Ele não desiste, ao contrário, insiste, teima, persiste. Tinha mais, mas basta. Melhor dar o fato do dia no cenário nacional, já que traz nada menos que o presidente da República Federativa do Brasil, Jair Messias Bolsonaro (PL). Ele recorreu, mais uma vez, ontem, da decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Dias Toffoli, que rejeitou o pedido de investigação feito contra o ministro Alexandre de Moraes, por abuso de autoridade.
Na decisão questionada pelo advogado, o ministro Dias Toffoli deixou claro que não há crime na conduta de Alexandre de Moraes e que o fato de o ministro ser o relator do inquérito das fake news “não é motivo para concluir que teria algum interesse específico, tratando-se do regular exercício da jurisdição”.
“Considerando-se que os fatos narrados na inicial evidentemente não constituem crime e que não há justa causa para o prosseguimento do feito, nego seguimento”, ressaltou mais uma vez o ministro Dias Toffoli. Ele afirmou, ainda, que a maioria das alegações de Bolsonaro é matéria de defesa, isto é, deve ser apresentada nos inquéritos aos quais o presidente da República responde.
Bolsonaro agora recorreu à PGR contra a decisão de Toffoli. E tem mais. Por meio de seu Partido Liberal (PL), ele ingressou, ontem, com as duas primeiras ações no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). As informações são da CNN Brasil.
Nas duas ações, o PL pede ao TSE que vídeos de eventos do petista sejam retirados da internet e que o PT seja condenado à pena máxima prevista no artigo 36 da Lei Eleitoral, que versa sobre a irregularidade da propaganda antecipada. De acordo com a lei, a multa mais alta é de R$ 25 mil.
Chega disso; afinal, pode ter um mineiro nas notícias em cargo na Mesa Diretora da Câmara dos Deputados. E ele vai disputar a vice-presidência da Casa pelo PL. “Na reunião do partido, com quase 45 deputados, o nome vencedor foi o deputado Lincoln Portela (MG)”, anunciou o líder do PL, deputado Altineu Cortes (RJ).
Só que teve uma confusão danada. E partiu do procurador-geral da República, Augusto Aras. Ele perdeu a paciência e quase partiu pra cima do subprocurador Nívio de Freitas. Foi em uma sessão do Conselho Superior do Ministério Público Federal, ontem. O PGR chegou a se levantar da cadeira e precisou ser contido por seguranças.
Parece piada pronta, mas vale: Augusto Aras anunciou que, em 27 de junho, será lançada a campanha do Movimento Nacional em Defesa dos Direitos das Vítimas.
Ajuda para trens
Quem esteve no Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG) foi o presidente da Comissão Extraordinária Pró-Ferrovias Mineiras da Assembleia Legislativa (ALMG), deputado João Leite (PSDB). Recebido pelo presidente da instituição, Marcelo Bomfim, pelo diretor comercial, Rômulo de Freitas, e o superintendente de médias e grandes empresas, Ewerton Rocha, o parlamentar fez uma rápida explanação sobre o plano de expansão da malha ferroviária no estado e solicitou formas de o BDMG liberar recursos para investidores na área.
Pôr nos trilhos
Já tem empresas interessadas em investir em vagões, como a Santa Matilde, de Conselheiro Lafaiete. Mas há necessidades de investimentos em trilhos e dormentes. Também conversaram sobre a possibilidade de se fazer análise das necessidades de implantação de terminais logísticos em Minas Gerais, onde tem apenas cinco, em desvantagem com São Paulo, que tem 27. O presidente do BDMG, Marcelo Bomfim, demonstrou grande interesse que a instituição tem em participar da retomada ferroviária, como assegurou João Leite.
Mal-educado
O presidente da República, Jair Messias Bolsonaro (PL), recebeu a visita do assessor especial da Casa Branca, Chris Dodd, na manhã de ontem, fora da agenda, no Palácio do Planalto, para discutir a participação na Cúpula das Américas, que vai ocorrer entre 6 e 10 de junho. O Brasil não confirmou a presença. O emissário do governo dos Estados Unidos da América (EUA) era esperado pelo governo brasileiro desde o mês passado. No entanto, Chris Dodd foi diagnosticado com a COVID-19 e Bolsonaro se recusou a conversar por meio virtual.
Uma covardia
“Achei um gesto desrespeitoso. Por três anos seguidos, o número foi meu e conquistei votações expressivas, elegendo vários membros do partido junto comigo. Fiquei sabendo por terceiros que o número foi dado ao filho do Bolsonaro, e eles até agora não me procuraram para dar uma justificativa.” A declaração é do deputado Tiririca, um dos mais votados na história da Câmara Federal, sobre o número 2222. “Foi uma covardia o que fizeram. Já decidi que não sairei candidato neste ano. Fiquei sabendo por terceiros que o número foi dado ao filho do presidente Jair Messias Bolsonaro.”
A mais jovem
O Partido Comunista Brasileiro lança a pré-candidatura de Nina Lía Rosa, mais conhecida como Espaguete, à Câmara Federal. A estudante de 20 anos é a pré-candidata mais jovem a deputada federal de Minas Gerais. Nina ganhou o apelido “Espaguete” na capoeira, e além de capoeirista é travesti, estudante de geografia na UFMG, comunista, vegana e trans feminista. Apesar de jovem, ela já participou de importantes debates sobre transfobia. O mais recente foi “Transfobia como obstáculo para a construção de uma Universidade Popular: casos no meio acadêmico”.
PINGA FOGO
- Os policiais federais intensificaram as manifestações contra Jair Messias Bolsonaro (PL) pelo descumprimento de promessas de aumento salarial e de valorização das carreiras que haviam sido feitas anteriormente. “Te salvamos da facada e agora vai nos esfaquear pelas costas?”
- “Outra forma de pressão a Bolsonaro é a intensificação de fiscalização em aeroportos e a redução da análise e autorização do porte de armas, uma pauta cara ao presidente e seus apoiadores”. E tem mais: os trabalhos foram suspensos, ontem, em vários aeroportos do país.
- Os integrantes da Organização Mundial da Saúde (OMS) reelegeram Tedros Adhanom Ghebreyesus como diretor-geral, por uma ampla maioria, para mais um mandato de cinco anos. A votação secreta foi uma formalidade, já que Tedros era o único candidato na disputa.
- Os presentes se revezaram para apertar a mão e abraçar Tedros. O presidente da assembleia teve que bater o martelo várias vezes para parar os aplausos.
- O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse, ontem, que cabe ao CEO e à diretoria da Petrobras tratarem do preço de combustíveis. Perguntado se a reação do mercado à demissão do presidente da Petrobras seria equivocada, Guedes, que é da escola liberal de Chicago, economizou: “Certamente”.