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EM DIA COM A POLÍTICA

As Forças Armadas e o aceno do PT do ex-presidente Lula para os quartéis

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O candidato do PT à Presidência da República, Luiz Inácio Lula da Silva, defendeu, ontem, ocupar as Forças Armadas brasileiras com coisas mais dignas. Lula falava sobre a proposta de criar um Ministério da Segurança para ampliar os esforços do governo no combate ao crime organizado e no controle das fronteiras quando citou os militares.





“Possivelmente, a gente vai ocupar as nossas Forças Armadas com coisas mais dignas, com coisas mais sérias e mais necessárias ao povo brasileiro.”

A coligação do ex-presidente Lula enviou pedido ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para que a corte tome providências contra a escalada da violência na campanha eleitoral.

Ela pede, por exemplo, a criação de um canal direto, no site do TSE, para denúncias de violência política. A ação pede, ainda, sem especificar uma medida concreta, que o TSE adote ações que lhe cabem para reduzir as hostilidades no ambiente eleitoral.

E quer que esse canal seja acessível a todos os cidadãos brasileiros, com ampla campanha nacional de divulgação. Chega do lado petista; afinal, o presidente Bolsonaro também está em campanha, tenta a reeleição.





“Eu peço a todos vocês que compareçam às urnas, vá votar de verde e amarelo, convença as pessoas que estão do outro lado a vir para o nosso lado, que é o lado do bem, que é o lado da verdade, da prosperidade, da liberdade, é o lado que todos nós queremos”, começou assim Bolsonaro. A luta não será fácil, mas ainda não está decidido. “Vocês veem por aí um instituto de pesquisas que não tem credibilidade dando vitória para um bandido no primeiro turno. Nossa pesquisa é o Datapovo.”

O fato é que o presidente Jair Messias Bolsonaro (PL) candidato à reeleição, pediu a apoiadores, ontem, uma mobilização para convencer as pessoas que declaram voto em Lula a mudarem de posição.

Bolsonaro alegou ainda que Lula é amigo de presidentes cujos países estão na miséria por adotar o socialismo. “Isso é motivo de preocupação de todos nós, porque outros países estão de olho em nossas riquezas. Esse outro cara foi na Venezuela fazer campanha para Chávez e Maduro, e hoje esse país está vivendo abaixo da linha da miséria. Esse cara não tem compromisso com nossas famílias, esse cara quer o poder pelo poder. Quer fincar no Brasil uma bandeira não verde e amarela, mas uma bandeira vermelha.”





Alto risco

Às vésperas dos debates de alto nível da Assembleia Geral, o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, falou a jornalistas, ontem, e avaliou que o mundo está “arruinado pela guerra, castigado pelo caos climático, marcado pelo ódio e envergonhado pela pobreza, fome e desigualdade”. O chefe da ONU afirmou que o principal evento das Nações Unidas ocorre em um momento de “grande perigo”, em que as divisões geoestratégicas são as mais marcadas desde a Guerra Fria.

Ações climáticas

O Banco Mundial publicou o novo relatório “Roteiro para ações climáticas na América Latina e no Caribe: 2021-2025”, frisando que a região está entre as mais vulneráveis do poder destrutivo das mudanças climáticas, com custos anuais de 1% do PIB regional e até 2% em alguns países da América Central. Faltam energia e infraestrutura de transportes por causa das consequências de eventos climáticos extremos. Mas tem uma saída: o novo relatório aponta que os setores agrícola e energético oferecem oportunidades para reduzir emissões e impulsionar a produtividade.

Anestésico de Ciro

O candidato do PDT à Presidência da República, Ciro Gomes, condenou a autonomia do Banco Central. Segundo ele, a autonomia técnica conferida à autarquia em fevereiro de 2021 é fruto do que classifica como modelos econômicos e de governança política errada. “Quando aumenta a taxa Selic, a cada 1% de acréscimo a União passa a ter que tirar R$ 40 bilhões dos cofres públicos por ano para entregar aos bancos, na forma de pagamento de juros.” Quem diz é Ciro Gomes. Ele alega ainda que “no Brasil, a luta por emancipar o povo morreu. Agora é anestesiar o povo”.





Agora vai

O Supremo Tribunal Federal marcou para a próxima sexta-feira a análise das decisões individuais do ministro Edson Fachin que restringiram os efeitos de decretos editados pelo presidente Jair Messias Bolsonaro (PL) que facilitam a compra de armas de fogo e de munições, além da posse de armamento no país. O julgamento foi marcado para o dia 16, a partir de despacho da presidente do Supremo, a ministra Rosa Weber, acolhendo proposta do ministro Fachin. A deliberação se encerra às 23h de 20 de setembro.

Viver do ódio

“Bom dia. Triste com o desrespeito contra a jornalista @veramagalhaes por um deputado bolsonarista no debate de São Paulo. Debates deveriam ser notícia pelas propostas, não por ataques contra mulheres jornalistas, promovidos por quem vive do ódio e não gosta da democracia.” Foi a postagem do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que foi seguido ainda por Ciro Gomes (PDT), Simone Tebet (MDB) e uma coleção de outros políticos. Em postagem no Twitter antes do debate, Douglas Garcia mostrou um crachá do evento e perguntou se Vera participaria do programa.

Pinga-fogo

Em tempo, sobre as notas da ONU: o secretário Guterres também defendeu que as principais economias deveriam ser responsáveis por grande parcela do financiamento climático. “Abaixe a temperatura – agora”, disse Guterres. “Não inunde o mundo hoje; não o afogue amanhã.”





E teve mais da ONU: António Guterres fez questão de condenar as ações de políticos populistas, que, de acordo com ele, estão mostrando “um desrespeito chocante pelos mais pobres e vulneráveis em nosso mundo”.

Mais um Em tempo, desta vez da nota ‘Agora vai’: o caso será analisado no plenário virtual, formato de deliberação em que os ministros apresentam seus votos na página eletrônica da corte, sem a necessidade de uma sessão presencial ou por videoconferência.

Para encerrar, de causa própria, vale a notícia. O Senado tem vários projetos em tramitação que buscam coibir agressões a profissionais da imprensa. O tema voltou à tona depois do incidente com a jornalista Vera Magalhães, na terça-feira.

Os projetos criam novas penas para atos violentos que intimidem ou impeçam o trabalho da imprensa. Um dos textos é do senador Acir Gurgacz (PDT-RO) e já tem parecer favorável do senador Jorge Kajuru  (Podemos-GO). Ele diz que a ideia é “conveniente e oportuna”. Sendo assim… FIM!