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Estado de Minas EM DIA COM A POLÍTICA

Um dia nada educado e haja trocas no governo do presidente Bolsonaro

Empossado em 1º de janeiro de 2019, o governo do presidente Jair Messias Bolsonaro (PL) já passou por nada menos que 28 trocas de ministros desde então


29/03/2022 04:00 - atualizado 29/03/2022 07:28

Ex-ministro da Educação Milton Ribeiro
O ministro da Educação, Milton Ribeiro, deixou o cargo dizendo que não se despediria: "direi até breve" (foto: Reprodução da Internet - 10/7/20)
 
O ministro da Educação, Milton Ribeiro, anunciou sua exoneração da pasta, ontem. “Não me despedirei, direi até breve”, fez questão de avisar o ministro da Educação em carta enviada ao presidente da República Federativa do Brasil, Jair Messias Bolsonaro (PJ).

Milton Ribeiro é alvo de inquérito da Polícia Federal (PF) a pedido do Supremo Tribunal Federal (STF) diante das suspeitas de favorecimentos a pastores na distribuição de verbas volumosas do Ministério da Educação (MEC). A informação foi obtida com exclusividade pela analista de política da CNN Thais Arbex.

“Quando o senhor precisou, em sua indicação, eu o defendi, quando errou empregando esquerdistas eu o repreendi. Hoje peço por favor, se licencie até o término das investigações, pois nós evangélicos estamos sangrando. Sendo provada a inocência, retorne ao cargo”, publicou @marcofeliciano.

Para deixar mais claro, o deputado Marco Feliciano (PL-SP) pediu que o ministro da Educação, Milton Ribeiro, se afaste do cargo até que as suspeitas de atuação irregular de pastores junto à pasta sejam devidamente esclarecidas.

Os pastores a que o ministro se refere no áudio são Gilmar Santos e Arilton Moura. Eles não têm cargo no governo, mas nos últimos anos participaram de várias reuniões com autoridades e tiveram encontros com Bolsonaro.

Empossado em 1º de janeiro de 2019, o governo do presidente Jair Messias Bolsonaro (PL) já passou por nada menos que 28 trocas de ministros desde então. A mais recente, oficializada, ontem, é a saída já citada do ministro da Educação, Milton Ribeiro, a pasta, c terá seu quinto ministro.

O número de alterações deve subir até o início de abril, quando termina o prazo para que os ministros deixem seus cargos para concorrer nas eleições de outubro. Pelo menos nove titulares da formação atual da Esplanada dos Ministérios devem deixar os postos.

Até esta segunda-feira, para ficar bem claro, são apenas oito ministros, é isso mesmo, que tomaram posse com o presidente da República Jair Messias Bolsonaro (PL) desde a posse e seguiam nos mesmos cargos.

O presidente não é o campeão. O número de trocas só é menor do que nos governos de Dilma Rousseff (PT) e de Michel Temer (MDB), em que ocorreram nada menos que seis mudanças.

Sem transparência

A Comissão de Direitos Humanos (CDH) do Senado promoveu audiência pública, ontem, é isso mesmo, para discutir a regulamentação da avaliação biopsicossocial para pessoas com deficiência (PcD). O senador Paulo Paim (PT-RS) foi quem presidiu o debate. O fato é que a Comissão de Direitos Humanos (CDH) do Senado promoveu audiência pública para discutir a regulamentação da avaliação biopsicossocial para pessoas com deficiência. Paim ainda declarou que o governo federal tem encaminhado essa regulamentação “sem nenhuma transparência”.

Não é mentira

E vem ainda de mais uma integrante do governo bolsonarista. A ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves. Indagada até quando será ministra, respondeu: “Até o dia 31, às 23h59. No dia 1º de abril, a ministra já não é mais ministra”. Dá para acreditar? Prestou a atenção na data que ela escolheu? Então vamos lá. Primeiro de abril, é o dia da mentira. Damares Alves pode fazer uma brincadeirinha com a data. Ela confirmou a filiação ao Partido Republicanos, “mas não sei se serei candidata e não sei onde serei candidata. Já tenho partido é o primeiro passo”.

Foi deturpada

Em audiência pública na Comissão de Direitos Humanos (CDH), a ministra Damares Alves disse que nunca mandou o Disque 100 atender ligações antivacina. Titular do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, a ministra culpou a imprensa pelo episódio, afirmando que uma nota técnica do ministério foi deturpada. A audiência pública foi pedida pelo presidente da CDH, senador Humberto Costa (PT-PE) saiu em defesa e afirmou que a ministra “contribuiu para que pais ficassem reticentes com a vacinação”.

Banco Central

A partir de 1º de abril, os servidores do Banco Central (BC) entram em greve por tempo indeterminado. Foi ontem. O movimento foi aprovado em assembleia pela categoria, que pede a extensão, para os funcionários do órgão, dos aumentos aprovados para os policiais federais no Orçamento de 2022. Desde o último dia 17, a categoria vinha fazendo paralisações diárias das 14h às 18h. Os trabalhadores do Banco Central pedem reajuste salarial de 19,9% e as negociações com a direção da instituição não avançaram.

Caiu fora

Caros amigos e amigas, infelizmente a direção nacional do PTC/AGIR36, fará uma intervenção aqui em Minas Gerais tirando a atual diretoria. Estou à frente do partido desde 2002, com ótimos resultados eleitorais e posições políticas em favor da população. Internamente no partido sempre defendi que não fizesse federação. Por isso, sem oura alternativa, só me resta renunciar ao cargo de primeiro vice-presidente nacional e desfiliar do partido. Agradeço a sua atenção. Abraço! Quem diz é Anselmo Domingos, já que Marcelo Aro tomou o partido para ele próprio.

PINGA FOGO

  • Em tempo, sobre a nota “Sem transparência”: o senador petista Paulo Paim foi o autor do projeto de lei que deu origem à Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência, ou Estatuto da Pessoa com Deficiência, como é mais conhecida.
  • Mais um Em tempo, sobre as notas envolvendo Damares Alves: “Aqui a gente lamenta o uso que a imprensa fez dessa nota e o desgaste desnecessário para o Disque 100, um instrumento poderoso na proteção da infância, conduzido por técnicos extraordinários”.
  • E teve mudança na presidência da Petrobras: quem assume é Adriano Pires, fundador do Centro Brasileiro de Infraestrutura. Para registro, ele é o segundo presidente da Petrobras do governo de Jair Messias Bolsonaro (PL).
  • E Adriano Pires já chega tendo muito trabalho, já que os trabalhadores da Petrobras pedem reajuste salarial de 19,9% e as negociações com a direção da instituição não avançaram. Como acionista majoritária, a União tem a maioria dos assentos no Conselho de Administração da estatal.
  • Melhor esperar o desfecho. Sendo assim, já basta por hoje, a semana está só começando. FIM!
 
 

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