Jornal Estado de Minas

EM DIA COM A POLÍTICA

O Congresso Nacional foi de fato independente no Bicentenário

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“Celebramos hoje o bicentenário de nossa Independência, um dos eventos cívicos de maior significado político da nossa ainda jovem e promissora nação. Sem dúvida, o enredo que culminou no Grito do Ipiranga é digno de orgulho para todo o país. Sua simbologia desperta algo de muito valioso em nosso espírito coletivo.”





A declaração partiu do presidente do Congresso Nacional e do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), mas não ficou por aí. Tem mais.

“Sigamos as palavras de José Bonifácio, o Patriarca da Independência. Como escreveu Andrada no seu livro “Projetos para o Brasil”, busquemos ‘a sã política, a causa mais nobre e santa, que pode animar corações generosos e humanos’”. E teve mais: “Honremos, enfim, a coragem, o patriotismo e o espírito cívico que moveram Dom Pedro I a proferir o célebre Grito do Ipiranga!”

O ânimo que emana do 7 de Setembro deve inspirar o trabalho do Congresso de forma permanente, assim como o enfrentamento aos retrocessos antidemocráticos e aos eventuais ataques ao Estado de direito e à democracia. Ainda do presidente do Senado.

Para ser educado, vale citar que, como convidados, estiveram presentes os presidentes de Portugal, Marcelo Rebelo; de Cabo Verde, José Maria Neves; e da Guiné-Bissau, Umaro El Mokhtar Sissoco; o representante da Comunidade de Países da Língua Portuguesa, secretário-executivo Zacarias da Costa; e o deputado Sérgio José Camunga Pantie, representante da Presidência de Moçambique.

Tinha ministros do Judiciário e políticos e ex-presidentes da República, como Dilma Vana Roussef (PT), damas primeiro, né? E os ex-presidentes Fernando Henrique Cardoso (PSDB) e Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Tanto Dilma como FHC e Lula participaram pelas redes sociais com mensagens sobre o evento. Basta, né?

Não para o ministro Luiz Fux. Ontem ele trabalhou. Ele foi relator de recurso que trata do dever estatal de assegurar o atendimento em creche e pré-escola às crianças até 5 anos. Feito esse registro, melhor tratar do que interessa de fato. Fux participou, ontem, e fez a sua despedida da presidência do Supremo Tribunal Federal (STF).





No discurso, Fux declarou que assumiu “a chefia do Poder Judiciário brasileiro num dos momentos mais trágicos e turbulentos de nossa trajetória recente”, citando os milhares de mortos pela pandemia da COVID-19.

E finalizou: “Não houve um dia sequer em que a legitimidade de nossas decisões não tenha sido questionada, seja por palavras hostis, seja por atos antidemocráticos”. Fux será substituído pela ministra Rosa Weber no comando da corte. A posse da ministra está marcada para segunda-feira.

Ficou longe

O presidente Jair Messias Bolsonaro (PL) cancelou a sua presença na sessão solene do Congresso, marcada para ontem de manhã, para comemorar o bicentenário da Independência do Brasil. A participação na sessão estava na agenda do presidente da República. A confirmação do cancelamento ocorreu pouco antes das 10h, hora marcada para o evento. No mesmo horário, Jair Bolsonaro estava no Palácio da Alvorada tirando fotos com apoiadores. E tem o detalhe: o encontro com os apoiadores de sempre de plantão foi transmitido pelas redes sociais do presidente.





Foi negado

“A estratégia de propagação de informação falsa utilizada pelos representados emerge com nitidez, uma vez que se valem das dificuldades enfrentadas em um cenário econômico global.” Melhor dar o fato de uma vez. A ministra Maria Claudia Bucchianeri, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), rejeitou pedido do vereador do Rio Carlos Bolsonaro para tirar postagens da internet da campanha do ex-presidente Lula e de parlamentares de oposição pela diminuição do preço da gasolina. Sabe o quê, Carlos Bolsonaro? Os advogados do vereador alegaram que os posts na internet eram falsos.

Não sei o motivo

Em entrevista, o presidente do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), falou sobre a ausência do presidente da República, Jair Messias Bolsonaro (PL), na cerimônia do bicentenário. Rodrigo Pacheco explicou que, até o início da cerimônia do bicentenário, havia a expectativa para a vinda do presidente da República, Jair Bolsonaro. “Como eu não sei a motivação da ausência, não vou fazer um juízo de valor precipitado em relação a isso”, afirmou Pacheco, do jeito mineiro de ser. Melhor mesmo deixar pra lá a deselegância do Planalto.

A premonição

A The Economist colocou o presidente Jair Bolsonaro (PL) na capa da revista semanal. A reportagem afirma que “todos os sinais apontam para uma derrota eleitoral” de Bolsonaro, ainda que ele lute para dizer que vencerá a disputa. Descrito como ameaça à democracia brasileira, a revista lembra uma afirmação do atual presidente norte-americano, Joe Biden, para alertar a política brasileira. “A democracia não pode sobreviver quando um lado acredita que há só dois resultados em uma eleição: ou eles ganham ou foram enganados”, disse Biden, em 1º de setembro.





Post de pesar

“Quando a vida parece difícil, os corajosos não se deitam e aceitam a derrota; em vez disso, estão ainda mais determinados a lutar por um futuro melhor. Com tais palavras, a rainha Elizabeth II mostra por que não foi apenas a rainha dos britânicos, mas uma rainha para todos nós”, diz o post do presidente Jair Messias Bolsonaro (PL). Candidato à reeleição, ele publicou mensagem de pesar em rede social pela morte da rainha Elizabeth II: “Uma mulher extraordinária e singular, cujo exemplo é de liderança, de humildade e de amor à pátria”.

Pinga-fogo

O presidente da República, Jair Messias Bolsonaro (PL), decretou ontem luto oficial de três dias por causa da morte da rainha Elizabeth II, do Reino Unido. O ato foi publicado em edição extra do Diário Oficial da União (DOU).

Uma das últimas manifestações oficiais da rainha Elizabeth II foi justamente em relação ao Brasil. Ela publicou mensagem dirigindo-se ao presidente da República, para enviar felicitações ao povo brasileiro pela celebração dos 200 anos da Independência.





Na mensagem, a rainha disse que se lembrava com carinho da visita que fez ao país em 1968. Pela legislação, durante o luto oficial, a Bandeira Nacional fica hasteada a meio mastro em todas as repartições públicas.

O presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), o da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (Progressistas–AL), o vice–presidente da República Federativa do Brasil, general Hamilton Mourão (Republicanos) e por aí vai. Não faltaram autoridades nas celebrações do Bicentenário a Independência ontem no Congresso Nacional. Ops! Jair Messias Bolsonaro não foi.

Sendo assim… FIM!