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Bolsonaro volta a insistir no discurso de eleições auditáveis em outubro

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O presidente Jair Messias Bolsonaro (PL) participou, ontem, das comemorações do aniversário da cidade goiana de Jataí, onde inaugurou a primeira etapa de um complexo esportivo. Durante o discurso, o presidente elogiou a contribuição da região para o agronegócio do país e comentou sobre a possibilidade de o Supremo Tribunal Federal (STF) decidir pela criação do novo marco temporal para a demarcação de terras indígenas.





 

“Esta região é voltada para o agronegócio. Sabemos o que representam para nossa economia. Não podemos entender a possível aprovação de um novo marco temporal para o Brasil. Somos um povo de paz.” Até aí, estava tudo bem. Mas logo veio o já tradicional me engana que não aceito: “Nos entendemos muito bem com todos, em especial com os indígenas”.

 

Bolsonaro também fez comentários sobre o processo eleitoral. “Eleições limpas, democráticas e auditáveis são a garantia da nossa democracia”, disse ele ao defender, também em nome da democracia, o acesso às armas pelo cidadão brasileiro.

 

E teve mais do presidente. Ele disse que comparecerá aos debates, mas só se ele conseguir chegar ao segundo turno. Já no primeiro turno ele não confirmou. Faz sentido, ele seria o alvo predileto de todos os candidatos, ou, pelo menos, de praticamente todos os seus demais oponentes.





 

“No segundo turno, vou participar. Se eu for para o segundo turno, devo ir, né, vou participar. No primeiro turno, a gente pensa. Porque se eu for, os 10 candidatos ali vão querer todo o tempo dar pancada em mim. E eu não vou ter tempo de responder para eles. Vai fazer pergunta para outro, vão dar pancada em mim, depois a pergunta para outro.” Ainda do presidente Bolsonaro.

 

Já o seu principal adversário disse: “Você viu o que foi feito com o rapaz Genivaldo, em Sergipe? Aquilo é comportamento da polícia? Três homens para enfrentar uma pessoa com problema de distúrbios mentais fazer aquela violência? É falta de formação, atuação, de inteligência, de preparação”. Tudo isso partiu do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Ele participou de entrevista na manhã de ontem para a Rádio Bandeirantes.

 

Em ato com movimentos sociais, Lula, ao lado da esposa, Rosângela da Silva, a Janja, e do pré-candidato a vice em sua chapa, Geraldo Alckmin (PSB), fez um minuto de silêncio em homenagem a Genivaldo de Jesus Santos.

 

Durante o protesto, em silêncio, placas com os dizeres “Justiça por Genivaldo” foram exibidas. Representantes de movimentos sociais, como a liderança indígena Sônia Guajajara, também estavam presentes, entre vários outros simpatizantes.





 

 

(foto: EVARISTO SÁ/AFP)

 

Missão de Alckmin

O ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (foto) (PSB) participará do lançamento da pré-candidatura de Alexandre Kalil (PSD) ao governo de Minas Gerais, no próximo dia 10, em Uberlândia. Será o primeiro evento público desde o fechamento da aliança entre o presidente Lula (PT) e o ex-prefeito de BH. Lula também estará no lançamento. A missão de Alckmin, vice na chapa de Lula, é atrair o apoio de demais integrantes do PSD para a campanha petista, devido à sua influência no Sudeste e capacidade de diálogo em busca de um acordo nacional. O ex-tucano chegou a ser convidado pelo presidente do PSD, Gilberto Kassab, pra se filiar ao partido

 

São da paz

Os brasileiros são, em maior número, da paz e querem passar bem longe de ter uma arma. É o que mostra a pesquisa Datafolha divulgada ontem. A porcentagem não mente. São, nada menos, sete em cada 10 brasileiros que negam a ideia de que armas trazem mais segurança para a população. Os pesquisadores questionaram se a sociedade brasileira seria mais segura se as pessoas andassem armadas para se proteger da violência. Os números falam por si: 72% dos entrevistados discordaram da afirmação. Os que concordam com a ideia são 26%.

 

Mais pesquisa

Bem, nem tanto, mas a declaração fala por si. “Olha, eu estou esperançoso. O nível das duas candidaturas têm rejeição muito alta. Isso é mais importante do que quem está liderando as pesquisas. Segundo ponto é que, para mais de 60% dos brasileiros, a economia está no caminho errado. Inflação de volta, recorde de desemprego, recessão e aumento da miséria.” O pré-candidato do partido Novo, Felipe D'Avila, diz acreditar na vitória de um candidato fora da polarização de Lula e Bolsonaro. Tudo isso na sabatina do Correio Braziliense, dos Diários Associados.

 

Pedágios

O deputado João Leite (PSDB) conseguiu na comissão especial da Assembleia Legislativa (ALMG) aprovar, em segundo turno, a emenda constitucional que estabelece a competência do Conselho Deliberativo de Desenvolvimento Metropolitano para autorização de implantação de praças de pedágio em municípios da Grande BH e do Vale do Aço. O próximo passo é levar a emenda para votação no plenário. “Se aprovado, vai para promulgação do presidente da Casa, Agostinho Patrus (PV)”.





 

252 emendas

A falta de quórum impossibilitou, de novo, a votação da proposta de emenda à Constituição (PEC) que trata da reforma tributária, na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Diante da presença de apenas 13 senadores, já que são necessários no mínimo 14 para deliberação, o presidente da CCJ, Davi Alcolumbre (União-AP), óbvio, cancelou a reunião. Detalhe: a matéria já recebeu 252 emendas, das quais quase 70 foram acatadas, mas ainda não há consenso entre os integrantes da CCJ para a sua devida análise.

 

 

PINGA FOGO

 

(foto: NELSON JR/SCO/STF )
 

 

  • Por fim, a Justiça de São Paulo condenou o engenheiro Antônio Carlos Bronzeri e o autônomo Jurandir Pereira Alencar, apoiadores de Jair Bolsonaro (PL) que, em maio de 2020, protestaram em frente à residência do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes (foto).
  • Os dois foram condenados a 19 dias de prisão, em regime aberto, por perturbação do sossego alheio. Ou seja, nem precisaram dormir atrás das grades. Sendo assim… FIM!