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EM DIA COM A POLÍTICA

Jair Bolsonaro parte para o ataque no debate, mas apanha das mulheres

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“Vera, não podia esperar outra coisa de você. Eu acho que você dorme pensando em mim, você tem alguma paixão por mim. Você não pode tomar partido num debate como este, fazer acusações mentirosas a meu respeito. Você é uma vergonha para o jornalismo brasileiro”, disse o presidente da República Federativa do Brasil, Jair Messias Bolsonaro, à jornalista Vera Magalhães, durante o debate entre presidenciáveis, no domingo.





“Não pedi sua opinião. Já está apelando... A senhora Tebet é uma vergonha no Senado Federal. E não estou atacando mulheres, não. Não vem com essa historinha de atacar mulheres, de se vitimizar”, disse também.

À agência de notícias Reuters, o CEO da Dharma Political Risk, Creomar de Souza, afirmou que o posicionamento de Bolsonaro contra a jornalista e também contra a candidata do MDB, Simone Tebet, prejudicou o desempenho do presidente.

“Creio que foi um debate protagonizado por coadjuvantes. Tebet foi a única que de fato enfrentou Bolsonaro e como isso funcionou, ao final deu até leves estocadas no Lula.” E destacou: “Acho que o presidente Bolsonaro perdeu votos potenciais entre as mulheres”.





Os analistas políticos apontam que o voto feminino é um dos principais problemas para a campanha de Bolsonaro. Haja vista que, para o Datafolha, Bolsonaro tem apenas 29% das preferências das mulheres, enquanto o ex-presidente Lula, candidato do PT, conta com 47%.

“Ficou muito claro que qualquer um dos dois, tanto Lula quanto Bolsonaro, não vai trazer paz para o Brasil. Se um deles for eleito, nós arrastaremos nossos atuais problemas para 31 de dezembro de 2026. Ontem, o eleitor viu que tem alternativas”, declarou Simone Tebet.

Melhor mudar de assunto, já que o ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Carlos Horbach determinou, ontem, que o candidato à Presidência da República pelo PTB, Roberto Jefferson, não participe do horário eleitoral gratuito até que o plenário da corte decida sobre a legalidade da sua candidatura.





Mais cedo, o Ministério Público Eleitoral (MPF) havia pedido que Jefferson fosse vetado da propaganda. O vice-procurador-geral eleitoral, Paulo Gonet, afirmou que a medida busca impedir que candidaturas desprovidas de viabilidade jurídica, como a de Jefferson, tenham acesso a formas públicas de financiamento.

O político está inelegível até dezembro de 2023, como consequência de ter sido condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), em 2012, no julgamento do mensalão. E, como não poderia deixar de ser, Jefferson vai continuar trancafiado.

Jeito judicial

“Na espécie estão presentes os requisitos do art. 240 do Código de Processo Penal, para a ordem judicial de busca e apreensão no domicílio pessoal, pois motivada em fundadas razões que, alicerçadas em indícios de autoria e materialidade criminosas, sinalizam a necessidade da medida para colher elementos de prova relacionados à prática de infrações penais”, escreveu o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. E o ministro Alexandre de Moraes deixou claro: “Não há dúvidas de que as condutas dos investigados indicam possíveis atentados contra a democracia e o Estado de direito”.





Basta aprofundar

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, afirmou ainda que os fatos apurados em dois inquéritos, dos quais ele também é relator, tornam imprescindíveis as investigações sobre os empresários. Os inquéritos são os das fake news, que apuram disseminação de informações falsas. “Os envolvidos não negam a autoria das mensagens, o que demonstra a necessidade das ações ora propostas para que o Estado não se fie somente em informações de fontes abertas e consiga aprofundar”, ressaltou a PF, que cuida das milícias que atuam na internet contra as instituições democráticas.

Ainda a pandemia

As secretarias estaduais e municipais de Saúde registraram 12.458 novos casos da COVID-19 nas últimas 24 horas, em todo o país. De acordo com os órgãos, foram confirmadas também 128 mortes por complicações associadas à doença no mesmo período. Os dados foram divulgados pelo Ministério da Saúde. O balanço não inclui os óbitos de Mato Grosso do Sul, que não foram informados. O total de infectados da COVID durante a pandemia já soma 34.397.205. Com os números de ontem, o total de óbitos alcançou 683.622 desde o início da pandemia.

Ela não para!

Acompanhada da candidata a vice em sua chapa na eleição presidencial, Mara Gabrilli (PSDB), a senadora Simone Tebet (MDB) visitou uma organização não governamental (ONG) no Centro de São Paulo, que atende crianças e jovens. Durante a agenda na ONG, Simone Tebet afirmou que, se eleita, vai instituir o programa Bolsa Jovem, para criação de poupanças para estudantes. Os recursos serão depositados nas contas dos alunos, mas só poderão ser movimentados depois da conclusão do ensino médio. A proposta tem o objetivo de reduzir a evasão escolar.





Energia limpa

“Se ganharmos as eleições, vai ficar claro que o Brasil precisará da União Europeia. Nós precisamos de ajuda, precisamos de parceria, seja de investimento ou seja do ponto de vista de troca de ciência e tecnologia, seja do ponto de vista da participação na construção de um mundo verdadeiramente limpo, sem emissão de gás carbônico. E o Brasil pode ser protagonista nisso.”O fato é que Luiz Inácio Lula da Silva (PT) reuniu-se, ontem, com deputados do Parlamento Europeu em São Paulo e defendeu parceria entre o Brasil e a União Europeia para cuidar da Amazônia.

Pinga-fogo

Em tempo: Simone Tebet e Mara Gabrilli visitaram salas de aula, acompanharam atividades e assistiram a uma apresentação feita pelos jovens. “Não tenho medo de cara feia, não tenho medo de fake news, não tenho medo de ameaça. Já estou recebendo inclusive críticas e ameaças em fake news”, disse ela sobre a campanha eleitoral.

E tem mais um registro da senadora do MDB: “Quanto mais me ameaçarem, quanto mais nos agredirem, quanto mais humilharem as mulheres brasileiras, maior é a nossa responsabilidade”. Em campanha, a senadora visitou ontem pela manhã a União Brasileiro-Israelita do Bem-Estar Social (Unibes).





Outro Em tempo: o presidente Lula (PT) acrescentou que as pessoas sabem que a questão climática é “essencial” para a sobrevivência do planeta, mas “teimam” em não respeitar o meio ambiente.

 O plenário do Senado aprovou, ontem, o projeto de lei que derruba o “rol taxativo” para a cobertura de planos de saúde. Pelo texto, os planos de saúde serão obrigados a financiar tratamentos de saúde que não estejam na lista da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).

O projeto foi relatado pelo senador Romário (PL-RJ). Ele veio da Câmara dos Deputados e foi aprovado sem mudanças, para não precisar voltar aos deputados. Sendo assim, ele segue agora para a sanção presidencial. Basta por hoje. FIM!