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Estado de Minas EM DIA COM A POLÍTICA

Avião da FAB vai trazer pela menos 40 brasileiros refugiados da Ucrânia

O ministro da Defesa, Walter Braga Netto, disse que ''o Brasil tem vocação acolhedora. Nossa gente se mostra solidária'"


08/03/2022 04:00 - atualizado 08/03/2022 07:08

Ministros na Base Aérea de Brasília
Braga Netto e outros ministros acompanharam a decolagem do avião na Base Aérea de Brasília (foto: ED ALVES/CB/DA. PRESS)

Um avião KC-390 Millennium, da Força Aérea Brasileira (FAB), decolou, ontem, às 15h, da Base Aérea de Brasília rumo à Polônia. A missão é resgatar os brasileiros que conseguiram escapar do território ucraniano. A missão leva ainda 11,6 toneladas de alimentos, remédios e itens de necessidade básica para auxiliar as vítimas da guerra. O voo deve chegar a Varsóvia amanhã e o retorno ao Brasil vai trazer o grupo de 40 brasileiros repatriados, 23 ucranianos, uma pessoa da Polônia, além de seis pets.

E, como não poderia de ser, teve uma cerimônia antes da decolagem, que contou com a participação dos ministros da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres; da Defesa, óbvio que não poderia faltar o toque mineiro. Como não poderia deixar ser, teve a presença do general Walter Braga Netto, que é de Belo Horizonte.

Mas teve mais, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, e ainda, é claro, o interino das Relações Exteriores, o diplomata Fernando Simas Magalhães.

De volta a Braga Netto. “O Brasil tem vocação acolhedora. Historicamente, nossa gente se mostra solidária. Assim foi no apoio ao Líbano, em 2020, e ao Haiti, em 2021”, disse o ministro mineiro na cerimônia.

Mais de 1,7 milhão de ucranianos fugindo da invasão da Rússia cruzaram até agora para a Europa Central, disse a agência de refugiados da Organização das Nações Unidas (ONU) até ontem, e um sem-número de outros milhares cruzavam as fronteiras.

Só a Polônia, que é responsável pela maior comunidade ucraniana da Europa Central, já recebeu mais de um milhão de refugiados ucranianos desde que o início do conflito, em 24 de fevereiro, e chegou ao marco ultrapassado que era no domingo.

“Um milhão de tragédias humanas, um milhão de pessoas expulsas de suas casas pela guerra.” Um total de 1.735.068 civis, a maioria mulheres e crianças, já que os homens ficaram no país para lutar, cruzaram a fronteira para a Europa Central, informou o Alto Comissariado da Organização das Nações Unidas (ONU) para os refugiados.

A União Europeia (UE) pode receber até 5 milhões de refugiados ucranianos se o ataque da Rússia à Ucrânia continuar, disse o principal diplomata da UE, Josep Borrell. A Rússia chama suas ações na Ucrânia de Operação especial.

Mamãe Falei

O Conselho de Ética da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) recebeu ontem 11 representações pela cassação do mandato do deputado estadual Arthur do Val (Podemos), conhecido como Mamãe Falei. Em áudios que vazaram, ele disse, em viagem à Ucrânia invadida pela Rússia, que as mulheres ucranianas são "fáceis, porque são pobres". Ele deverá ser investigado pelo conselho e as representações devem tramitar por até 30 dias. E a tendência na Alesp é pela cassação pelas falas absurdas do parlamentar.

Pegou pesado

Em sessão deliberativa da Comissão de Direitos Humanos (CDH) do Senado Federal,  o presidente do colegiado, Humberto Costa (PT-PE), apresentou requerimento de moção de repúdio ao deputado estadual Arthur do Val (Podemos-SP), por suas declarações sobre as mulheres ucranianas. Os áudios com as declarações foram feitos durante a viagem do deputado estadual à Ucrânia, e foram classificados como “profundamente violentos”. E teve mais um requerimento de sua autoria: o senador petista pede a convocação de Arthur do Val para que preste explicações à CDH.

O petróleo caro

Preço dos combustíveis, que já vinha subindo no Brasil, tende a disparar com a guerra entre a Rússia e a Ucrânia. “Agora, tem uma legislação errada feita lá atrás que você tem a paridade com o preço internacional, ou seja, o que é tirado do petróleo, leva-se em conta o preço fora do Brasil, isso não pode continuar acontecendo. Estamos vendo isso aí sem mexer, sem nenhum sobressalto no mercado.” Quem disse foi o presidente Jair Messias Bolsonaro (PL), ao ressaltar que a questão do petróleo “é grave, mas poderá ser resolvida sem maiores problemas”.

A boa desculpa

Bolsonaro voltou a citar a guerra na Ucrânia para defender a aprovação do projeto de lei que regulamenta a mineração em terras indígenas, enviado há dois anos pelo governo ao Congresso Nacional. Ele insiste nisso já faz tempo, agora arranjou uma boa desculpa: “Com essa crise internacional, dada a guerra, o Congresso sinalizou em votar esse projeto em regime de urgência. Eu espero que seja aprovado na Câmara agora em março para que, daqui a dois ou três anos, possamos dizer que não somos mais dependentes”. A bancada ruralista, que ele não citou, adorou.

Sua majestade

A rainha Elizabeth II recebeu o primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, no castelo de Windsor. Atrás deles, na mesa de trabalho da rainha, um buquê de flores azuis e amarelas, as cores da bandeira ucraniana, aparecia em um vaso, interpretado como uma sutil mensagem de apoio ao país invadido militarmente pela Rússia. Elizabeth II é também a rainha do Canadá. E Justin Trudeau já a viu várias vezes quando criança por meio de seu pai, Pierre Trudeau, um dos chefes de Estado canadenses mais antigos.

PINGA FOGO

  • Em tempo, sobre a nota Pegou pesado: “Isso envergonha o Brasil, infelizmente, porque ele é deputado estadual. E oxalá a Assembleia Legislativa de São Paulo termine esse processo com a cassação do mandato deste deputado”. Desta vez é o senador Flávio Arns (Podemos-PR).
  • E tem Minas na parada: o deputado federal Mário Heringer (PDT-MG) defende os direitos das mulheres na Câmara dos Deputados, em Brasília. “É importante termos uma data para reverenciar as mulheres, mas a luta das mulheres por seus direitos deve ser constante”.
  • O Projeto de Lei 242/22, em análise na Câmara dos Deputados, cria programa de treinamento funcional para crianças e adolescentes com deficiência. Pelo texto, o programa deverá ser instituído pelas prefeituras.
  • Elas poderão celebrar parcerias com instituições públicas e privadas, e deverá ser aplicado por um profissional de educação física. Quem apresentou a proposta foi o deputado tucano Alexandre Frota (PSDB-SP). E ele diz ser possível conseguir o máximo de independência com deficiência motora.
  • Diante de tudo isso, com a semana ainda começando, o melhor a fazer é encerrar por hoje. Vêm mais polêmicas por aí, pode escrever. Sendo assim… FIM!
 
 

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