O primeiro turno das eleições deste ano está marcado para 2 de outubro, quando os eleitores vão às urnas para eleger o presidente da República, governadores, senadores, deputados federais, estaduais e distritais. Eventual segundo turno para a disputa presidencial e governos estaduais está marcado para 30 de outubro.
Antes de mais nada, os partidos políticos tiveram prazo, até ontem, para atualizar a sua lista de filiados junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O procedimento, realizado uma vez a cada semestre, deve ser cumprido por todos os partidos que desejarem que seus filiados estejam aptos para disputar as eleições.
As novas listas de filiação partidária que foram entregues até ontem já devem especificar todos os que se filiaram às agremiações até 2 de abril. Era essa a data-limite para se filiar a um partido para quem pretende se candidatar nas eleições de outubro. Essa deve ser uma das últimas vezes que o procedimento é realizado semestralmente, em abril ou outubro.
A Justiça Eleitoral prepara mudanças no Sistema de Filiação Partidária, que passará a ter atualização diária, e não mais somente duas vezes ao ano. Não há prazo certo, no entanto, para uma mudança definitiva.
Melhor então mudar de assunto, nem tanto assim, mas vamos lá. Em nota publicada ontem, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) destaca que a vacinação contra a pandemia da COVID-19 deve continuar em andamento e que a dose de reforço deve ser aplicada nos públicos indicados.
Para a Anvisa, diante da possibilidade de novas variantes, é necessário também que a vigilância epidemiológica continue atuando sobre a doença, por meio dos programas de testagem e mapeamento genômico do vírus em circulação no Brasil. “Cada pessoa deve continuar atenta às medidas de higienização das mãos e uso de máscara em ambientes de maior risco, com aglomerações.”
Por fim, o espírito desbravador daqueles que viabilizaram a transferência da capital federal para o coração do país, a importância de Brasília em âmbito mundial e os atuais desafios conjunturais e estruturais que enfrenta a cidade planejada foram questões salientadas em sessão especial, ontem, no plenário do Senado Federal.
Nos últimos dois anos, as comemorações não puderam ser feitas por causa da pandemia da COVID-19. Brasília fará 62 anos. Como tudo passa por Minas Gerais, ela foi inaugurada pelo presidente, vale registrar que ele era médico, além de político, Juscelino Kubitschek em 21 de abril de 1960. Tudo a ver este ano, né?
Não de novo!
“Não sou candidata à Vice-Presidência. Ao abrir mão da pré-candidatura e aceitar o papel de vice, eu acabaria por diminuir o espaço das mulheres na política. Se eu não pontuar a ponto de ser cabeça de chapa, não vou ajudar sendo vice. Vou estar nesse palanque como cabo eleitoral.” A declaração é da senadora e pré-candidata à Presidência da República Simone Tebet (MDB-MS), ao rejeitar, mais uma vez, a possibilidade de participar da corrida eleitoral como vice-presidenta. Ela reforçou que a candidatura unificada por MDB, União Brasil, PSDB e Cidadania está sido discutida e será anunciada em 18 de maio.
Volta ao passado
“Apurar o quê? Os caras já morreram tudo, pô. Vai trazer os caras do túmulo de volta?”, afirmou o vice-presidente da República Federativa do Brasil (RFB), Hamilton Mourão, que é general da reserva do Exército, rindo. “História, isso já passou, né? A mesma coisa que a gente voltar para a ditadura do Getúlio Vargas. São assuntos já escritos em livros, debatidos intensamente. Passado, faz parte da história do país.” Ele disse ainda que houve excessos de “parte a parte” durante o período da ditadura, se referindo à repressão do Estado e aos movimentos de esquerda.
Já no presente
A ministra Maria Elizabeth Rocha, do Superior Tribunal Militar (STM), disse ontem que a divulgação dos áudios que detalham a tortura na ditadura militar é importante para que “erros que foram cometidos não se repitam” na história do Brasil. E ainda insistiu, dizendo que é muito “importante serem revelados esses áudios porque tudo faz parte da história do país, memória do país e para que erros não se repitam”. Importante: ela é a primeira mulher nomeada para esse cargo, e a primeira mulher a assumir a presidência do STM em 206 anos.
Eleição na TV
Um aquecimento para junho é considerado pela campanha bolsonarista como o mês mais importante para esquentar a disputa eleitoral. O presidente dará as caras nos 40 programas do PL. São 20 minutos de visibilidade no horário nobre, até nos intervalos do “Jornal Nacional”, que é alvo de frequentes críticas a Jair Messias Bolsonaro. As inserções do PT começaram em 24 de março e vão até 17 de maio. O ex-presidente e candidato ao Planalto já apareceu várias vezes. O retorno das inserções mostra o quanto os políticos valorizam a TV. Nenhuma rede tem a mesma força.
#Abril Azul
Assembleia se ilumina de azul para conscientizar sobre o #autismo. Iniciativa marca a adesão do Legislativo ao #AbrilAzul, que tem objetivo de divulgar informações e combater preconceitos. É o tweet. Para marcar o mês de conscientização sobre o autismo, a Assembleia Legislativa (ALMG) adere ao Abril Azul. Desde ontem a fachada do Palácio da Inconfidência, sede do Poder Legislativo mineiro, será iluminada com a cor azul, que simboliza o autismo. A iluminação especial poderá ser conferida até 25 de abril. O lema é “Lugar de autista é em todo lugar”.
PINGA FOGO
- Em tempo sobre nota ‘Volta ao passado de novo’: a ditadura militar teve início em 1964, com a deposição do presidente João Goulart, e durou até 1985. Houve censura à imprensa e aos artistas, o Congresso fechou e os brasileiros não puderam votar de forma direta para presidente da República.
- “Zema é quem, no último ano, só fala de eleição. Ele está obcecado com essa narrativa que nada justifica a inabilidade do seu governo em dialogar com o Parlamento e o funcionalismo público. No início de 2021, foi ele quem me procurou para ser seu vice, dois anos antes da eleição.”
- “Quem está preocupado com eleição aqui é ele”, afirmou o presidente da Assembleia Legislativa (ALMG), deputado Agostinho Patrus Filho (PV), em entrevista publicada no EM no último domingo. Como se diz, o partido de Zema é Novo, ele ainda tem de aprender.
- Mais um Em tempo, sobre a nota ‘Eleição na TV’: pelo caríssimo espaço cedido às legendas, as emissoras vão receber uma compensação fiscal, ou seja, poderão abater valores correspondentes em impostos devidos à União.
- Já que é assim, está na hora de encerrar, a semana está apenas começando e tem tudo para o cenário esquentar. FIM!