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EM DIA COM A POLÍTICA

A medalha de mérito indígena concedida a Bolsonaro pegou muito mal

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O presidente da República, Jair Messias Bolsonaro (PL), vestiu um cocar, ontem para receber, em cerimônia no Ministério da Justiça, a Medalha do Mérito Indigenista. Ela foi criada em plena ditadura militar e é uma honraria criada em 1972 para homenagear as personalidades que se destacam pela proteção e promoção dos povos indígenas brasileiros.





No dia em que saiu a condecoração no Diário Oficial da União (DOU), a líder indígena Sônia Guajajara, da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib), deixou claro que a homenagem “é uma afronta total ao movimento indígena, ao ato pela terra, a tudo que a gente está fazendo para contrapor todas essas maldades desse governo”.

A escolha do presidente Jair Messias Bolsonaro (PL) para receber a medalha não foi bem recebida entre entidades e associações representativas dos povos indígenas. A cerimônia não constou na agenda oficial do presidente da República e foi fechada à imprensa.

O sertanista Sydney Possuelo, ex-presidente da Funai e uma das maiores autoridades sobre a questão indígena do país, devolveu ontem a Medalha do Mérito Indigenista, que tinha recebido há nada menos que 35 anos.





Foi em protesto à concessão da honraria ao presidente Jair Messias Bolsonaro, que em várias oportunidades se colocou contra os direitos dos povos originários. E fez questão de lembrar um exemplo ao criticar a possibilidade de o Supremo Tribunal Federal (STF) não acatar a tese do novo marco temporal da demarcação das terras indígenas.

Sydney Passuelo terá de esperar. Só em 23 de junho, o STF voltará a julgar o marco temporal para terras indígenas. Esse foi um dos casos mais importantes discutidos durante o ano passado, mas sobre o qual não houve decisão. Será que a novela vai demorar ainda mais?

Melhor esperar, já que tem um registro mais quentinho. O STF formou maioria, ontem, em plenário virtual, para manter a decisão do ministro Ricardo Lewandowski que obriga o governo a alterar as notas técnicas de ministérios que desestimulavam a vacinação infantil.

Como relator, Lewandowski atendeu a um pedido do partido Rede Sustentabilidade, que acionou a corte questionando a utilização do canal de denúncias para receber queixas de pessoas contrárias à vacina da pandemia da COVID-19. Para ser elegante, primeiro as ministras Cármen Lúcia e Rosa Weber, e elas votaram com o relator. Com os votos dos ministros Dias Toffoli, Edson Fachin e Alexandre de Moraes foi formada a maioria seguindo o voto do relator.





Basta um pequeno trecho: “Havendo base técnica e científica, o governo federal é obrigado a disponibilizar vacinas, incentivar a imunização em massa e evitar agir para desestimular a vacinação contra a doença”.

União pela paz

“A Igreja não deve usar a linguagem da política, mas a linguagem de Jesus”, concordou o papa Francisco com o patriarca da Igreja Ortodoxa Russa. “Somos pastores do mesmo povo santo que crê em Deus, na Santíssima Trindade, na Santa Mãe de Deus, para isso devemos unir-nos no esforço pela paz, de ajudar os que sofrem e buscar caminhos de paz, para deter o fogo.” “Confirmo que, ontem, teve videoconferência entre o papa Francisco e sua santidade Kirill, patriarca de Moscou e da Rússia.” Quem informou foi Matteo Bruni, diretor de imprensa da Santa Sé.

Volta ao passado

“O tempo da mudança chegou! Depois de conversar muito e ouvir muito, eu decidi caminhar com o Partido Socialista Brasileiro (PSB). O momento exige grandeza política, espírito público e união. @geraldoalckmin.” Ele fez questão de citar declaração de Eduardo Campos: “Não vamos desistir do Brasil”. Sua morte foi na manhã de 13 de agosto de 2014, quando o jato em que viajava do Rio de Janeiro ao Guarujá caiu em Santos. O fato atual é que ex-governador de São Paulo confirmou a ida para o PSB e pode ser vice-presidente na chapa do petista Lula.




O resumo

“Neste ano, nosso projeto: Eletrobras, Correios, porto de Santos, o maior porto da América do Sul, porto de Vitória, aeroporto Santos Dumont, aeroporto de Congonhas, em São Paulo, e aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro. Isso tudo nós estamos trabalhando”, deixou claro o ministro da Economia, Paulo Guedes, da Escola de Chicago, afirmando que o processo de privatização das empresas e recursos da União está vinculado ao processo de reconstrução da capacidade de investimentos do setor público. O ministro deu palestra para empresários em um hotel de Fortaleza.

Primeiro o aviso

“Tivemos a ideia dessa ação por conta da queda nos últimos anos nas taxas de coberturas de todas as vacinas no Brasil. Elas vêm caindo e esse cenário foi agravado pela pandemia da COVID-19, já que muitas famílias ficaram receosas de frequentar as unidades de saúde e, por isso, deixaram de vacinar os seus filhos.” O alerta partiu do médico Renato Kfouri, presidente do Departamento Científico de Imunizações da SBP, ao explicar o contexto da campanha.

E o V de vacina

O fato é que a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), em parceria com a Associação Médica Brasileira (AMB), acaba de lançar a campanha “V de verdade, V de vacina”, com o lema “Vacina começa com V de verdade, de Vitória, de Vida”. A ação tem como objetivo colaborar com a recuperação das baixas coberturas vacinais do país, a partir da conscientização da população em geral, dos profissionais de saúde e dos gestores públicos.





PINGA FOGO

  • Em Tempo sobre as notas das vacinas: a campanha enfatiza o papel e o desafio do pediatra de fazer com que a imunização de crianças e jovens continue sendo referência mundial, com resultados que refletem na saúde da população. “O pediatra sempre foi o protagonista sobre a vacinação infantil.”
  • E tem mais: o cenário atual põe as conquistas em xeque, alerta Renato Kfouri. Doenças que há décadas eram responsáveis por enormes taxas de mortalidade infantil e expectativa de vida menor voltaram, como sarampo, difteria, pneumonia, meningite, diarreia, febre amarela e por aí vai.
  • O bloqueio do aplicativo de mensagens Telegram em todo o território nacional, ontem, pode atrapalhar bastante a comunicação do presidente Jair Messias Bolsonaro (PL) com os seus apoiadores mais fiéis do governo.
  • Desde o ano passado, Bolsonaro e seus filhos Flávio, Eduardo e Carlos, além de ministros e assessores, vêm utilizando o Telegram para divulgar conteúdo. O grupo considera que a rede é livre de censura e, por isso, usa a plataforma para disseminar textos e vídeos com desinformações que outras redes sociais barravam.
  • Que sexta-feira foi esta, não costuma ser tão agitada na política. Será que o fim de semana vai continuar assim? Melhor esperar. FIM!