Vai começar com força a temporada das pesquisas eleitorais deste ano, embora ela esteja muito concentrada em dois fortes candidatos: o atual presidente da República Federativa do Brasil, Jair Messias Bolsonaro (PL), e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que já conduziu o país e terminou com aprovação recorde da população, com número superior a 80% de avaliação positiva.
Por que tudo isso? Era teste. A ONG internacional Global Witness publicou relatório mostrando que a Meta, dona do Facebook, não agiu para impedir publicações falsas na rede social sobre as eleições brasileiras.
A organização criou 10 anúncios com desinformação eleitoral para testar os sistemas de moderação de conteúdo diante das iniciativas da rede social para combater as fake news.
De acordo com a Global Witness, foram enviadas e aprovadas peças publicitárias com datas erradas e métodos de votação inexistentes no país, além de questionamentos sobre as urnas eletrônicas. Apenas uma das publicações foi inicialmente rejeitada, mas acabou sendo liberada após seis dias.
A Meta fez questão de deixar claro e evidente, ontem, que está comprometida “em proteger a integridade das eleições no Brasil e no mundo”. O Global Witness fala por si. É, pode ser, mas desta vez... Deixa pra lá, né?
Afinal, tem outra novela terminando. O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes definiu, também ontem, o prazo de cinco dias para o governo de Jair Messias Bolsonaro (PL) e as gestões estaduais traçarem um plano de prevenção e combate à varíola dos macacos.
“O comportamento errático e sem qualquer planejamento operacional em relação à disseminação da monkeypox, leia-se a varíola dos macacos, expõe o cenário de crise estrutural no Brasil quanto às políticas públicas na área da saúde, bem como a absoluta inércia estatal quanto à necessidade de vacinação e controle da epidemia dos macacos”, ressalta o pedido do PSB.
Uma última notícia. A coleta de assinaturas da carta em defesa da democracia e do processo eleitoral brasileiro, da Faculdade de Direito da USP, está suspensa desde ontem. O sistema acabou às 23h59 dessa segunda-feira. As assinaturas serão suspensas por conta do início oficial da campanha eleitoral. A carta já recebeu mais de 1,1 milhão assinaturas. Já cumpriu o seu devido papel.
Falta grana
Para Daniel Cara, professor da Universidade de São Paulo (USP), a revogação do teto de gastos é condição para que investimentos possam ser retomados. O Brasil precisa revogar a Emenda 95. “Para vocês terem uma ideia, quando, em 2016, eu estive com o ex-primeiro-ministro Gordon Brown, na Assembleia das Nações Unidas, apresentando a denúncia contra a Emenda 95, ele me disse que essa era a medida econômica mais cruel dos tempos recentes na humanidade.” O Brasil sofre por causa dos poucos recursos. Essa foi a conclusão de audiência pela Comissão de Educação.
Pose política
O ator Marcelo Serrado (foto), da novela “Cara e coragem” e que já interpretou o ex-juiz Sérgio Moro no filme “A lei é para todos”, esteve com o ex-presidente Lula (PT), ontem. Ele reafirmou apoio ao petista na eleição. “Lula está apaixonado, está feliz. Vai abraçar o Brasil inteiro. Acho importante todo mundo se juntar.” O ator tirou fotos fazendo o L com Lula e autorizou a divulgação das imagens nas redes sociais petistas. Lula agradeceu: “Hoje estive com Marcelo Serrado, profissional com personagens memoráveis no cinema e na TV. Vamos juntos pelo futuro do Brasil”.
Basta priorizar
Daniel Cara apresentou dados de que seria possível, dentro da realidade orçamentária, recuperar e melhorar a infraestrutura escolar em todas as regiões. Segundo estimativas exibidas por ele, o Brasil precisa investir cerca de R$ 20 bilhões a mais por ano com esse objetivo. Mas esse aporte não seria necessário por muitos anos. A partir das melhorias, o país passaria a cuidar mais da manutenção da nova infraestrutura. A posição foi motivada pela manifestação de Talita Dal'Bosco, coordenadora de infraestrutura educacional do Fundo Nacional pelo Desenvolvimento da Educação (FNDE).
ONU no Brasil
“O objetivo é, justamente, influenciar a nossa cadeia de valor, para que a gente possa aumentar a conscientização sobre os riscos e as mazelas de você fazer negócios que não são limpos.” O Pacto Global da Organização das Nações Unidas (ONU) no Brasil realiza, hoje, o primeiro módulo do curso Anticorrupção e cadeia de valor, voltado para empresas de pequeno e médio portes. Em formato on-line, o curso será realizado das 19h às 21h. Estão programados mais dois módulos, entre 18 e 23 deste mês, no mesmo horário.
Cuide da carreira
O debate terá a participação de Caio Marini, professor da FDC, que há mais de quatro décadas tem sido consultor em projetos de fortalecimento institucional do setor público no Brasil e no exterior; Clarissa Malinverni, secretária-executiva da Fundação Lemann; e Renata Vilhena, professora da Fundação Dom Cabral e ex-secretária de Planejamento e Gestão de MG. A FDC está na 9ª posição entre as escolas de educação executiva do ranking do Financial Times de 2022. O portal Seja Relevante traz notícias para quem quer saber o que há de mais importante na área de carreira.
Pinga fogo
- Em tempo, sobre as notas ‘Falta grana’ e ‘Basta priorizar’: dados apontados pelo professor, com base em pesquisa do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), hoje, o custo para universalizar o acesso à internet para todas as escolas públicas brasileiras está em R$ 3,8 bilhões. É factível.
- No mesmo evento, o presidente da subcomissão, senador Flávio Arns (Podemos-PR), afirmou que é necessária uma melhor articulação do FNDE com estados e municípios em relação a diagnósticos de déficit de infraestrutura, inclusive para que os parlamentares possam alocar mais verbas na área.
- Com a chegada do período eleitoral, o núcleo de Gestão Pública da Fundação Dom Cabral (FDC) busca discutir questões essenciais, como a importância de ter corpo técnico estratégico e eficiente para enfrentar os desafios do período de transição entre governos e dar confiança à sociedade.
- O processo de desmatamento na Amazônia e no cerrado (foto), até 2018, era da mesma magnitude em área, mas só que, na Amazônia, a partir de 2019, o processo se intensificou, refletindo as políticas ambientais do atual governo federal.
- A iniciativa da Fundação Dom Cabral (FDC) é para mobilizar lideranças e contribuir para o desenvolvimento sustentável do país. Diante de tudo isso, a FDC organiza um webcafé nesta quinta–feira, isso mesmo, em 18 de agosto.