De olho na reeleição, o presidente da República, Jair Messias Bolsonaro (PL), esteve em Paragominas. Ele chegou ao aeroporto às 9h50 e foi recebido por apoiadores, antes de seguir até o parque de exposições da cidade, onde ocorreu o evento.
Autoridades paraenses participaram da programação, incluindo o pré-candidato ao governo do estado, senador Zequinha Marinho (PL), que também fazia parte da comitiva. Já que são do mesmo partido, é claro que Zequinha não perderia uma oportunidade desta.
Bolsonaro chegou acompanhado também do ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Marcos Montes, e do presidente do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), Geraldo Melo Filho. É a invasão no Nordeste, que antes era um reduto petista.
Apoiador do presidente, o prefeito de Paragominas, Lucídio Paes (PSD), não perdeu a caminhada. Aproveitou a presença ilustre e decretou ponto facultativo nos órgãos públicos da cidade. Em uma rede social, o prefeito chegou a convidar a população para participar de uma “marcha de confraternização com o presidente”.
Ainda no cenário eleitoral, o partido Rede Sustentabilidade anunciou, ontem, oficialmente, o seu apoio formal à candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na disputa pela sua volta à Presidência da República.
O anúncio foi feito em um ato em Brasília do qual participaram o porta-voz do partido, Wesley Diógenes, e o senador Randolfe Rodrigues (AP). Durante o discurso aos integrantes da Rede, o ex-presidente Lula voltou a dizer que o presidente Jair Bolsonaro não está alinhado aos preceitos católicos e evangélicos e se comporta como um fariseu.
E o partido aproveitou a ocasião para comemorar uma boa notícia. O Supremo Tribunal Federal derrubou, ontem, três decretos do governo Bolsonaro sobre política ambiental. Os ministros julgaram uma ação do partido Rede Sustentabilidade que pediu a derrubada de vários decretos.
Vamos a eles: o decreto que excluiu a participação da sociedade civil do conselho deliberativo do Fundo Nacional do Meio Ambiente; o que, na prática, afastou os governadores de estados da Amazônia legal do Conselho Nacional da Amazônia Legal; e o que extinguiu o Comitê Organizador do Fundo Amazônia, que afastou integralmente a sociedade civil de manifestações sobre o fundo.
O julgamento começou em 7 de abril e foi concluído ontem, com o voto do presidente do Supremo, Luiz Fux, pela derrubada das normas, acompanhando o voto da relatora, ministra Cármen Lúcia.
Como tudo passa por Minas Gerais na política nacional, vale comemorar a ação relatada por Cármen Lúcia. O meio ambiente agradece.
Minas alerta
“Não tem cabimento levantar qualquer dúvida sobre as eleições no Brasil. O Congresso Nacional é o guardião da democracia! As instituições e a sociedade podem ter convicção da normalidade do processo eleitoral. A Justiça Eleitoral é eficiente e as urnas eletrônicas confiáveis. Ainda assim, o TSE está empenhado em dar toda transparência ao processo desde agora, inclusive com a participação do Senado.” Quem deixa claro é o presidente do Senado Federal e do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), em postagem na sua conta no Twitter.
Apelou, perdeu...
“O processo eleitoral brasileiro é uma referência. Pensar diferente é colocar em dúvida a legitimidade de todos nós, eleitos, em todas as esferas. Vamos seguir, sem tensionamentos, para as eleições livres e transparentes.” Quem publicou em suas redes sociais foi o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), e tratou como referência. Foi em resposta ao presidente Jair Bolsonaro e sua história estúpida de mandar as Forças Armadas fazerem apuração paralela. “Não tem cabimento levantar dúvida sobre as eleições. O Congresso é o guardião da democracia!”
O que fará?
Em coletiva de imprensa, ontem, o advogado do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Cristiano Zanin, afirmou que a defesa do ex-presidente agora aguarda como o governo brasileiro vai se posicionar em relação ao julgamento. O fato é que o Comitê de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) concluiu que Sergio Moro foi parcial no âmbito da Operação Lava-Jato ao julgar os processos contra Lula. O caso traz o ex-ministro Sergio Moro, que emitiu mandado de condução coercitiva para levar Lula a prestar depoimento.
Com orgulho?
“Eu me senti orgulhoso pela decisão tomada.” Ou seja, o presidente da República saiu em defesa de um deputado condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por estimular atos antidemocráticos e incitar ataques a integrantes da corte. Para lembrar, o deputado Daniel Silveira (PSL-RJ) foi preso em flagrante, em 16 de fevereiro, depois de atacar o STF e, pior ainda, o Ato Institucional nº 5 (AI-5). Para lembrar, ele foi baixado em 13 de dezembro de 1968, no governo do general Costa e Silva. É tratado como a expressão mais dura da ditadura militar no período de 1964 até 1985.
Lideranças
Um encontro político com lideranças mineiras, na próxima segunda-feira, vai reunir o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD), o senador Alexandre Silveira (PSD), o deputado federal Zé Silva (Solidariedade-MG), o deputado estadual Wendel Mesquita (Solidariedade-MG), que promove o evento, e o vice-governador Paulo Brant (PSDB). Além deles, estará presente o presidente do Solidariedade e deputado federal Paulinho da Força (Solidariedade-MG). O encontro será no Clube AABB, na Pampulha, a partir das 9h.
Pinga-fogo
Em tempo sobre a nota ‘Com orgulho?’: o AI-5 acabou fazendo com que os militares ampliassem a sua perseguição contra a oposição, prendendo inocentes, destituindo pessoas de seus cargos e cassando direitos políticos pelo país. Basta esse pequeno registro. O AI-5 foi muito mais cruel.
Mais um Em tempo, desta vez da nota ‘O que fará’: “É uma posição que recebemos com alegria. Uma corte internacional reconheceu que a operação Lava-Jato, o ex-juiz Sergio Moro e o procurador Deltan Dallagnol atuaram de forma ilegal e arbitrária, afrontando tratado internacional da ONU”.
A TV Brasil, a oficial do governo, mostra quando o presidente Jair Messias Bolsonaro tenta descer do palco para cumprimentar a plateia, se desequilibra e cai sentado. Ele sofreu uma leve queda ao encerrar o evento Marcha dos Legislativos Municipais, em Brasília.
Escorregou mesmo como mostram as imagens da emissora estatal. O presidente da República foi auxiliado por pessoas à sua volta. Organizado pela União dos Vereadores do Brasil (UVB), o encontro foi realizado no Opera Hall neste ano.
Sendo assim, sem escorregar nas notícias, basta por hoje. É hora de decretar o já conhecido... FIM!