“Realizada apuração preliminar com o apoio da Polícia Federal, confirmou-se que houve corte na conexão da operadora Lumen. A empresa, em diversos comunicados enviados à Câmara dos Deputados, prestou informações no sentido de que houve interrupção dos serviços por rompimento de fibra óptica no território de Brasília.
O grave problema, segundo a empresa, afetou diversos clientes no Distrito Federal. Os serviços foram retomados às 2h da manhã”, declarou Lira na nota lida em plenário.
“É um fato extraordinário de uma grave agressão ao Poder Legislativo. Por isso, a Polícia Federal (PF) já soltou nota à imprensa. Esta presidência, diferente do que alguns pensam, sempre prezou pela manutenção no nome desta Casa”, acrescentou ainda o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL).
Já ontem, Arthur Lira afirmou que a fibra ótica de uma empresa prestadora de serviços rompeu. Ele comentou ainda que houve falha no sistema de votação.
Os problemas ocorreram em meio à votação da chamada PEC Kamikaze, uma proposta do governo do presidente da República, Jair Messias Bolsonaro (PL), que concede uma série de benefícios sociais às vésperas das eleições, e que só vai valer apenas para este ano.
O presidente da Câmara dos Deputados abriu nova sessão, desta vez com quórum remoto, para votar a proposta de emenda à Constituição que cria o estado de emergência para ampliar o pagamento dos benefícios sociais até o fim do ano.
Mudando um pouco de assunto, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), ainda não anunciou qual candidato apoiará na disputa presidencial em outubro. Ele chegou a figurar como pré-candidato do PSD à Presidência, mas recuou da candidatura.
Mas ontem ele esteve com o pré-candidato do PT à Presidência da República Federativa do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, para um almoço na residência oficial do Senado Federal, em Brasília. A bancada do PT no Senado trabalhava desde abril para agendar o encontro.
Também presente o pré-candidato a vice-presidente na chapa petista, o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin. Já Lula participou de encontro com deputados e senadores em auditório da capital. Ele discursou por pouco tempo e posou para fotos com os congressistas. Os participantes foram orientados para não ceder a provocações de adversários.
Rápido discurso
Em passagem por Brasília, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva reuniu, ontem, pela manhã, em torno de 150 parlamentares dos partidos da federação e de alguns que já deixaram claro o apoio ao petista, como PSD e MDB, para tirar fotos. Lula fez rápido discurso ao grupo, em que enfatizou a retomada da governabilidade pelo Parlamento, algo que, segundo ele, foi perdido com a ascensão de Jair Messias Bolsonaro (PL). E óbvio que não perdeu a chance de fazer o seu comercial: fez questão de relembrar o reconhecimento internacional que obteve quando estava à frente do governo.
Passa por Minas
O líder do Novo, Tiago Mitraud (MG), teme que a proposta cause inflação por causa da ingestão de bilhões na economia. “Esta é uma PEC contra a população mais pobre, que vai ter de pagar mais na frente com aumento de impostos por causa do aumento da dívida.” O líder do PT, Reginaldo Lopes (MG), afirmou que o estado de emergência não é mais necessário e acusou a proposta de ter fins eleitorais. “Estamos dando um cheque em branco.” Desta vez, quem diz é o deputado Hildo Rocha (MDB-MA). O deputado General Girão (PL-RN) acusou a oposição de votar contra o povo.
“Ficarei calado”
“Eu me reservo o direito de ficar em silêncio.” Foi o que fez o ex-presidente da Caixa Econômica Federal (CEF) Pedro Guimarães, diante da investigação das denúncias de assédio sexual e moral por ele praticado. O Ministério Público Federal (MPF) analisa se os relatos das vítimas podem levar à responsabilidade civil e criminal e se há provas de que as condutas dos dirigentes configuram crimes, como de assédio ou ato de improbidade administrativa. De acordo com o procurador responsável pela investigação, Paulo Neto, Guimarães preferiu não exercer seu direito de defesa na investigação.
Vai ao Supremo
“Vou entrar com mandado de segurança no STF por ter as minhas prerrogativas parlamentares violadas pelo presidente da Câmara. Não pude votar ontem porque ele mudou a regra de votação no meio do jogo. Hoje mudou novamente. A oposição tem as prerrogativas comprometidas.” Quem diz é o deputado Glauber Braga (Psol-RJ), em coletiva de imprensa no Salão Verde da Câmara dos Deputados. Braga deixou claro que não pede o encerramento de toda a sessão. O deputado diz que o presidente da Câmara Federal mudou a regra do jogo mais uma vez. Medo do quórum.
Flavio Bolsonaro
“Lamento a @VoeGOL oficial tomar esta iniciativa. Espero que não seja em função de alguma promessa do ex-presidiário de ajudar a companhia aérea, caso aconteça a catástrofe de sua quadrilha voltar ao poder. Aguardo uma posição oficial da empresa.” No vídeo publicado, Flávio diz que exemplares da revista estavam sendo distribuídas no balcão da companhia aérea no aeroporto de Congonhas. Tudo por dar aos seus clientes exemplares da revista Veja, que estampa a capa com uma foto do presidente Jair Bolsonaro (PL) e a manchete ‘Perigo à vista’.
Pinga-fogo
Mais de 20 incêndios florestais avançavam em Portugal e outros vários assolavam o Oeste da Espanha ontem, ameaçando vilas e interrompendo as viagens de férias de turistas em meio a uma onda de calor que pode fazer as temperaturas subirem acima dos 40 graus Celsius.
Na França, cerca de 800 bombeiros, apoiados por seis aeronaves, enfrentavam dois incêndios que já provocaram a retirada de milhares de turistas. As chamas e a fumaça densa podiam ser vistas dos dois lados da estrada, enquanto helicópteros e aeronaves despejavam água.
A inflação ao consumidor nos Estados Unidos saltou em junho a 9,1%, taxa anual mais elevada em mais de quatro décadas, sob a pressão dos preços da gasolina, alimentos e aluguéis, consolidando as expectativas de que o Federal Reserve, o banco central norte-americano, aumentará os juros.
Melhor voltar ao Brasil. A família do Paulo Leminski (1944-1989) ficou indignada com o ex-juiz suspeito Sergio Moro depois de ele citar um poema do autor paranaense ao anunciar a sua pré-candidatura. Sérgio Moro citou o poema “Incenso fosse música”.
“O Paulo Leminski jamais concordaria com isso.” Sendo assim, é hora de encerrar por hoje. FIM!