreveu o escritor Olavo de Carvalho, que morreu ontem, em 27 de outubro de 2020, no Facebook.





“Na França, o primeiro-ministro e o ministro da Saúde, que vetaram a cloroquina, perderam os cargos e respondem a processo. No Brasil, xingado de genocida é o presidente, que, liberando a cloroquina, salvou milhares de vidas. Esse país é o paraíso da ignorância", escreveu Olavo em 15 de julho de 2020.

Na realidade, a demissão dos ministros franceses citada pelo escritor não teve relação com proibição de cloroquina. Nada, nada mesmo. E tem mais, desta vez de Olavo mesmo: “O medo de um suposto vírus mortífero não passa de historinha de terror para acovardar a população e fazê-la aceitar a escravidão como um presente de Papai Noel”.

A eleição do presidente Jair Messias Bolsonaro levaria muitos dos pensamentos de Olavo para o coração do governo brasileiro, como a defesa da família tradicional e do amplo direito ao uso de armas, principalmente por meio da influência de um dos filhos do presidente, seu grande admirador, o deputado federal Eduardo Bolsonaro.





Chegou a ter discípulos seus no primeiro escalão do governo, caso dos ex-ministros Ernesto Araújo, o chanceler, leia-se Relações Exteriores, e Abraham Weintraub na Educação. E tem mais gente, ainda nos corredores do Palácio do Planalto.

Ainda estão no governo de Bolsonaro vários olavistas, como o secretário de Alfabetização do Ministério da Educação, Carlos Nadalim, e o assessor especial para Assuntos Internacionais da presidência, Filipe Martins. Só que o grupo de Olavo acabou perdendo espaço para setores mais pragmáticos, já que o Centrão entrou em cena.

E teve um pouco de sensatez diante de tudo isso. “Independentemente da diferença de opinião, o desaparecimento do professor Olavo de Carvalho deixa uma lacuna no pensamento brasileiro. Defensor intransigente da liberdade e da livre-iniciativa, fundamentos da democracia, ele sustentou valores conservadores caros à nossa sociedade.” Quem publicou foi @GeneralMourao, isso mesmo, o vice-presidente da República, Hamilton Mourão (PRTB).





Já o senador Renan Calheiros (MDB-AL) comentou sobre a morte do escritor: “Negou o vírus, escarneceu dos mortos, não se vacinou, morreu do vírus e será sepultado na Terra redonda. Mas, ainda assim, ao contrário dele, não festejo sua morte. Lamento todas as mortes e as vítimas da pandemia da COVID-19 e deploro ainda mais o negacionismo que as provocou”.

Dia de Luto

“É a maior tragédia da história de Minas Gerais, nós não podemos esquecê-la jamais. Tem que servir de exemplo para que todos compreendam, de uma vez por todas, que o cuidado com a vida das pessoas deve sempre estar acima de qualquer interesse.” Essas foram as palavras do presidente da Assembleia Legislativa, deputado Agostinho Patrus (PV), ao conduzir, ontem, a homenagem do Parlamento estadual às vítimas da tragédia em Brumadinho, no dia em que o desastre completou três anos. A data faz parte do calendário oficial do estado como Dia de Luto, a partir de uma lei, de autoria da própria ALMG, aprovada em 2020.

A meio mastro

“A Assembleia nunca deixará de reverenciar e homenagear as 272 pessoas que, assim como seus amigos e familiares, tiveram seus sonhos interrompidos.” O ato – singelo, mas marcado por muita emoção – foi iniciado às 12h28, hora exata em que ocorreu o rompimento da barragem, três anos atrás. Agostinho Patrus procedeu ao arriamento das bandeiras de Minas e de Belo Horizonte, que permaneceram a meio mastro durante todo o dia. Em seguida, na companhia de outros deputados, depositou flores no memorial em homenagem às vítimas, na Praça da Assembleia.





As barragens

De acordo com o procurador-geral de Justiça, Jarbas Soares Júnior, os problemas ocasionados pelas atividades de mineração no estado são antigos, mas as tragédias em Brumadinho e Mariana deixaram a população e as autoridades mais preocupadas com a situação. “Não estamos seguros de que nada vai acontecer, mas as autoridades e o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) têm cobrado, tanto que todas as empresas tiveram que certificar a situação das barragens.” Ele pediu às mineradoras relatórios sobre a situação de 25 barragens em todo o território mineiro.

Você já pagou

A arrecadação federal soma R$ 1,87 trilhão em 2021 e bateu recorde. Em valores corrigidos pela inflação, a arrecadação totalizou R$ 1,971 trilhão, o que mostra alta real de 17,36% na comparação com o mesmo período do ano passado, quando ela foi de R$ 1,679 trilhão. Algo a comemorar? Com isso, o resultado representa a maior arrecadação em 27 anos. Os números da Receita Federal mostram que essa foi a maior arrecadação para um ano desde o início da série histórica, em 1995. O fato é que esses registros quem paga a conta são os contribuintes dos impostos.

Motivos pessoais

Foi o que alegou o diretor-geral da Itaipu Binacional, general João Francisco Ferreira, ao pedir demissão do cargo. Ele agradeceu o apoio e o comprometimento dos parceiros da usina. Ferreira ocupava o posto desde 7 de abril de 2021, sucedendo ao general Joaquim Silva e Luna, então nomeado para a presidência da Petrobras. No período em que esteve no cargo, a Itaipu alcançou a marca de 2,8 bilhões de megawatts/hora gerados desde o início da operação da usina, consolidando-se como a hidrelétrica que mais produziu energia no mundo.





Pinga-fogo

Em tempo: Jarbas Soares informou ainda que, por causa do período chuvoso no estado, solicitou às mineradoras relatórios sobre a situação de 25 barragens em território mineiro. E que vai recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF) para manter a competência para julgamento no estado.

Mais um Em tempo, sobre a nota Motivos pessoais: as ações na gestão ambiental e de desenvolvimento territorial também progrediram e um dos símbolos desse trabalho foi atingir a marca de 24 milhões de árvores plantadas nas áreas protegidas da margem brasileira da binacional.

O presidente Jair Messias Bolsonaro (PL) decretou luto oficial de um dia por causa da morte do escritor Olavo de Carvalho, considerado o guru intelectual dos bolsonaristas. A medida foi publicada em edição extra, ontem mesmo, do Diário Oficial da União (DOU).

Arthur Lira e seus advogados querem de qualquer jeito que a Câmara dos Deputados crie uma CPI contra Sergio Moro. Odeiam o ex-juiz e enxergam uma oportunidade de aniquilá-lo politicamente. O Centrão, no entanto, está dividido sobre a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI).

Em discussões fortes, chefes políticos de partidos como PL, PP e Republicanos questionam a estratégia. Alguns acreditam que uma CPI terá o resultado oposto: vitimizar e fortalecer Moro. Sendo assim… FIM!
 




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