Em temporada monopolizada de notícias só com temas eleitorais, o que cabe ao Executivo e ao Legislativo é confiar e respeitar o Judiciário, que cuida das eleições. Começou assim o presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). Ele disse, ontem, que confia na Justiça Eleitoral como poder isento para garantir equilíbrio, transparência e imparcialidade nas eleições.
Pacheco participou de seminário promovido pelo grupo Esfera Brasil, em São Paulo, que discutiu o equilíbrio das instituições brasileiras. Também participaram do painel o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (Progressistas-AL), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Dias Toffoli e o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira.
“O que cabe a esses dois Poderes, ou seja, o Executivo e o Legislativo, é confiar e respeitar o Poder Judiciário, que cuida das eleições, que cuida do processo eleitoral, que fará as eleições através de urnas eletrônicas, que até bem pouco tempo era motivo de orgulho nacional”, alertou o presidente do Congresso.
“Essa confiança no Poder Judiciário, através do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), é fundamental para que tenhamos a clareza para esse equilíbrio no momento atual, em que se discutem propostas, ideias e candidaturas.”
De acordo com o ministro Dias Toffoli, também presente ao evento, “o debate sobre a confiabilidade das urnas eletrônicas precisa ser superado. Para ele, os Poderes precisam agora atuar em harmonia e sem discurso de ódio para buscar e destravar o Brasil junto com a participação da sociedade”.
Bastaria, mas o ministro Toffoli, do seu jeito de não economizar nas palavras, acrescentou: “O que é importante é nós termos consciência da complexidade do nosso país, com 220 milhões de habitantes, com elites locais”. E acrescentou: “Nós não podemos deixar o ódio e a intransigência entrarem na nossa sociedade. Não podemos deixar acontecer no Brasil o que aconteceu na Argentina, por exemplo, em que não há diálogo”.
Arthur Lira também reforçou sua confiança na urna eletrônica e no sistema eleitoral brasileiro. Ele disse que o Legislativo tem buscado, junto com os outros Poderes, o respeito à autonomia e à responsabilidade de cada um deles.
Arthur Lira afirmou ainda que “o Brasil deseja tranquilidade e normalidade democrática para que o Congresso possa dar continuidade às pautas reformistas iniciadas por esta atual legislatura”.
Levou um século
O TRF-6, que se desmembra do TRF-1, é a primeira mudança do Judiciário brasileiro neste século. Uma cerimônia com os presidentes da República, Jair Messias Bolsonaro (PL), e do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, inaugurou ontem o Tribunal Regional Federal da 6ª Região, novo braço da Justiça Federal, com sede em Belo Horizonte, que atuará apenas em Minas Gerais. O evento também deu posse aos 18 desembargadores. A desembargadora Mônica Sifuentes foi escolhida a primeira presidente do tribunal. Vallisney de Souza Oliveira tomou posse como vice-presidente.
Aula de história
“Nós elegemos o primeiro presidente em 1989. O Fernando Collor governou com essa gente e foi cassado. Fernando Henrique Cardoso governou com essa gente e o PSDB nunca mais ganhou uma eleição nacional. O Lula governou com essa gente e foi preso. A Dilma Rousseff governou com essa gente e foi cassada. O Michel Temer governou com essa gente e foi preso. O Bolsonaro está governando com essa gente e está desmoralizado.” A declaração é do candidato à Presidência da República Ciro Gomes (PDT). Ele esteve em Osasco, em São Paulo. Visitou fábricas e conversou com operários.
Var dar em nada
O PDT pediu, ontem, que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) derrube o registro da candidatura do presidente da República Federativa do Brasil, Jair Messias Bolsonaro (PL), e do seu vice, general Walter Braga Netto, além de torná-los inelegíveis. O partido alega irregularidades na conduta do presidente, que repetiu suspeitas, já desmentidas por órgãos oficiais, sobre as eleições de 2018, e a segurança das urnas eletrônicas. Nesse contexto, sustentou que as mentiras sobre as urnas teriam beneficiado sua campanha e a de candidatos bolsonaristas que também atacaram a Justiça Eleitoral.
Anhangabaú
O evento marca o início da campanha da coligação Brasil da Esperança, leia-se da federação PT, PV e PCdoB com o PSB no estado de São Paulo. Deve reunir todos os candidatos da coligação para deputado federal e deputado estadual. O fato é que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) faz comício, hoje, no Vale do Anhangabaú, em São Paulo, junto com outros aliados, como o candidato a governador de São Paulo Fernando Haddad (PT). Nas redes sociais, diversas lideranças fizeram coro para convocar a população.
Lava-Jato
O candidato a deputado federal e ex-coordenador da Lava-Jato Deltan Dallagnol (Podemos-PR) gravou vídeo oficial para a campanha do senador Alvaro Dias (Podemos-PR) apoiando sua reeleição. Dias é adversário do ex-juiz Sergio Moro (União Brasil-PR), responsável pelos julgamentos da Lava-Jato em 1ª instância, na disputa pelo Senado. "O senador Alvaro Dias se dedicou com coragem de modo incansável no combate à corrupção e defesa da Operação Lava-Jato por meio da sua conduta, das suas palavras e propostas. Precisamos de mais pessoas como Alvaro Dias na política, que defendem o fim do foro privilegiado, prisão em segunda instância e as reformas política, tributária e do Judiciário", afirmou Dallagnol.
Pinga-fogo
No segundo maior colégio eleitoral do país, o ex-presidente Lula lidera com 20 pontos percentuais de vantagem sobre o presidente Jair Bolsonaro. Nenhum presidente venceu as eleições sem ganhar em Minas Gerais.
Jair Bolsonaro postulava o apoio do governador Romeu Zema (Novo), candidato à reeleição. Mas não houve acordo. O governador formará chapa pura, tendo o seu ex-secretário de governo Mateus Simões, também do partido Novo, como vice.
A imprensa internacional chama o presidente Jair Messias Bolsonaro de temperamental depois da briga com o youtuber Wilker Leão. A CNN registrou que o presidente avançou fisicamente no youtuber, ex-cabo do Exército, que se declara “anti-Bolsonaro”.
Na mesma linha, a BBC internacional afirmou que o youtuber foi pego pela camisa e pelo braço depois de se dirigir a Bolsonaro com insultos, chamando-o de covarde e outras provocações. A mais dura repercussão foi feita pelo jornal norte-americano Washington Post.
Sendo assim, é o suficiente por hoje. Bolsonaro até tem tentado ser mais contido, mas apanha do mesmo jeito. É assim o seu comportamento. Sendo assim… FIM!