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EM DIA COM A POLÍTICA

Mais um dia de bombas e de boicote à Rússia por invasão

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O primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, deixou claro que o presidente da Rússia, Vladimir Putin, “está muito enganado” se acha que a invasão da Ucrânia fará com que a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) vá recuar das fronteiras no Leste Europeu. “Putin terá mais Otan, e não menos”, alertou o premiê Boris Johnson em coletiva de imprensa.





Ele estava junto da primeira-ministra da Estônia, Kaja Kallas, e do secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg. E coube a ele ressaltar, com toda razão, que “a Otan é uma aliança de defesa, não buscamos conflito”.

A presidente do Parlamento Europeu, Roberta Metsola, optou por pedir à União Europeia que dê total apoio para que o Tribunal Penal Internacional investigue possíveis crimes de guerra cometidos pela Rússia na invasão militar da Ucrânia.

“Vamos apoiar a jurisdição do Tribunal de Haia para investigar crimes de guerra na Ucrânia e para responsabilizar o presidente russo, Vladimir Putin, e o presidente bielorrusso, Alexander Lukashenko”, disse Roberta ao abrir a sessão plenária extraordinária que o Parlamento Europeu convocou para discutir “a agressão russa contra a Ucrânia”.





O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, afirmou que a Rússia atacou um memorial do Holocausto em Kiev. “Ao mundo: qual o sentido de dizer nunca mais por 80 anos, se o mundo fica quieto quando uma bomba cai no sítio de Babyn Yar? Ao menos cinco pessoas morreram, é uma história que se repete”, afirmou. O local lembra o extermínio de 30 mil judeus durante a Segunda Guerra Mundial pelos nazistas.

A torre de comunicações e transmissão de Kiev foi atacada ontem, conforme haviam alertado as agências de notícias russas Tass e RIA. As emissoras de televisão também saíram do ar logo depois da explosão, mas o governo tenta restaurar a transmissão. Ainda de acordo com o Ministério da Administração Interna da Ucrânia, “os canais não conseguiriam funcionar por um certo tempo”.

Por fim, o Festival de Cannes tornou-se a mais recente organização internacional a expressar a sua solidariedade à Ucrânia. Foram anunciados boicotes contra a Rússia. O fato é que a organização do evento apontou que, a menos que a invasão russa termine com condições aceitáveis para a Ucrânia, não receberia nenhuma delegação russa ou qualquer pessoa ligada ao governo russo em sua edição de 2022.





“Por mais modestos que sejamos, unimos nossas vozes aos que se opõem a essa situação inaceitável e denunciamos a atitude da Rússia e de seus líderes.” Ainda de Cannes.


Ainda insiste

O presidente Jair Bolsonaro (PL) passeou de jet-ski, provocou aglomerações e tirou foto com apoiadores ontem. Ele postou imagens nas redes sociais em que aparece na praia neste feriado de carnaval. Para deixar claro, ele está hospedado no Forte dos Andradas, em Guarujá, desde sábado. Já no domingo, o presidente havia dito que o voto do Brasil em resolução da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre o conflito entre Rússia e Ucrânia é livre, com equilíbrio. Acrescentou que não defende “nenhuma sanção ou condenação ao presidente Putin”.

Tá bloqueada, tá...

Depois da suspensão no Instagram, a deputada federal Bia Kicis (PSL-DF), que é a presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados, o que parece piada pronta, agora foi bloqueada no YouTube. O vídeo retirado do canal é uma live publicada em 6 de janeiro. A burrice total é que ela defendeu que crianças não sejam vacinadas. “Agradeço a todos que se inscreveram no meu canal reserva, mas fui informada pelo YouTube de que se eu fizer a live por lá isso seria considerada (sic) uma burla à minha suspensão.” Teve mais, mas basta.

Notícia velha

Mas como nem foi no Brasil, vale o registro. O ministro astronauta Marcos Pontes assumiu ontem a intenção de disputar uma vaga de deputado federal por São Paulo, como já vinha dando pistas e confirmando nos bastidores. “Sim, eu sou mesmo pré-candidato a deputado federal por São Paulo”, afirmou Marcos Pontes, em entrevista coletiva à imprensa durante o Mobile World Congress (MWC), evento de telecomunicações que ocorre nesta semana na cidade de Barcelona, na Espanha. Sendo assim, fica aí o comunicado do político agora, não o do astronauta.





Uma quentinha

A Federação Internacional de Vôlei (FIVB) anunciou que não mais realizará na Rússia o Campeonato Mundial masculino da modalidade, programado para os meses de agosto e setembro de 2022. Tudo, óbvio, por causa da invasão russa à Ucrânia. A decisão foi tomada pelo Conselho de Administração da entidade. A federação deliberou também que “todas as seleções, clubes, oficiais e atletas de vôlei de praia e vôlei de neve” da Rússia ficam inelegíveis para participar das competições internacionais e continentais.

Outra fervendo

Numa sinalização de mudança na posição da China, que até agora vinha culpando a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) pelo confronto e evitando criticar a Rússia, o ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi Wang, lamentou o conflito, chamando-o pela primeira vez de “guerra”, e ressaltou estar “extremamente preocupado” com os danos aos civis. “Em vista da crise atual, a China pede à Ucrânia e à Rússia que encontrem uma solução para a questão por meio de negociações”, informou a chancelaria chinesa também em nota.

Pingafogo


.Em tempo: Bia Kicis está entre os investigados no inquérito que apura fake news e ameaças contra ministros no Supremo Tribunal Federal (STF). Ah! Ela publicou no Telegram: “Poderei perder em definitivo ambos os meus canais”.





.Mais um Em tempo, que vem da nota Uma quentinha: o Comitê Olímpico Internacional (COI) recomendou que as federações esportivas internacionais proíbam atletas e autoridades russas e bielorrussas de competirem em seus eventos.

.Quatro pré-candidatos a presidente da República Federativa do Brasil  divulgaram nota conjunta condenando a “neutralidade” defendida pelo presidente Jair Messias Bolsonaro (PL) por causa da posição do Brasil com relação à invasão da Ucrânia pela Rússia.

.A nota é assinada pela senadora Simone Tebet (MDB-MS), pelo governador de São Paulo, João Doria (PSDB), pelo ex-juiz federal e ex-ministro da Justiça e Segurança Pública Sérgio Moro (Podemos-PR) e pelo cientista político Felipe d’Ávila (Novo-SP).

.O melhor a fazer, então, é decretar que basta por hoje. Com feriado e tudo, o restante da semana ainda promete. FIM!