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Estado de Minas EM DIA COM A POLÍTICA

A novela do deputado Daniel Silveira e a despedida e nomeação de ministros

Engenheiro civil Paulo Alvim assumiu o comando do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI)


01/04/2022 04:00 - atualizado 01/04/2022 07:03

Deputado Daniel Silveira mostrando a tornozeleira
Daniel Silveira, finalmente, recolocou a tornozeleira nesta quinta-feira (foto: Ed Alves/CB/D.A Press)

O ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Marco Aurélio Mello disse ter medo de tempestades por causa da futura atuação do ministro Alexandre de Moraes como presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) durante as eleições deste ano.

Quem deu palpite na eleição deste ano foi o seu primo Fernando Collor de Mello, aquele que foi o primeiro civil eleito diretamente pelo voto popular, depois do golpe militar de 1964, e que sofreu impeachment. “Receio que possamos ter tempestades. Não é o desejável. A atuação do juiz trepidante deve ser afastada.”

A crítica atinge Alexandre de Moraes no momento em que ele é um dos protagonistas de mais uma crise entre os poderes Judiciário e Legislativo. Nos últimos dias, Daniel Silveira desafiou uma ordem de Alexandre de Moraes para que ele usasse tornozeleira eletrônica. O deputado é réu em processo que tramita no Supremo Tribunal Federal (STF) em que é acusado de cometer ataques a membros da corte.

O deputado Daniel Silveira (PSL-RJ) foi ao Palácio do Planalto na manhã de ontem. Questionado pelos jornalistas se já tinha colocado a tornozeleira eletrônica, ele balançou a cabeça negativamente.

Ele também foi questionado se estaria indo visitar o presidente Jair Messias Bolsonaro (PL), que é seu aliado, e também disse que não. Momentos mais tarde, ele reapareceu sentado ao lado de ministros no evento que marca a saída de chefes dos ministérios para disputar a eleição.

“Todos aqui tinham direito, deputado Daniel Silveira, de ir e vir, de sair do Brasil, de trabalhar, de constituir família, de estudar, como muitos aqui estudaram naquela época. Quem esteve no governo naquela época fez a sua parte. O que seria do Brasil sem as obras do governo militar? Não seria nada, seríamos uma republiqueta.” Ainda do presidente Bolsonaro.

Antes de encerrar, tem despedidas e gente nova no Palácio no Planalto. O engenheiro civil Paulo Alvim assumiu na tarde de ontem o comando do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI). Ele entra no lugar do ministro-astronauta Marcos Pontes, que esteve no cargo nos últimos três anos, ou seja, desde o início do governo Jair Messias Bolsonaro.

Paulo Alvim era secretário de Empreendedorismo e Inovações da pasta. “Nós só vamos transformar este país se a gente avançar de forma coesa, integrada e convergente, se avançarmos em educação, ciência e tecnologia. Não existe outro caminho.”

No total, foram 10 ministros que deixaram o governo federal para disputar as eleições. Pela lei, todos eles têm de sair pelo menos seis meses antes da eleição.

O palavreado

Tirem as crianças da sala. O presidente da República vai falar. “Calma é o cacete, porra.” Começou assim Jair Messias Bolsonaro (PL). Teve mais: “Não sou mais forte ou machão que ninguém. Quando sentei praça no Exército, jurei dar minha vida pelo Exército. Acredito que todos vocês aqui hoje juraram dar a vida pela sua liberdade”. Ele defendeu ainda os presidentes da ditadura militar que governaram o Brasil de 1964 a 1985. Bolsonaro não mencionou a censura, as torturas e as mortes cometidas pelo regime. Manda então um livro de história: por que a mentira?. A quem ela se presta?

Lula na Bahia

Principal liderança do Partido dos Trabalhadores (PT), o ex-presidente Lula esteve em Salvador, ontem, para participar do evento do lançamento oficial da pré-candidatura de Jerônimo Rodrigues na disputa pelo governo do estado. A intenção é reafirmar a aposta do PT na Bahia em outros dois nomes que integram a chapa para as eleições de outubro: Geraldo Júnior (MDB), pré-candidato a vice-governador, e Otto Alencar  (PSD), como pré-candidato à reeleição para o Senado Federal. Na Bahia, Lula tem apoio de sete partidos: PSD, MBD, PSB, PCdoB, PV, Avante e Patriota.

Outra novela

Agora vem da mais alta corte de Justiça. A determinação foi feita pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, ontem. A Polícia Federal (PF) finalmente colocou a tornozeleira eletrônica no deputado federal Daniel Silveira  (União Brasil-RJ). Tanto que participou, ontem, da solenidade no Palácio do Planalto de posse e despedida de ministros que vão sair em busca de votos, concorrendo por cargos que começam ao Senado ou a governadores. A data para o julgamento do deputado será 20 de abril. É aquele caso dos atos antidemocráticos.

Viva a ciência

“Dizem que a medida de um homem se tira pela firmeza de suas convicções, pela abrangência de seus interesses e pela altura de seus ideais. Sob quaisquer dessas métricas, Johann Friedrich Theodor Müller foi um gigante.” Com essas palavras, o senador Esperidião Amin (PP-SC) abriu a sessão especial do Senado para homenagear o bicentenário de Fritz Müller, cientista, professor e matemático alemão, naturalizado brasileiro, que colaborou com a teoria de ninguém menos que Charles Darwin. Ao encerrar a solenidade, Esperidião Amin lembrou que um país só se faz com educação.

Para encerrar

Ainda tem a guerra. As Forças Armadas da Rússia declararam que estavam deixando a usina nuclear de Chernobyl e a cidade vizinha de Slavutich. É, pode ser, já que estava em um comunicado da empresa estatal de energia da Ucrânia. “As informações confirmam que os ocupantes, que tomaram a usina nuclear de Chernobyl e outras instalações na área de exclusão, partiram para a fronteira ucraniana com Belarus. Só um pequeno número de soldados russos permanece em Chernobyl.” Só que Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) não pôde confirmar.

PINGA FOGO

  • Para registro: o Brasil é potência no agronegócio graças ao general Ernesto Geisel, que enviou jovens para estudar agronegócio no exterior, e que a industrialização da Zona Franca de Manaus (AM) se deve a obras do general Castello Branco. “Certamente, já teríamos perdido a Amazônia.”
  • O fato é que o presidente Jair Messias Bolsonaro (PL) comparou o seu governo ao regime militar. “Brasileiros fantásticos à frente desses projetos. Também a composição dos ministérios era muito parecida com o meu. Não tinha uma negociação política exacerbada.”
  • Assim que confirmou sua pré-candidatura, o governador paulista, João Doria (PSDB), negou que tenha pensado em desistir da campanha à Presidência da República pelo partido. “Houve, sim, um planejamento para obter o apoio explícito do partido”. É o jeito tucano de ser, demora a sair do muro.
  • Mais um Em tempo, desta vez da nota “Viva a ciência”: vice-presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), Fernanda Sobral considerou que as práticas de Fritz Müller mostram aos atuais estudiosos o jeito de fazer ciência.
  • Ao encerrar a solenidade, Esperidião Amin comentou que a independência verdadeira e completa de um país só se faz com conhecimento e educação.
 
 

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