O presidente Jair Messias Bolsonaro (PL) voltou ao Nordeste ao participar, ontem, da cerimônia de inauguração da duplicação de trecho da BR-101, em Sergipe, e da conclusão dos acessos à ponte sobre o Rio São Francisco. Com ele estava o ex-presidente da República Fernando Collor de Mello, aquele que sofreu impeachment há três décadas.
O agora senador Collor destacou que a pandemia no país foi vencida graças aos recursos federais. “Vossa excelência destinou recursos para que as vacinas fossem adquiridas.” Uai, não foi a CPI?
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O número leva em conta apenas os episódios em que há conprovação documental da omissão governamental. Lembram-se do ex-ministro general Eduardo Pazuello, aquele das trapalhadas?
De volta ao presidente. “Nós defendemos o armamento para o cidadão de bem, porque entendemos que a arma de fogo, além de uma segurança pessoal para as famílias, também é a segurança para a nossa soberania nacional e a garantia de que a nossa demo- cracia será preservada, não interessa os meios que porventura um dia tenhamos que usar. “
“A nossa democracia e a nossa liberdade são inegociáveis.” Mais armas, mais mortes, mas o mantra presidencial não muda.
“Passamos por momentos difíceis com a pandemia, durante a qual muitos embarcaram na historinha do ‘fica em casa, e a economia a gente vê depois. Lamentavelmente, muitos governadores destruíram empregos e renda, especialmente dos mais pobres”, afirmou ainda o presidente.
Ainda ontem, integrantes da Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara dos Deputados reclamaram da ausência dos ministros da Economia, Paulo Guedes, e do Trabalho e Previdência Social, José Carlos Oliveira, em audiência pública sobre as condições de trabalho no INSS.
O fato é que os servidores do INSS estão em greve há quase dois meses. Eles denunciam que a fila de quase dois milhões de segurados em busca de benefícios se deve à redução de quase 50% no pessoal efetivo desde 2015.
“Não acredito que não tenha dentro do ministério, dentro do INSS, nenhuma pessoa que pudesse representá-los neste tema. Isso, para mim, como homem público, é uma vergonha, uma decepção”, reclamou alto e bom som o deputado Ruy Carneiro (PSC-PB).
Zuza em alta
O publicitário mineiro Zuza Nacif é um dos nomes em alta para as campanhas eleitorais deste ano. Ele foi sondado para trabalhar na estratégia de marketing do ex-ministro Tarcísio de Freitas (Republicanos), que disputará o governo de São Paulo. Também está realizando consultorias para pré-campanhas em Minas, Rio Grande do Sul e Piauí. Com 15 anos de atividade como marqueteiro político, Zuza foi coordenador da estratégia digital da campanha presidencial de Aécio Neves em 2014, além de participar da coordenação e consultoria das campanhas ao governo e Senado em Minas em 2010 e 2014. Em 2018, coordenou a campanha de Marconi Perillo ao governo de Goiás, e de Rose de Freitas, no Espírito Santo. Ainda em 2018, elegeu quatro candidatos a deputado federal.
Choro livre
O ex-juiz Sergio Moro (União Brasil) voltou a reclamar da investigação de possível fraude na mudança de seu domicílio eleitoral do Paraná para São Paulo. Em vídeo publicado ontem, ele diz se tratar de uma tentativa de “intimidar uma possível candidatura. Enquanto isso, tem condenado em três instâncias por corrupção solto por aí posando de candidato a salvador da pátria”. Mas ele citou nomes. Nem precisava, já que o alvo é nada menos que o ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Brumadinho
A nova unidade de saúde recebeu o nome de Hospital 272 Joias, em homenagem às vítimas do rompimento da barragem em Brumadinho, em 2019. Ela faz parte de um consórcio entre 65 municípios do estado, que somam uma população de mais de 3 milhões de habitantes. A população de Igarapé e de cidades vizinhas ganhou unidade de saúde. O governo federal anunciou investimentos de R$ 5,5 mihões e deve aplicar depois mais R$ 3,2 milhões.
Pós-pandemia
“Profissionais com experiência acumulada ao longo de décadas de trabalho e que tenham entre 65 e 70 anos de idade tornam-se aptos à indicação para cargos de grande relevância.” Quem ressalta com razão é o presidente do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luiz Fux. O fato é que ele assinou a adesão ao Pacto Nacional pela Educação, que reúne organizações da sociedade civil e por aí vai, “para melhorar a educação pública no país”. E Fux ressalta que “não podemos nos quedar inertes diante desse cenário do pós-COVID-19”.
Apreender
A Comissão da Representação Brasileira no Parlamento do Mercosul (Parlasul) aprovou, ontem, o acordo internacional para colaboração na apreensão de bens do crime organizado. O documento agora precisa ser aprovado pelos plenários da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, na forma de projeto de decreto legislativo (PDL). O Acordo-Quadro para a Disposição dos Bens Apreendidos do Crime Organizado Transnacional no Mercosul foi assinado em 2018, isso mesmo, há quatro anos, em Montevidéu, no Uruguai.
PINGA FOGO
- Em tempo, sobre a nota ‘Brumadinho’: a inauguração contou com a presença do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, do governador Romeu Zema (Novo) e do secretário estadual de Saúde, Fábio Baccheretti. Atualmente, só a parte de oftalmologia está funcionando.
- Mais um Em tempo, desta vez da nota ‘Pós-pandemia’: o Pacto Nacional pela Educação foi lançado em novembro do ano passado e também reúne gestores e conselhos estaduais de educação, os poderes Legislativo e Judiciário, o Ministério Público e as defensorias públicas.
- Mais um em tempo, desta vez da nota ‘Apreender’: um dos dispositivos permite que um país que tenha cooperado no processo de apreensão solicite parte do valor dos bens recuperados. Para processar a solicitação, o acordo prevê que os pedidos deverão ser partilhados de cada parte.
- A novela acabou. A Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) aprovou, ontem, a cassação do mandato do ex-deputado estadual Arthur do Val (União Brasil). Apesar de ter renunciado, a cassação significa que ele perderá os direitos políticos por oito anos, segundo a Lei da Ficha Limpa.
- Antes de encerrar, vem o placar 73 votos para sim, zero para não e zero de abstenção. E tem ainda um feito inédito. Arthur do Val é o primeiro deputado cassado pela Alesp em mais de 23 anos. Diante de tudo isso, chega por hoje. FIM!