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Estado de Minas EM DIA COM A POLITICA

PT oficializa candidatura de Lula com ataques ao governo Bolsonaro

''Momento que vivemos no país é muito difícil e essa não é uma eleição normal como as outras'', - disse Gleisi Hoffmann


22/07/2022 04:00 - atualizado 22/07/2022 09:58

PT e federação formada com PCdoB e PV formalizaram a chapa Lula-Alckmin
PT e federação formada com PCdoB e PV formalizaram a chapa Lula-Alckmin (foto: GABRIEL SOUZA/PT)

O PT oficializou, em convenção nacional, a chapa com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ex-governador Geraldo Alckmin para disputar o Palácio do Planalto em outubro. A presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, foi a encarregada de abrir o evento. Melhor ela própria detalhar: “Aprovamos nossa coligação de sete partidos e também delegamos à Executiva Nacional da federação poderes para discussão com outros partidos que possam querer integrar nossa coligação”. A federação partidária Brasil da Esperança é formada por PT, PCdoB e PV. Já a coligação conta também com PSB, Psol, PSTU e Rede.

Não é à toa que Gleisi preside o PT. Basta alguns trechos de seu discurso no evento: “É óbvio que tiramos como meta a ampliação desse movimento político. O momento que vivemos no país é muito difícil e essa não é uma eleição normal como as outras. Esta eleição traz elementos duros para a democracia brasileira”.

Terminada a convenção, Gleisi voltou a afirmar durante coletiva de imprensa que o pleito de outubro “é uma eleição que traz elementos duros para a democracia brasileira, como o ódio e a violência”. Só que ela fez questão de fazer alguns registros. Já que preside o PT, vamos a ela.

“Nós temos que combater, as forças democráticas têm que se unir para não deixar isso prosperar. Assim também como as ameaças à democracia, escalada autoritária que nós vimos nessa reunião que o Bolsonaro fez com embaixadores estrangeiros. Além de envergonhar e rebaixar o país, fala contra as nossas instituições”. Estava afiada a petista.

Já o presidente da República, Jair Messias Bolsonaro (PL), pelo jeito, optou por ficar em Brasília, mas teve agenda cheia. Só recebeu seus ministros, vamos a eles: Marcos Montes, ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento; Anderson Torres, ministro da Justiça e Segurança Pública; Bruno Bianco, advogado-geral da União; e Pedro César Sousa, subchefe para Assuntos Jurídicos da Secretaria-Geral da Presidência da República.

Feito este registro, melhor trazer de volta a Gleisi Hoffmann: “Ele [Bolsonaro]e seus filhos se elegem pela urna eletrônica. Na realidade ele não tem problema com a urna, é com o voto do povo”. E ficou nisso.

PT foi invadido

O pré-candidato a governador pelo PSD, o ex-prefeito de Belo Horizonte Alexandre Kalil, decidiu investir em municípios do Norte de Minas, considerados “redutos” do PT, partido do seu vice, André Quintão. Ele visitou ontem São Francisco e Brasília de Minas. Kalil afirmou que a região está “abandonada” e que seu desafio, se eleito, é melhorar as condições de vida da população mais carente desta parte do estado. Em Brasília de Minas, ao lado do deputado Paulo Guedes (PT) e do senador Alexandre Silveira (PSD), Kalil fez discurso duro contra o presidente Jair Bolsonaro (PL) e o governador Romeu Zema (Novo). “Vamos desalojá-los, colocar o senhor Bolsonaro na rua”, disse Kalil.

Com botina no pé

Ainda no Norte de Minas, o pré-candidato do PSD, Alexandre Kalil, enfatizou que sabe que, se for eleito governador, não será uma tarefa fácil melhorar as condições das regiões mais carentes do estado, como o Norte de Minas. “Não vejo facilidade. O que eu prometo para esse povo é trabalho, é colocar a pobreza no orçamento. Não tem nada fácil”, afirmou o ex-prefeito. “Tem que botar a botina no pé e trabalhar. Foi assim que fiz em Belo Horizonte: botei a botina e fui trabalhar, Fui ao povo pobre, fui olhar gente passando necessidade. É isso que vamos fazer”, completou.

Biden com COVID

“Pelos padrões de qualquer caso positivo na Casa Branca, a unidade médica informará a todos os contatos próximos do presidente ao longo do dia, incluindo todos os membros do Congresso e da imprensa que interagiram com o presidente durante a viagem de ontem. O último teste do presidente para COVID-19 foi na terça-feira, quando ele havia obtido resultado negativo”. O fato é que o presidente dos Estados Unidos da América, o democrata Joe Biden, está contaminado com o novo coronavírus. Ele fará isolamento, mas continuará a realizar todas as suas funções normalmente.


Foi embora

O presidente da Fundação Nacional do Índio (Funai), Marcelo Xavier, teve que se retirar de um evento que participava em Madri, na Espanha, ontem, depois de ser chamado de miliciano e assassino por um indigenista brasileiro que estava no local. Na Assembleia Geral do Fundo para o Desenvolvimento dos Povos Indígenas da América Latina e Caribe, o brasileiro Ricardo Rao se levantou de seu assento e, gritando, fez as acusações contra Marcelo Xavier, que acabou deixando o local. “Este homem não é digno de estar entre vocês”.

A Grã Bretanha

“Em eleições passadas, o sistema eleitoral e as urnas eletrônicas se mostraram seguras e passaram a ser reconhecidas internacionalmente por sua celeridade e eficiência”. É declaração que partiu da embaixada britânica no Brasil. “Nossa confiança no bom funcionamento do processo democrático do Brasil e esperamos que todo o país esteja comprometido com o respeito à democracia por meio de eleições livres e justas”. E finalizou: “Quem for escolhido pela nação brasileira poderá contar com o governo britânico”.

Pinga-fogo

Em tempo sobre Biden:, a vice-presidenta dos EUA, Kamala Harris, também foi alvo do coronavírus. Depois do resultado positivo de Biden, Ela voltou a fazer teste, que deu negativo.

Mais um Em tempo: “Marcelo Xavier é um assassino. Este homem é miliciano, é responsável pela morte do indigenista Bruno Pereira e do DomPhillips”. Foi o que disse também o brasileiro Ricardo Rao ao presidente da Funai.

E tem mais: depois das visitas a São Francisco e Brasília de Minas, nesta sexta-feira, Alexandre Kalil visita Porteirinha e Bocaiúva, também no Norte do estado. Ele dará continuidade à “caravana” pela região no sábado, quando visitará Januária, às margens do Rio São Francisco.

O procurador-geral da República, Augusto Aras, postou vídeo antigo em que defende o sistema eleitoral do país. Aras mantinha silêncio sobre reunião de Jair Bolsonaro com embaixadores na qual o presidente repetiu acusações já desmentidas sobre o processo eleitoral e as urnas.

Mesmo no passado, valeu o registro. Sendo assim, é hora de encerrar por hoje e decretar a já manjada despedida de sempre… FIM!



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