Tem tudo para ser o melhor debate da eleição este ano. Afinal, ele parte do humorista Gregório Duvivier, que aceitou uma disputa eleitoral com o pré-candidato à Presidência da República Ciro Gomes (PDT). O convite foi feito, ontem, por Ciro pelas suas redes sociais.
“Se não quiser vir, aceito fazer este debate no seu programa. Pois você merece todo carinho, confiança e respeito”, continuou. “Se não topar, vou ter que, infelizmente, fazer apenas reacts. O que seria uma pena!”, finalizou. O humorista aceitou o desafio do pedetista e afirmou que participará do evento com Ciro Gomes.
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Chega de brincadeira; afinal, tem uma disputa encrencada para o Palácio do Planalto e ela vem do Rio de Janeiro. O presidente da República, Jair Messias Bolsonaro (PL), tem dois aliados em disputa pela vaga ao Senado Federal.
O ex-jogador de futebol Romário (PL), que já é senador e pretende a reeleição, e Daniel Silveira (PTB), deputado federal que precisa vencer para não ser preso, já que foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a cumprir oito anos e nove meses de prisão por incentivar ataques antidemocráticos e contra os ministros da corte.
Melhor trazer então o ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes, que deixou claro, nesse sábado, que a democracia no Brasil será garantida com votação limpa, transparente e através de urnas eletrônicas.
Fala quem pode: Moraes será o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) durante as eleições 2022. E é dele o registro, como se fosse um aviso.
“A internet deu voz aos imbecis. Hoje, qualquer um se diz especialista. Ou seja, veste terno, gravata, coloca painel falso de livros no fundo do vídeo e fala desde a guerra da Ucrânia até o preço da gasolina, além de atacar o Judiciário”, afirmou.
Só que não ficou só nisso. “Como não dá para atacar o povo, começaram a atacar os instrumentos que garantem a democracia.” A declaração do ministro foi dada no Congresso Brasileiro de Magistrados, em Salvador.
Insistência
O governador Romeu Zema (Novo) não desiste, ao contrário, insiste em permitir que a Serra do Curral, cartão-postal de Belo Horizonte, seja alvo de mineração. O governador exonerou, ontem, Felipe Cardoso Vale Pires do cargo de presidente do Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha). Ele insiste em comprar briga, já que urbanistas, ambientalistas, professores, médicos e representantes de comunidades, que fazem parte do movimento Tira o pé da minha Serra, certamente vão voltar ao ataque. Vale repetir: Zema é novo, ainda pode aprender.
A propósito...
…A Comissão de Legislação Participativa da Câmara dos Deputados promove audiência pública, na terça-feira, sobre os impactos da mineração na Serra do Curral. O pedido para o debate é do deputado Rogério Correia (PT-MG). Neste ano, a mineradora Taquaril Mineração S.A (Tamisa) tenta se instalar na área da Serra do Curral. Projeto do deputado Reginaldo Lopes (PT-MG) apresentado no início do mês prevê a criação do Parque Nacional Serra do Curral. A importância dela para a capital mineira equivale ao Pão de Açúcar para os moradores do Rio de Janeiro.
Evento de juízes
“A nenhuma instituição ou autoridade a Constituição permite poderes que são exclusivos da Justiça Eleitoral. Não permitiremos a subversão do processo eleitoral, e digo, para que não tenham dúvida: para remover a Justiça Eleitoral de suas funções terão que, antes, remover este presidente da sua presidência. Diálogo, sim, joelhos dobrados, jamais.” Em defesa do sistema eleitoral, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Edson Fachin, afirmou que não vai permitir a subversão do processo eleitoral.
Fala, chanceler
“Eu estou me colocando diante de uma situação nacional dramática. Com mais quatro anos de Bolsonaro, o Brasil chafurda numa situação de corrosão democrática. Estamos diante da escolha entre a civilização e a barbárie.” A declaração partiu do ex-ministro das Relações Exteriores Aloysio Nunes (foto) (PSDB). Foi para informar que votará no ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no primeiro turno, em 2 de outubro. E o ex-ministro tucano ressaltou que não tem mais coelho da cartola para tirar. Os dois polos já estão dados”.
Perto do fim?
Autoridades ucranianas expressaram, ontem, a sua confiança em derrotar ainda este ano as tropas russas, que enfrentam uma dura resistência no Leste do país. Além disso, a Rússia se vê desafiada pela decisão de Finlândia e Suécia de abandonarem sua política tradicional de neutralidade e aderir à Otan, ignorando suas advertências. Nas últimas semanas, a Rússia concentrou a sua ofensiva no Leste da Ucrânia, depois de se ver forçada a retirar suas tropas da região de Kiev e do norte do país. O chefe da inteligência militar ucraniana, Kyrylo Budanov, já prevê uma derrota das tropas russas.
PINGA FOGO
- Em tempo, sobre a nota ‘Perto do fim?’: o presidente russo, Vladimir Putin, ordenou a invasão da Ucrânia para derrubar o governo de Kiev, que ele define como neonazista, e impedir a provável ampliação da Otan para o Leste.
- Mais um Em tempo, do ‘Evento de juízes’. O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes afirmou que a democracia será garantida com votação limpa, transparente e através de urnas eletrônicas.
- E tem mais Em tempo, sobre a nota ‘Insistência’: Chico Buarque, Milton Nascimento, Gilberto Gil (foto) e Caetano Veloso são alguns dos artistas que assinaram o manifesto contra explorar a Serra do Curral. Vai acabar em cantoria contra o governador Zema, já que ele desafinou feio.
- Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) segue monitorando os ataques a jornalistas e meios de comunicação no Brasil em 2022. Das 151 agressões, 106 foram feitas por atores estatais, sendo que 70 (66%) envolveram um ou mais integrantes da família Bolsonaro.
- O principal agressor é o presidente Bolsonaro, que direcionou 32 ataques a jornalistas e meios de comunicação. Na sequência, vêm seus filhos, o deputado Eduardo Bolsonaro, com 23 ataques, e o vereador Carlos Bolsonaro, com 12 casos. E ainda o senador Flávio Bolsonaro, com 8. FIM!