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EM DIA COM A POLÍTICA

O ''Tiquinho de Lula'' para vencer a eleição e Bolsonaro ataca o STF

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O ex-presidente da República do Brasil Luiz Inácio Lula da Silva (PT), candidato de novo a comandar o Palácio do Planalto, brincou com a coordenação de sua campanha, ontem, que “falta um tiquinho” para ganhar as eleições, já em primeiro turno.





“Faltam 20 e poucos dias. Todas as eleições de que participei nunca tivemos a chance de resolver no primeiro turno como temos nestas eleições. E não temos que ter vergonha de dizer isso”, afirmou o petista. Ele se reuniu, ontem, com integrantes da coordenação de sua campanha, representantes de partidos da coligação e de movimentos sociais em São Paulo.

Sem citar o seu opositor e atual presidente Jair Messias Bolsonaro, do Partido Liberal, Lula continuou: “Se o cara que tem 1% quer ir para o segundo turno, por que nós não podemos querer ganhar no primeiro turno se falta apenas um tiquinho? Um tiquinho. Veja quanto falta para a gente ganhar. Tem hora que é 5%, tem hora que é 4%, 3%”.

O Dia da Independência “é a comemoração de uma festa de interesse de 215 milhões de brasileiros”. É ainda do candidato petista. Mas tem mais: “De um lado, nós temos o candidato que está no cargo, tentando utilizar a máquina pública. Inclusive agora, usurpando o 7 de Setembro do povo brasileiro para ser uma coisa pessoal dele”.





Já o atual presidente da República, Jair Messias Bolsonaro (PL), partiu para a provocação, atingindo do Supremo Tribunal Federal (STF) à imprensa. Ataques a ela são mesmo comuns em todo o seu mandato. Só que o alvo de ontem foi mais grave.

Ele convocou “os oito empresários para estarem comigo no 7 de Setembro”. E teve mais: “Se não for possível, que vão ao Rio de Janeiro. Convidei. São pessoas honradas. Duas têm contato comigo. E outra coisa, ninguém sabe o que está no processo, processo de fake news, atos antidemocráticos. Ninguém sabe”.

A equipe do presidente acredita que, se conseguir elevar a rejeição a Lula, vai também contribuir para reduzir a rejeição do eleitorado a Bolsonaro. Até agora, o trabalho para diminuir a rejeição ao nome do presidente não teve efeito. Muito antes pelo contrário. O cenário não anda bom.





Mas não é só isso. Mesmo se conseguir evitar uma derrota já no 1º turno, Bolsonaro não conseguiria se reeleger se o 2º turno fosse hoje, por causa das mulheres. Será mesmo muito difícil. Afinal, Lula tem vantagem de 23 pontos a mais que Bolsonaro na simulação de 2º turno entre o eleitorado feminino. Com os homens, a vantagem do petista é de um terço disso: 8 pontos apenas.

Aceno à PGR

“A lista tríplice será cumprida, atendida. É um direito do Ministério Público, de preferência constitucionalizado para não ter problema. É uma instituição de Estado. Não é uma instituição de governo.” A declaração é da candidata à Presidência da República Simone Tebet (MDB), reforçando o seu compromisso, se vencer, de atender à lista tríplice da categoria para a Procuradoria-Geral da República (PGR). Para lembrar, o presidente Jair Messias Bolsonaro (PL) ignorou a lista da categoria ao indicar Augusto Aras para um segundo mandato à frente da PGR.

Bicentenário

“Quando comemoramos 200 anos da Independência do Brasil, o noticiário nos assusta, revelando que o país já está coberto por uma nuvem de medo e apreensão. O prédio do Supremo, seus ministros e a Esplanada estão com segurança reforçada. Capitais reforçando o policiamento. E grupos adversários se preparam para o enfrentamento nas ruas. Recuso-me a acreditar que o bicentenário de nossa independência seja marcado pela mistura explosiva de desfile cívico, comícios, protestos, ameaças e brigas.” Tudo isso é da deputada federal Renata Abreu (Podemos).





Que ousadia, hein!

“Eu ouso dizer: se não sou eu o presidente, o Brasil já estaria em uma ditadura. Essa é a verdade.” O presidente Jair Messias Bolsonaro, o Liberal, afirmou ontem que essa seria a realidade se o seu adversario (Fernando Haddad) tivesse vencido. E elogiou o próprio governo: “Um governo que realmente se preocupa com a sua população. Um governo que respeita a família, respeita as religiões. Um governo que luta 24 horas por dia por liberdade. E está dando exemplo na economia para o mundo todo”.

Chacina de Unaí

A Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu ontem, por unanimidade, reduzir as penas de três condenados pelo episódio que ficou conhecido como Chacina de Unaí. O principal mandante, Norberto Mânica, foi condenado inicialmente a 98 anos e seis meses de prisão pelo júri. A pena foi reduzida a 65 anos e sete meses. Só que, agora, ela diminuiu ainda mais, para 56 anos e três meses de reclusão. O relator dos pedidos, ministro Ribeiro Dantas, negou a anulação dos júris que condenaram os réus, mas reduziu as penas.

Tabela do SUS

O presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luis Roberto Barroso se reuniram, ontem, para tratar da decisão que suspendeu a lei que fixou o piso salarial dos profissionais de enfermagem. A reunião durou uma hora e foi realizada no gabinete do ministro. “Três pontos foram colocados como possibilidades: a correção da tabela do Sistema Único de Saúde (SUS), a desoneração da folha de pagamentos do setor e a compensação da dívida dos estados com a União.” A informação veio do Supremo Tribunal Federal (STF).





Pinga-fogo

Em tempo, sobre a nota ‘Bicentenário’, publicada pela deputada Renata Abreu (Podemos). “Gente, é para ser uma grande festa nacional, comemorada por todos os brasileiros. É o bicentenário. Até o coração de Dom Pedro I está aqui. E olha que veio de lá de Portugal.”

Mais um Em tempo, para lembrar da chacina de Unaí: o crime, ocorrido em 2004, em que auditores e um motorista foram assassinados em uma emboscada na área rural de Unaí. Os servidores investigavam trabalho escravo em fazendas da região.

Calma que tem mais, ainda do presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (PSD–MG): ele confirmou que não deve participar do desfile de 7 de Setembro na Esplanada dos Ministérios, em Brasília.

Ele disse que vai receber o presidente da República e outros chefes de Estado, quinta–feira, em sessão solene do bicentenário da Independência no Congresso, depois do feriado. A celebração será aberta com a exposição que mostrará os 200 anos pela ótica do Congresso e suas conquistas sociais.

Sendo assim, um bom feriado a todos. FIM!