A hashtag agora é Fora Zema, o governador que pretende minerar a Serra do Curral, que é um cartão-postal de Belo Horizonte. Basta o horário! O aval para ação de mineradora na serra foi concedido na madrugada de 30 de abril, sábado, pelo Conselho Estadual de Política Ambiental (Copam). Só isso mostra que o melhor a fazer é pedir o impeachment do governador que só pensa em dinheiro e detesta o meio ambiente.
A Prefeitura de Belo Horizonte acionou a Justiça Federal para tentar impedir a mineração na Serra do Curral. O objetivo da ação é barrar a licença dada à Tamisa, a Taquaril Mineração S/A, que pretende instalar um empreendimento em uma área equivalente a 1,2 mil campos de futebol.
A prefeitura também ressalta que o empreendimento pode afetar diretamente o “ambiente ecologicamente equilibrado” da região. E claro que vai prejudicar o Parque das Mangabeiras, que é um lugar para descanso, lazer e esportes. Ele recebe cerca de 15 mil pessoas por mês.
Localizado ao pé da Serra do Curral, patrimônio cultural de Belo Horizonte, o Parque das Mangabeiras, projetado pelo paisagista Roberto Burle Marx, conserva em sua área de 2,4 milhões de metros quadrados 59 nascentes do Córrego da Serra, que integra a Bacia do Rio São Francisco. A PBH pede que a licença ambiental de implantação do complexo minerário seja suspensa até que todos os pontos sejam esclarecidos e que o estado reconheça a necessidade da participação de Belo Horizonte no processo.
O que a ONU diz sobre o meio ambiente? A Assembleia das Nações Unidas para o Meio Ambiente é o principal órgão de tomada de decisões do mundo sobre o meio ambiente. Criada em 2012, ela incorpora uma nova era na qual o meio ambiente recebe o mesmo nível de atenção de questões como a paz, a pobreza, a saúde e a segurança.
Só que tem entidades que não entendem, ao contrário do resto do mundo, como a ONU indica. A Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) veio a público na manhã de ontem atacar o que considera serem ações para causar instabilidade no setor ambiental e prejudicar a instalação de atividades econômicas importantes, como a mineração na Serra do Curral e a fábrica de cervejas Heineken, que desistiu de Pedro Leopoldo e foi para Passos, no Sul de Minas.
Ambientalistas temem impactos no cartão-postal da cidade. Isso é pouco. É preciso atacar mesmo os cifrões do presidente da Fiemg, Flávio Roscoe. A ganância é tanta que é melhor não publicar os adjetivos que ela merece. Seria necessário tirar as crianças da sala.
Troco de Ciro
“Me ajudem aqui! Quem é este Zé Dirceu que tá falando? É aquele que planejou e executou o mensalão e o petrolão? É aquele que a cúpula atual do PT afugentou e quer manter escondido? Ou é aquele a quem Lula quer indultar e colocar de novo no comando?” @cirogomes. O troco não demorou mesmo. Isso porque José Dirceu disse que Ciro retiraria sua candidatura ao Planalto. Zé Dirceu, aquele do mensalão, foi condenado a 27 anos e quatro meses de prisão em processo que investigou condutas ilícitas na Petrobras, no âmbito na Operação Lava-Jato, junto com o Ministério Público Federal (MPF). É, pelo jeito o 1º de Maio não acabou ainda.
Passou recibo
“O nosso agronegócio é exemplo para o mundo, além da preservação ambiental. Nós somos exemplo para o mundo. Tanto é que a Europa está mudando a legislação ambiental. Não adianta fazer videozinho mentiroso, de que está pegando fogo na Amazônia, de que vai mudar o clima no mundo. Não funciona.” Quem disse é Jair Bolsonaro. Era o que o ator Leonardo DiCaprio, diante de novo ataque do presidente, queria. Ou seja, irritar e dar mais munição aos ambientalistas. Ah! Foi em conversa com os seus apoiadores, que nada têm a fazer, na saída do Palácio da Alvorada.
Comissão Geral
“A cada dez trabalhadores, quatro são informais e não há sinais de que esse índice possa apresentar redução em curto prazo”, avaliou o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL). De acordo com ele, os mais prejudicados são aqueles “já vitimados pela exclusão social”. Foi durante a comissão geral, no plenário, para debater o diagnóstico, as desigualdades e as perspectivas do mundo do trabalho no Brasil. E ressaltou que o poder público deve proporcionar crescimento da economia e geração de empregos formais para atrair os investidores.
Para encerrar
A presença do deputado Daniel Silveira (PTB-RJ) na primeira reunião do ano, ontem, da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara (CCJ), a mais importante da Câmara dos Deputados, provocou embates entre parlamentares governistas e da oposição. “Esta comissão é a de Constituição e Justiça. Cabe a ela zelar pela Constituição. Um deputado que atacou o Supremo Tribunal Federal (STF) e juízes, eu creio que esta comissão não pode aceitar esse integrante que acabou de ser condenado.” Com toda razão, quem deixa claro é o deputado Paulo Teixeira
(foto) (PT-SP).
Mudar de nome
A Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público da Câmara dos Deputados aprovou ontem proposta que altera o nome da Fundação Nacional do Índio (Funai) para Fundação Nacional dos Povos Indígenas. O texto é do senador Telmário Miranda (Pros-RR) e altera a lei que criou a Funai. O relator foi o deputado Mauro Nazif (PSB-RO), que recomendou a aprovação. Ele fez questão de lembrar que a expressão “povos indígenas” já é adotada pela Convenção 169 da Organização Internacional do Trabalho (OIT).
PINGA FOGO
Em tempo, sobre a nota ‘Mudar de nome’: “No mesmo sentido, temos a ONU adotando o termo povos indígenas e não índios para se referir a eles. É chegada a hora de retificarmos o nome adotado pela fundação incumbida da promoção de políticas indigenistas”, disse Mauro Nazif.
Mais um Em tempo, desta vez da nota ‘Para encerrar’: o fato de Daniel Silveira (foto) (PTB-RJ) ter sido condenado e atacado o STF tira de Silveira a legitimidade para integrar a CCJ. E “diminui o papel desta comissão e esvazia a seriedade desta comissão”.
O presidente da República, Jair Messias Bolsonaro (PL), participou, ontem, da reunião do alto-comando do Exército no quartel-general (QG), em Brasília. O encontro não constava na agenda oficial do mandatário
do país.
O Ministério da Defesa divulgou nota por meio das redes sociais em que informou só que “na ocasião, foram discutidos assuntos de interesse da defesa nacional”. Ou seja, nada. Depois, Bolsonaro seguiu para o Ministério da Defesa.
Ele estava, acompanhado do ministro da Defesa, general de Exército Paulo Sérgio. Ao final, não falaram com a imprensa. Mais uma vez, está chegada a hora de encerrar. FIM!